Название: O Metro Do Amor Tóxico - Romance
Автор: Guido Pagliarino
Издательство: Tektime S.r.l.s.
Жанр: Полицейские детективы
isbn: 9788893986106
isbn:
O trajecto não era longo a partir da minha casa na rua Giulio, um bocadinho da mesma, rua da Consolata, rua do Carmine e poucos metros da avenida onde o jornal tinha como sede; mas naquele dia, na esquina entre a mesma e a rua de Carmine, já muitíssimo perto à meta, enquanto atravessava sobre o verde, uma furgoneta estacionada tinha arrancado velozmente dirigindo-se directamente para mim. Com um mergulho tinha-a evitado, justamente apenas, minimizando os danos às mãos esfoladas; e enquanto o meio fugia, tinha conseguido tirar a matrícula.
Depois de ter escrito a minha nota no jornal um pouco sob shock e pensando a quem pudesse ter por inimigo, tinha-me precipitado para o comando policial ao encontro de Vittorio. Como tinha pensado, a furgoneta tinha sido roubado. Na minha denúncia o amigo tinha anotado mesmo a agressão precedente, que enfim não se podia mais julgar com segurança para roubar. Podia ter sido o mesmo agressor da outra vez tentando matar-me? Depois de ter recuperado dos fortes golpes que lhe tinha desferido?
Infelizmente não pudera ver o protagonista no volante.
“Não tens nenhum suspeito, quem sabe, um grosseiro?” tinha-me questionado o D’Aiazzo.
“Não, dou-me bem com todos.”
“É verdade, certo: poderia ser uma vingança de alguém que tínhamos mandado para a prisão; mas de quem? Com todas as investigações feitas juntos e toda a gente que tínhamos metido na jaula… sei lá! Seja como for… talvez será melhor que tenha cuidado eu também.”
A partir daquele momento tinha sido bastante cauteloso e, até à minha chegada nos Estados Unidos, nada mais de mal tinha-me acontecido.
Eram 9 da manhã, hora de New York.
No aeroporto tinha-se passado um controlo alfandegário tão minucioso que talvez era segundo apenas para certas inspecções carcerárias. Tinham revistado até no tubo da pasta dentífrica e no frasco de loção para a barba, tomando amostras que, certamente, teriam analisado. Teria esperado, na verdade um exame cuidado, embora não tanto.
Efectivamente, como até os nossos meios de informação tinham referenciado, dois meses antes nalguns bairros de New York a água potável tinha jorrado das torneiras juntamente com uma estranha5 substancia inadvertida ao gosto, incolor e inodoro, depositada por desconhecidos num dos aquedutos em quantidades proporcionalmente minúsculas, mas tão poderosas para induzir todas as pessoas que a tinham bebido durante pelo menos uma dezena de dias à condição irreversível de toxicodependentes ávidos de heroína. Nas semanas sucessivas tinha acontecido a mesma coisa em San Francisco e em philadelphia. Simultaneamente, os meios de comunicação social tinham estado às escutas e revelado que a Policia Federal tinham sabido, através dos agentes da CIA, dum produto químico que cientistas Soviéticos pareciam ter sintetizado. Alguém na FBI tinha tido a intuição de deixar analisar aquelas águas e tinha-se descoberto o composto. Inutilmente contudo tinha-se procurado o laboratório que o produzia. Tinha-se pois suspeitado que tivesse sido importado secretamente. Entretanto, os meios de comunicação social, preocupados Ainda mais os cidadãos, tinham-se questionado: trata-se duma operação de sabotagem da parte da União Soviética? Ou, com a sua ajuda, dos norte. Vietnamitas? Em nome do chefe da URSS Leonid Il'ič Brežnev, o embaixador Soviético tinha avançado uma nota de duro protesto à casa branca, acusando os Estados Unidos de ameaçadora calúnia.
Finalmente livre, tinha-me conduzido à saída para apanhar um táxi que me lavasse ao Plaza Hotel, onde os organizadores tinham reservado para mim um quarto.
Portanto ouvira a ser chamado por uma linda voz feminina. Era uma senhora em cima dos trinta anos, cabelos pretos asa de corvo, muito graciosa, que, à minha esquerda, estava agitando uma breve subtil vara em cima com um cartão branco com o meu nome e sobrenome escritos em vermelho.
“O poeta Velli, não é?” questionara-me aproximando-se e abaixando o letreiro.
Tinha parado: “em pessoa senhora...”
“Miniver: Norma Miniver. Fui mandada pela fundação Valente para vir ao seu encontro.” Tinha-me dado a mão, depois de ter passado o cartaz da direita para à esquerda. “Reconheci-o mal o vi. Sabe as fotos nos seus livros.”
Tinha tido o prazer. “Fala muito bem italiano”, tinha elogiado por minha vez no momento em que nos aproximávamos à saída.
“Sou italo-americana.”
“... Mas o apelido...”
“É do meu marido. Aquele da minha família é costante. Disse Miniver por habito. Na verdade”, tinha-se confidenciado sem embaraço, “recuperarei o meu daqui a pouco: ja vivo sozinha e estou para legalizar o divorcio.”
Ao Plaza depois das formalidades da entrada, Norma tinha-me procedido com o porteur até dentro da sala. Na porta, um cartaz em quatro línguas, mas não em italiano, advertia em letras maiúsculas: NÃO BEBER A ÁGUA DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS. PODERIA CONTER SUBSTÃNCIAS NOCIVAS.
“Estou à sua disposição como hostess durante todo o tempo da sua permanência”, tinha-me tranquilizado; “mas agora, penso que o senhor deseja somente refrescar-se e repousar. Ocupo o quarto aqui ao lado esquerdo, para qualquer eventualidade.”
Tinha-me questionado se, entre as eventualidades, estivessem também aquelas que, inesperadas, estavam-me subindo a partir do baixo-ventre até à garganta naquele momento. Tinha sido ela a dar gorjeta ao rapaz da mala. Hospitalidade completa, tinha pensado, e quem sabe se está incluso também o amparo afectivo a este hóspede só e perdido? Lhe tinha dito somente: “terei certamente necessidade de ajuda e... conforto.”
Tinha sorrido bruscamente, abaixando um momento os olhos como quem está confusa; depois tinha-se encaminhada, mas sem pressa, à porta. “O almoço é as 13 horas”, tinha-se despedido, “aqui perto, ao Cooling’s. Aproveitei para informá-la sobre o programa.”
O Cooling’s oferecia apenas comidas frias, sem sabor ou pior. Tinha pedido uma galantina de frango gomosa com desgostoso arroz, quase gelado, ao carril e um bolo da maçã lenhosa. Terei abandonado dentro dos pratos grande parte da comida. Norma tinha-se limitado num batido esverdeado que deveria ser de salutar, como tinha dito, duma tal consistência densa, lamacenta que, talvez, tinha o preciso foco de fazer passara fome ao austero freguês em dieta.
“A cerimonia será em Brooklyn, СКАЧАТЬ