Название: Quem Dera, Para Sempre
Автор: Sophie Love
Издательство: Lukeman Literary Management Ltd
Жанр: Современные любовные романы
Серия: A Pousada em Sunset Harbor
isbn: 9781640295940
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Subitamente consciente de todas as coisas que precisava fazer, deu um pulo da cama. Tinha que ligar para as pessoas! Como havia esquecido de ligar para Jayne e Amy e contar as novidades? E para a sua mãe! Estava tão envolvida no momento, em sua própria alegria e na celebração de seus amigos, que nem passou pela sua cabeça.
Tomou um banho rápido, vestiu-se e foi correndo até o terraço com o celular. A água de seu cabelo ainda molhado pingava na camiseta enquanto ela rolava a barra de seus contatos. Seu polegar ficou sobre o número de sua mãe e começou a tremer. Não conseguia encontrar a coragem de ligar. Sabia que a mãe não lhe daria o tipo de resposta que ela queria; tinha dúvidas quanto a Chantelle e ia imaginar que Daniel estava se casando com Emily apenas para ter uma mãe para sua filha. Então, decidiu testar o terreno com Jayne. Sua melhor amiga sempre lhe disse a verdade, mas nunca com o mesmo tom de decepção da mãe.
Ligou para o celular de Jayne e ouviu-o chamar. Então, ela atendeu.
“Em!” Jayne exclamou. “Você está no viva-voz”.
Emily parou. “Por que estou no viva-voz?”
“Estamos numa sala de conferência. Eu e Ames”.
“Oi, Emily!” Amy falou, alegre. “É sobre a oferta de emprego?”
Levou um momento para Emily entender do que elas estavam falando. A empresa de velas que Amy havia começado no seu quarto durante a faculdade estava, mais de uma década depois, florescendo de repente. Ela havia empregado Jayne e tentou muito fazer Emily entrar na empresa também. Nenhuma das duas podia entender completamente por que Emily ia querer viver numa cidade pequena ao invés de em Nova York, por que queria ter uma pousada ao invés de trabalhar num escritório descolado com suas duas melhores amigas, e certamente não conseguiam entender por que ela queria assumir a filha de outro cara, sem nenhuma garantia de que ele daria a ela seus próprios filhos um dia.
“Na verdade, não”, Emily disse. “É sobre...” ela vacilou, subitamente perdendo a confiança. Então, se tranquilizou. Não tinha nada do que se envergonhar. Ainda que sua vida estivesse indo numa trajetória diferente da de suas melhores amigas, ainda era válida; as escolhas dela eram suas e deviam ser respeitadas. “Eu e Daniel vamos nos casar”.
Houve um momento de silêncio, seguido por gritos agudos. Emily estremeceu. Podia imaginar suas amigas, com suas unhas perfeitas, sua pele hidratada que tinha o perfume de rosa e camélia, seus cabelos impecáveis balançando enquanto pulavam em suas cadeiras.
Pelo barulho, Emily distinguiu os gritos de Jayne, “Ai meu Deus!” e Amy gritando, “Parabéns!”
Ela deu um suspiro de alívio. Suas amigas estavam do seu lado. Outro obstáculo havia sido superado.
A gritaria incompreensível finalmente diminuiu.
“Ele ainda não te engravidou, não foi?” Jayne perguntou, inconveniente como sempre.
“Não!” Emily exclamou, rindo.
“Jayne, cala a boca”, Amy a repreendeu. “Conte tudo. Como ele fez o pedido? Como é o anel?”
Emily contou novamente a história da praia, das declarações de amor na neve, do maravilhoso anel de pérolas. Suas amigas se emocionaram em todos os momentos certos. Emily notou que estavam em êxtase por ela.
“Você vai assumir o nome dele?” Jayne perguntou. “Ou manter os dois? Mitchell Morey é um pouco demais. Ou vai ficar Morey Mitchell? Emily Jane Morey Mitchell. Humm. Não sei se gosto. Talvez você devesse manter seu nome, sabe? É a coisa mais forte, empoderada, feminista a fazer, afinal”.
A mente de Emily girava enquanto Jayne falava de sua maneira característica, super cafeinada, quase sem pausar para dar a ela tempo de responder a alguma das perguntas.
“Vamos ser as suas damas de honra, certo?” Jayne terminou, com sua maneira tipicamente aberta, franca.
“Ainda não pensei nisso”, Emily admitiu. Jayne e Amy poderiam ser suas amigas mais antigas, mas ela tinha feito tantas outras desde que se mudou para Sunset Harbor: Serena, Yvonne, Suzanna, Karen, Cynthia. E quanto a Chantelle? Para Emily, era importante que ela tivesse um papel central na coisa toda.
“Bem, onde será o local?” Jayne perguntou, parecendo um pouco chateada por Emily estar considerando outras amigas como suas damas de honra.
“Também não sei ainda”, Emily disse.
Subitamente, percebeu a enormidade da tarefa que tinha à frente. Havia tanto a organizar. Tanto a pagar. Subitamente, se sentiu assoberbada pela coisa toda.
“Acha que terá um casamento grande ou pequeno?” Amy perguntou. Suas perguntas eram mais simples que as de Jayne, mas ela ainda tinha um certo ar de julgamento. Emily se perguntou se Amy ainda estava chateada por seu noivado frustrado com Fraser. Talvez estivesse magoada por Emily ter um anel e um noivo quando ela tinha perdido ambos.
“Ainda não pensamos em nenhum dos detalhes”, Emily disse. “É tudo muito novo”.
“Mas você sonha com isso há anos”, Amy acrescentou.
Emily franziu o cenho. Com o casamento, sim. Era algo que ela queria há muito tempo. Mas nunca teria imaginado o rumo que sua vida seguiu. O amor que sentia por Daniel era único e inesperado. O casamento deles deveria ser assim também. Precisava repensar tudo para torná-lo perfeito para eles, para esse relacionamento específico, para esta vida.
“Pode pelo menos nos dizer uma data?” Jayne perguntou. “Nossa agenda está lotada”.
Emily gaguejou. “Não sei”.
“Só o mês já está bom, pelo menos”, Jayne pressionou.
“Também não sei”.
Jayne suspirou, exasperada. “E quanto ao ano?”
Emily foi ficando frustrada. “Eu não sei!” ela gritou. “Ainda não pensei em nada disso!”
Silêncio. Emily só podia imaginar a cena: suas amigas trocando um olhar, sentadas em cadeiras de escritório de couro numa mesa imensa de vidro, com seu grito emanando do celular entre elas e ecoando pela vasta sala de conferência. Ela se encolheu de vergonha.
Jayne quebrou o gelo. “Bem, só nos garanta que não vai virar um daqueles noivados que duram para sempre”, falou, de uma maneira realista. “Você sabe como são alguns homens; é como se não percebessem que depois do pedido você espera um casamento de verdade. Eles fazem toda aquela cena no noivado e então, assim que lhe convencem a usar um anel chique, pensam que podem descansar sobre os louros da vitória e nunca realmente assinar a linha pontilhada”.
“Não tem nada a ver com isso”, Emily disse, um pouco ríspida.
“Claro”, Jayne falou lentamente. “Mas, para ter certeza, você devia amarrá-lo a uma data de verdade. Se parecer que ele está arrastando o noivado, fuja”.
Emily apertou a mão, formando um punho. Sabia СКАЧАТЬ