Atraídas . Блейк Пирс
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СКАЧАТЬ embora.

      “Para de lhes dar doces!” Rosnou o avô. “Quando é que vais deixar de encorajar estas pestes?”

      Mafarrico desafiava silenciosamente o avô há já algumas horas. Pagaria por isso mais tarde.

      Entretanto, o avô ainda rabujava. “Não te esqueças, temos trabalho a fazer amanhã à noite.”

      Mafarrico não respondeu, limitou-se a ouvir o baloiço a chiar. Não, ele não esqueceria o que tinha que ser feito amanhã à noite. Era um trabalho sujo, mas tinha que ser feito.

      *

      Libby Clark seguiu o irmão mais velho e a prima na direção do bosque escuro nas traseiras dos quintais do bairro. Ela não queria estar ali. Ela queria estar em casa aninhada no conforto da sua cama.

      O irmão, Gary, iluminava o caminho com uma lanterna. Parecia estranho no seu fato de Homem-Aranha. A prima Denise seguia Gary no seu fato de Catwoman. Libby trotava desconfortavelmente atrás dos dois.

      “Venham daí,” Instigou Gary, avançando destemidamente.

      Ele e Denise passaram por entre dois arbustos sem problemas, mas o fato de Libby era tufado e ficou preso em alguns ramos. Agora tinha algo mais com que se preocupar. Se o fato de abelhão ficasse estragado, a mamã passava-se. Libby conseguiu libertar-se e apressou-se para os apanhar.

      “Quero ir para casa,” Disse Libby.

      “Força,” Disse Gary.

      Mas é claro que Libby tinha demasiado medo para voltar para trás. Já tinham andado demais. Ela não se atreveria a regressar sozinha.

      “Talvez devêssemos mesmo voltar,” Aventou Denise. “A Libby está com medo.”

      Gary parou e voltou-se. Libby desejava poder ver o seu rosto atrás da máscara.

      “Qual é o problema, Denise?” Perguntou. “Também tens medo?”

      Denise riu nervosamente.

      “Não,” Disse. Libby percebeu que ela estava a mentir.

      “Então venham daí,” Desafiou Gary.

      O pequeno grupo continuou a caminhar. O solo estava encharcado e escorregadio, e Libby estava quase imersa em erva molhada. Pelo menos tinha parado de chover. A lua começava a mostrar-se por entre as nuvens. Mas também estava a esfriar e Libby estava toda ensopada e a tremer, e cheia, cheia de medo.

      Por fim, os arbustos e árvores abriram para uma ampla clareira. Vapor elevava-se do solo molhado. Gary parou mesmo na margem do espaço. Denise e Libby imitaram-no.

      “Chegámos,” Sussurrou Gary, apontando. “Vejam só – é quadrada, como se aqui tivesse havido uma casa ou algo do género. Mas não há casa. Não há nada. As árvores e os arbustos não conseguem crescer aqui. Só ervas daninhas. É porque é solo amaldiçoado. Aqui vivem fantasmas.”

      Libby lembrou-se do que o papá dissera.

      “Não há fantasmas.”

      Ainda assim, tinha os joelhos a tremer. Estava prestes a fazer chichi. A mamã não ia gostar nada disso.

      “O que é aquilo?” Perguntou Denise.

      A menina apontava na direção de duas formas que se erguiam do solo. A Libby pareciam dois grandes tubos dobrados na extremidade, quase completamente cobertos de hera.

      “Não sei,” Disse Gary. “Parecem periscópios de submarinos. Talvez os fantasmas nos estejam a observar. Vai dar uma espreitadela, Denise.”

      Denise libertou uma risada de medo.

      “Vai tu!” Exclamou Denise.

      “Ok, vou mesmo,” Disse Gary.

      Gary entrou corajosamente na clareira e caminhou em direção a uma das formas. Parou a cerca de um metro de distância. Depois voltou-se e regressou para junto da prima e da irmã.

      “Não sei o que é,” Disse.

      Denise riu. “Isso é porque nem sequer olhaste!” Disse.

      “Olhei sim senhora,” Ripostou Gary.

      “Não olhaste nada! Nem te aproximaste!”

      “Ai isso é que me aproximei. Se estás assim tão curiosa, vai lá ver por ti mesma.”

      Durante uns instantes, Denise não disse nada. Depois, caminhou para o terreno ermo. Aproximou-se um pouco mais da forma do que Gary, mas regressou rapidamente sem parar.

      “Também não sei o que é,” Informou Denise.

      “É a tua vez de ir lá ver, Libby,” Disse Gary.

      O medo de Libby trepava por si à semelhança daquela hera.

      “Não a obrigues a ir, Gary,” Disse Denise. “É muito pequena.”

      “Não é muito pequena. Está a crescer. Já é altura de o mostrar.”

      Gary deu um encontrão a Libby. E, de repente, já se encontrava a curta distância do local. Virou-se e tentou voltar para trás, mas Gary estendeu a mão para a impedir.

      “Nem penses,” Disse. “A Denise e eu fomos. Tu também tens que ir.”

      Libby engloliu a saliva a custo, virou-se e enfrentou o espaço vazio com aquelas duas coisas dobradas. Tinha o sentimento assustador de que também a estavam a observar.

      Lembrou-se novamente das palavras do papá…

      “Os fantasmas não existem.”

      O papá nunca mentiria sobre aquilo. Por isso, de que é que ela afinal tinha medo?

      Além disso, já estava a ficar zangada com o Gary por estar a aborrecê-la. Estava quase tão zangada quanto assustada.

      Eu já lhe mostro, Pensou.

      As pernas tremiam-lhe e dava pequenos passos em direção ao grande espaço quadrado. Ao caminhar para a coisa metálica, Libby sentiu-se mais corajosa.

      Quando se aproximou da coisa – estava mais perto do que Gary ou Denise haviam estado – sentiu-se bastante orgulhosa de si mesma. Mas ainda assim, não conseguia perceber de que se tratava.

      Com mais coragem do que julgara possível, Libby estendeu a mão nessa direção. Empurrou os dedos pelas folhas de hera, esperando que a mão não fosse arrebatada ou comida ou algo pior. E os dedos encontraram finalmente o tubo metálico, frio e duro.

      O que será? Pensou.

      De repente, sentiu uma ligeira vibração no tubo. E ouviu algo. Parecia vir do tubo.

      Ajoelhou-se muito próxima do tubo. O som era débil, mas ela sabia que não era fruto da sua imaginação. O som era real e parecia uma mulher a chorar СКАЧАТЬ