Despedaçadas . Блейк Пирс
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Читать онлайн книгу Despedaçadas - Блейк Пирс страница 14

СКАЧАТЬ disse, “Peço desculpa por perguntar isto – mas viram a vítima antes de…?”

      Boynton estremeceu e não disse nada.

      Stine disse, “Apenas um relance, mais nada. Estávamos ambos na cabine. Mas eu estava no rádio a fazer uma chamada de rotina para a próxima estação e Everett fazia cálculos para a curva que íamos fazer. Quando o engenheiro começou a travar e a apitar, olhámos e vimos… algo, não sabíamos ao certo o quê.”

      Stine parou, depois acrescentou, “Mas sabíamos o que tinha acontecido quando caminhámos até ao local para ver.”

      Jenn revia mentalmente alguma da pesquisa que tinha feito no voo. Ela sabia que a tripulação de um comboio de carga era pequena. Ainda assim, parecia faltar uma pessoa.

      “Onde está o engenheiro?” Perguntou ela.

      “Está numa cela.”

      Jenn ficou estupefacta.

      Mas que raio se estava a passar ali?

      “Colocaram-no numa cela?” Perguntou ela.

      Powell disse, “Não tivemos grande escolha.”

      O maquinista acrescentou, “Pobre homem – não fala com ninguém. As únicas palavras que disse desde o sucedido foram ‘Prendam-me’. Não parava de o dizer.”

      O chefe da polícia local disse, “Então foi o que acabámos por fazer. Parecia o melhor a fazer por agora.”

      Jenn sentiu a fúria a apoderar-se dela.

      Perguntou, “Não trouxeram um terapeuta para falar com ele?”

      O chefe dos caminhos-de-fero disse, “Solicitámos que um psicólogo da empresa viesse de Chicago. São as regras do Sindicato. Não sabemos se vai aparecer.”

      Riley estava alarmada.

      “Com certeza que o engenheiro não se responsabiliza pelo que aconteceu,” Disse ela.

      O maquinista pareceu surpreendido.

      “É claro que que sim,” Disse ele. “Não foi culpa dele, mas não o consegue evitar. Era o homem que ia nos comandos. Foi quem se sentiu mais indefeso. Está a devorá-lo. Detesto que ele se tenha fechado desta fora. Tentei falar com ele, mas ele nem e olhava nos olhos. Não devíamos estar à espera que aparecesse um psiquiatra dos caminhos-de-ferro. Alguém devia estar a fazer alguma coisa agora. Um bom engenheiro como ele merece mais.”

      Jenn estava no seu limite.

      Disse a Cullen, “Bem, não podem deixá-lo naquela cela sozinho. Não quero saber se ele insiste que quer estar sozinho. Não é bom para ele. Alguém precisa de estar lá com ele.”

      Todos na sala olharam para ela.

      Jenn hesitou, depois disse, “Levem-me à cela. Quero vê-lo.”

      Riley olhou para ela e disse, “Jenn, não sei se é boa ideia.”

      Mas Jenn ignorou-a.

      “Como é que ele se chama?” Perguntou Jenn aos maquinistas.

      Boynton disse, “Brock Putna.”

      “Levem-me a ele,” Insistiu Jenn. “Agora mesmo.”

      O chefe Powell conduziu Jenn pelo corredor. Ao caminharem, Jenn questionou-se se Riley teria razão.

      Talvez não seja uma boa ideia.

      Afinal de contas, ela sabia que a empatia não era o seu forte enquanto agente. Ela tendia a ser brusca e franca, mesmo quando era necessário um toque mais suave. Era certo que não possuía a habilidade de Riley para demonstrar compaixão nos momentos apropriados. E se a própria Riley não se sentisse à altura da tarefa? Porque é que Jenn decidira agir?

      Mas não conseguia parar de pensar…

      Alguém tem que falar com ele.

      Powell conduziu-a à fila de celas, todas co portas sólidas e janelas minúsculas.

      Ele perguntou, “Quer que entre consigo?”

      “Não,” Disse Jenn. “É melhor fazê-lo sozinha.”

      Powell abriu a porta de uma das celas e Jenn entrou. Powell deixou a porta aberta mas afastou-se.

      Um homem com trinta e poucos anos estava sentado à beira da cama, a olhar diretamente para a parede. Usava uma t-shirt normal e um boné de beisebol virado ao contrário.

      À porta da cela, Jenn disse num tom de voz suave…

      “Senhor Putnam? Brock? Chamo-me Jenn Roston e sou do FBI. Lamento muito o sucedido. Quer… conversar?”

      Putnam não mostrou sequer ouvi-la.

      Parecia especialmente determinado em não olhar para ela – nem para mais ninguém, Jenn tinha a certeza.

      E pela pesquisa que fizera no voo, Jenn sabia exatamente porque é que ele se sentia daquela forma.

      Ela engoliu com dificuldade ao sentir um nó de ansiedade formar-se na garganta.

      Aquilo ia ser muito mais complicado do que ela imaginara.

      CAPÍTULO SETE

      Riley manteve desconfortavelmente o olho na porta depois de Jenn sair. Enquanto Bill fazia perguntas ao maquinista e ao ajudante, ela pensava e como Jenn se estaria a sair co o engenheiro.

      Ela tinha a certeza que o homem estava a passar um mau bocado. Não lhe agradava a ideia de esperar muito mais tempo pelo psicólogo dos caminhos-de-ferro – possivelmente alguém subserviente mais preocupado com o bem-estar da empresa do que com o do engenheiro. Mas que mais podiam fazer?

      E será que a jovem agente só iria dificultar as coisas ao homem? Riley nunca vira nenhum sinal de que Jenn fosse especialmente habilidosa em lidar com pessoas.

      Se Jenn transtornasse ainda mais o homem, como é que isso afetaria a sua própria moral? Ela já colocara a hipótese de deixar o FBI devido às pressões de uma antiga mãe adotiva criminosa.

      Apesar das suas preocupações, Riley conseguiu ouvir o que era dito na sala.

      Bill disse a Stine, “Disse que já viu coisas semelhantes anteriormente. Refere-se a homicídios em linhas de comboio?”

      “Oh, não,” Disse Stine. “Homicídios como este são muito raros. Mas há pessoas que morrem nas linhas – isso é muito mais comum do que possa pensar. Há várias centenas de vítimas por ano, algumas são apenas acidentes, mas muitos são suicídios. No nosso ramo chamamos-lhes ‘intrusos’”.

      O homem mais jovem contorcia-se na cadeira desconfortavelmente e disse, “Não quero voltar a ver nada semelhante outra vez. Mas pelo que o Arlo me diz… bem, parece que é parte do trabalho.”

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