Enterrados . Блейк Пирс
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Читать онлайн книгу Enterrados - Блейк Пирс страница 11

СКАЧАТЬ espuma branca que vinham morrer na areia molhada da praia. Riley apercebeu-se que a maré estava a vazar.

      Riley perguntou, “Este foi o segundo homicídio?”

      “Foi,” Respondeu Belt sombriamente.

      “Alguma coisa semelhante aconteceu por aqui antes destas duas ocorrências?”

      “Aqui em Belle Terre?” Perguntou Belt. “Não, nada do género. Isto é uma reserva pacífica de pássaros e vida selvagem. Os locais usufruem da praia, sobretudo famílias. De tempos a tempos temos que prender algum potencial caçador furtivo e pouco mais. De vez em quando também temos que afastar algumas pessoas. Mas nunca passa disto.”

      Riley rodeou o buraco para observar o cadáver de um ângulo diferente. Ela viu uma mancha de sangue atrás da cabeça da vítima.

      “O que lhe parece esta ferida?” Perguntou a Terzis.

      “Parece que foi atingido por algum objeto pesado,” Disse o médico-legista. “Vou observá-lo melhor quando levarmos o corpo para a morgue. Mas pelo aspeto, diria que foi suficiente para o atordoar, o suficiente para não resistir enquanto o assassino o enterrava. Duvido que tenha estado completamente inconsciente. É bastante óbvio que resistiu até ao limite.”

      Riley estremeceu.

      Sim, isso era óbvio.

      Disse a Jenn, “Tira algumas fotos e envia-as para mim.”

      Jenn pegou de imediato no telemóvel e começou a tirar fotos ao buraco e ao corpo. Entretanto, Riley caminhou lentamente à volta do buraco, observando a praia em todas as direções. O assassino não deixara muitas pistas. A areia em torno do buraco fora obviamente remexida pelo assassino quando escavara, e havia um ligeiro trilho de pegadas por onde a vítima se tinha aproximado.

      Ligeiras eram também quaisquer pegadas deixadas pelo assassino. A terra seca não permitia discernir a forma de um sapato. Mas Riley conseguia ver onde é que a erva por onde viera fora pisada por alguém que não fazia parte da equipa de investigação.

      Apontou e disse a Belt, “Os seus homens esquadrinharam aquela erva cuidadosamente para ver se encontravam fibras?”

      O chefe anuiu.

      E então uma sensação começou a insinuar-se em Riley – uma sensação familiar que ela às vezes tinha em cenas de crime.

      Não a sentira com frequência nos seus casos mais recentes, mas era uma sensação bem-vinda porque a ajudaria.

      Era um sentido estranho do próprio assassino.

      Se ela permitisse que aquela sensação se apoderasse dela, era provável obter algumas luzes quanto ao que ali tinha sucedido.

      Riley afastou-se alguns passos do grupo reunido na cena. Olhou para Jenn e viu que a sua parceira a observava. Riley sabia que Jenn conhecia a sua reputação de entrar nas mentes dos assassinos. Riley assentiu e viu Jenn entrar em ação, fazendo perguntas, distraindo os outros na cena e dando a Riley alguns instantes para se concentrar nas suas habilidades.

      Riley fechou os olhos e tentou imaginar a cena no momento do crime.

      Imagens e sons sobrevieram-lhe com extrema facilidade.

      Estava escuro lá fora e a praia era um aglomerado de sombras, mas havia traços de luz no céu que se refletiam na água, no ponto em que o sol mais tarde nasceria, e não era demasiado escuro para ver.

      A maré estava alta e a água não estaria longe porque o som era forte.

      Tão forte que ele mal se conseguia ouvir a escavar, Percebeu Riley.

      Naquele momento, Riley não teve qualquer dificuldade em entrar numa mente estranha…

      Sim, ele estava a escavar e ela conseguia sentir os seus músculos retesarem-se ao atirar areia para longe, sentir a mistura do suor e da brisa marítima no seu rosto.

      Escavar não fora fácil. Na verdade, fora algo frustrante.

      Não era fácil escavar um buraco em areia de praia como aquela.

      A areia parecia preencher o espaço onde ele tinha escavado.

      Ele pensava…

      Não será muito fundo. Mas não tem que ser fundo.

      Todo aquele tempo não parava de olhar para a praia, à procura da sua presa. E pouco depois apareceu a correr.

      E no momento ideal também – o buraco já estava suficientemente fundo.

      O assassino atirou a pá para a areia, ergueu as mãos e acenou.

      “Venha cá!” Gritou ao homem que corria.

      Não que importasse o que tinha gritado – com o som das ondas, o homem não conseguiria perceber as palavras exatas, apenas um grito abafado.

      O homem parou de correr e olhou na sua direção.

      Então encaminhou-se para o assassino.

      O homem sorria ao aproximar-se e o assassino retribuía-lhe o sorriso.

      Dali a nada estavam perto um do outro.

      “O que é que se passa?” Perguntou o homem.

      “Venha até aqui e eu mostro-lhe,” Disse o assassino.

      O homem caminhou para o local onde se encontrava o assassino.

      “Olhe ali para baixo,” Disse o assassino. “Olhe com muita atenção.”

      O homem debruçou-se e com um movimento rápido e hábil, o assassino pegou na pá e atingiu-o na cabeça, empurrando-o para o buraco…

      Riley despertou da sua divagação com o som da voz do chefe Belt.

      “Agente Paige?”

      Riley abriu os olhos e viu que Belt olhava para ela com uma expressão curiosa. Jenn não o conseguira distrair por muito tempo.

      Ele disse, “Pareceu ter-nos deixado durante alguns instantes.”

      Riley ouviu Jenn a dar uma risada.

      “Às vezes ela faz isso,” Disse Jenn ao chefe. “Não se preocupe, é muito séria a trabalhar.”

      Riley rapidamente reviu as impressões que acabara de receber – tudo muito hipotético, é claro, e não uma sensação concreta do que tinha realmente acontecido.

      Mas teve a certeza de um pormenor – que o homem que corria se tinha aproximado a convite do assassino – e tinha-se abeirado dele sem medo.

      Isto dava-lhe uma perspetiva crucial.

      Riley disse ao chefe da polícia, “O assassino é encantador, simpático. As pessoas confiam nele.”

      Os olhos do chefe arregalaram-se.

      “Como СКАЧАТЬ