Название: Se Ela Soubesse
Автор: Блейк Пирс
Издательство: Lukeman Literary Management Ltd
Жанр: Современные детективы
Серия: Um Enigma Kate Wise
isbn: 9781640295889
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Jane e Clarissa compartilharam um olhar que Kate havia visto inúmeras vezes antes. Durante sua época como agente, ela o viu em salas de estar, salas de interrogatório e salas de espera de hospitais. Era um olhar que traduzia uma única simples questão sem dizer uma palavra: Quem vai contar para ela?
"O que foi?" ela perguntou.
De repente, ela ficou bem ciente da ausência de Deb.
"É a Deb," disse Jane, confirmando seu medo.
"Bem, não a Deb exatamente," acrescentou Clarissa. "É a filha dela, Julie. Você já a conheceu?"
"Uma vez, eu acho," disse Kate. "O que aconteceu?"
"Ela faleceu," disse Clarissa. "Assassinato. Até agora, eles não têm ideia de quem cometeu."
"Meu deus," disse Kate, genuinamente entristecida pela sua amiga. Deb era sua conhecida a cerca de quinze anos, quando se encontraram em Quantico. Kate havia trabalhado como instrutora assistente para uma nova leva de agentes de campo e Deb estava trabalhando com uns gênios da computação em algum tipo de novo sistema de segurança. Elas se deram bem logo de início e se tornaram amigas rapidamente.
O fato de que Deb não ter ligado ou mandado mensagem para ela com a notícia antes de qualquer outra pessoa mostrava como amizades mudavam rapidamente com o passar dos anos.
"Quando aconteceu?" perguntou Kate.
"Ontem," disse Jane. "Ela me mandou mensagem esta manhã contando."
"Eles não tem nenhum suspeito?" perguntou Kate.
Jane deu de ombros. "Ela apenas disse que não sabiam quem foi. Sem pistas, sem indícios, nada."
Kate instantaneamente se sentiu entrar no modo agente. Ela percebeu que devia ser o mesmo que um atleta treinado sentia depois de estar longe dos campos por muito tempo. Ela podia não ter um gramado ou uma multidão a adorando para lembrá-la de como seus dias de glória haviam sido, mas ela tinha uma mente aguçada para resolver crimes.
"Não vá para lá," disse Clarissa, colocando seu melhor sorriso.
"Onde?"
"Não seja a Agente Wise logo agora," disse Clarissa. "Neste instante, apenas seja amiga dela. Eu posso ver essas engrenagens girando na sua cabeça. Jesus, moça. Você não tem uma filha grávida? Você não está prestes a ser avó?"
"Que jeito de me chutar quando já estou caída," Kate disse com um sorriso. Ela deixou o comentário passar e então perguntou: “A filha da Deb... ela tinha namorado?”
"Não faço ideia," disse Jane.
Um silêncio constrangedor pairou sobre a mesa. Durante aproximadamente um ano de encontro do pequeno grupo de amigas recém-aposentadas, as conversas havia sido quase sempre leves. Esse era o primeiro tópico pesado e não encaixava com a rotina dela. Kate, é claro, estava acostumada com isso. Seu tempo na academia a ensinou a como lidar com essas situações.
Mas Clarissa estava certa. Ao ouvir as notícias, Kate escorregou facilmente para o modo agente. Ela sabia que ela deveria ter pensado primeiramente como amiga ─ pensado sobre a perda e sobre o estado emocional de Deb. Mas a agente nela era forte demais, os instintos ainda estavam ali no primeiro plano depois de terem estado no armário por um ano.
"Então o que podemos fazer para reconfortá-la?" perguntou Jane.
"Eu estava pensando em um Meal Train," disse Clarissa. "Eu conheço algumas outras senhoras que podem embarcar também. Só para ter certeza de que ela não precisa cozinhar para a família nas próximas semanas enquanto lida com tudo isso."
Pelos próximos dez minutos, as três mulheres planejaram a maneira mais efetiva de organizar um Meal Train para sua amiga de luto.
Mas para Kate, a conversa permaneceu na superfície. Sua mente estava em outro lugar, tentando escavar fatos escondidos e idiossincrasias de Deb e da sua família, procurando um caso onde talvez nem existisse um.
Ou talvez possa, pensou Kate. E eu acho que só há um jeito de descobrir.
CAPÍTULO DOIS
Depois da aposentadoria, Kate se mudou de volta para Richmond, Virginia. Ela cresceu na pequena cidade de Amelia, a cerca de quarenta e cinco minutos de distância de Richmond, mas foi para a universidade cúspide do centro. Ela passou seus anos de graduação na VCU, originalmente querendo se tornar uma major em artes de todas as coisas. Passados três anos, ela descobriu que tinha coração para justiça criminal em um dos seus cursos eletivos em psicologia. Foi uma via sinuosa que a levou até Quantico e os trinta anos seguidos da sua ilustre carreira.
Agora, ela dirigia por uma daquelas familiares ruas de Richmond. Ela esteve na casa de Debbie Mead apenas uma vez anteriormente, mas sabia exatamente onde estava localizada. Ela conhecia o local, porque invejava as redondezas, uma daquelas construções antigas nas ruas logo ao lado do centro da cidade que eram contornadas com árvores ao invés de postes de luz e prédios altos.
No momento, a rua de Deb estava inundada com folhas caídas dos elmos que pairavam sobre a rua. Ela teve que estacionar a três casas de distância, porque a família e os amigos já haviam começado a preencher os espaços em frente à casa de Deb.
Ela andou pela calçada, tentando se convencer de que isso era uma má ideia. Sim, ela planejou entrar na casa somente como uma amiga ─ mesmo que Jane e Clarissa tivesse decidido esperar um pouco até o final da tarde para dar um espaço para Deb. Mas havia algo mais profundo ali também. Ela estava procurando por alguma coisa para fazer nesses últimos meses, uma forma melhor e com mais significado de preencher seu tempo. Frequentemente ela sonhava em pegar de alguma forma um trabalho freelance para o FBI, talvez simplesmente tarefas de pesquisa.
Mesmo as menores referências ao trabalho deixavam-na excitada. Por exemplo, ela foi convocada para testemunhar em uma audiência de condicional na próxima semana. Ela não estava ansiosa para encontrar o criminoso novamente, mas simplesmente ser capaz de sondar seu trabalho novamente por um breve momento era bem vindo.
Mas isso seria na próxima semana ─ e neste instante parecia uma eternidade de distância.
Ela olhou para a varanda da frente de Debbie Meade. Ela sabia o porquê de ela realmente estar ali. Ela desejava encontrar algumas respostas para perguntas que estavam relampeando em sua cabeça. Isso a fez se sentir egoísta, como se ela estivesse usando a perda da sua amiga como uma desculpa para pisar de volta nas águas as quais ela não sentia por mais de um ano. A situação envolvia uma amiga, o que a tornava traiçoeira. Mas a antiga agente nela esperava que pudesse envolver algo mais. A amiga nela, porém, pensava que poderia ser arriscado. E por fim, todas essas partes nela cogitavam se talvez ela simplesmente devesse parar de fantasiar sobre seu retorno ao trabalho.
Talvez isso seja exatamente o que eu estou fazendo, pensou Kate enquanto ela subia as escadas até a residência dos Meade. E honestamente, ela não estava bem certa sobre como se sentir sobre isso.
Ela bateu suavemente na porta e foi atendida logo em seguida por uma senhora idosa que Kate não conhecia.
"Você está com a família?" perguntou a mulher.
"Não," СКАЧАТЬ