Название: A Ascensão Dos Bravos
Автор: Морган Райс
Издательство: Lukeman Literary Management Ltd
Жанр: Героическая фантастика
Серия: Reis e Feiticeiros
isbn: 9781632913395
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Mas Kyra ficou ali, enraizada no lugar, incapaz de desviar o olhar. O seu coração batia porque ela sabia que ele lhe estava destinado.
“Eu escolho este”, disse ela a Baylor.
Baylor e os outros ficaram sobressaltados, todos pasmados a olhar para ela como se ela fosse maluca. Seguiu-se um silêncio surpreendente.
“Kyra”, começou Anvin, “o teu pai nunca te permitiria – ”
“É a minha escolha, não é?”, respondeu ela.
Ele franziu as sobrancelhas e pôs as suas mãos nos quadris.
“Isso não é um cavalo!” insistiu ele.”É uma criatura selvagem.”
“Em brevet e mataria”, acrescentou o Baylor.
Kyra virou-se para ele.
“Não foste tu que me disseste para confiar nos meus instintos?” perguntou ela.”Bem, foi até aqui que eles me trouxeram. Este animal e eu pertencemos um ao outro.”
O Solzor de repente empinou as suas enormes pernas, esmagou outro portão de madeira e espalhou lascas por todo o lado e os homens encolheram-se. Kyra estava em
êxtase. Era selvagem e indomável e magnífico, um animal demasiado grande para este lugar, demasiado grande para cativeiro e, de longe, superior aos outros.
“Porque deveria ela chegar a tê-lo?” perguntou o Brandon, chegando-se à frente e empurrando os outros para fora do seu caminho.”Afinal de contas, sou mais velho. Eu quero-o.”
Antes que ela pudesse responder, Brandon correu para a frente como se para reivindicá-lo. Pulou para cima das suas costas e, quando o fez, o Solzor contrariou-o descontroladamente e atirou-o para fora dali. Ele voou pelos estábulos, esmagando-se contra a parede.
Em seguida, Braxton correu para a frente, como se para reivindicá-lo, também, e quando o fez, Solzor balançou a cabeça e cortou o braço de Brandon com os seus dentes afiados.
A sangrar, Brandon gritou e correu dos estábulos, agarrando o seu braço. Braxton levantou-se e seguiu-o, tendo escapado ao Solzor quando este o tentou morder.
Kyra ficou paralisada, mas de alguma forma sem medo. Ela sabia de que, com ela, seria diferente. Ela sentiu uma ligação com este monstro, da mesma forma que tinha com Theos.
Kyra, de repente, deu um passo em frente, corajosamente, ficando mesmo defronte dele, ao alcance dos seus dentes mortais. Ela queria mostrar a Solzor que confiava nele.
“Kyra!” gritou Anvin, com preocupação na sua voz.”Volta!”
Mas Kyra ignorou-o. Ela ficou ali, olhando fixamente nos olhos do monstro.
O monstro ficou a olhar fixamente para ela, com um rosnado baixo a emanar da sua garganta, como que a debater-se com o que fazer. Kyra tremia de medo, mas não deixava que os outros se apercebessem.
Ela forçou-se a mostrar a sua coragem. Levantou lentamente a mão, deu um passo em frente, e tocou no seu couro escarlate. Ele rosnou mais alto, mostrando os seus dentes, e ela conseguia sentir a sua fúria e frustração.
“Abram-lhe as correntes”, ordenou ela aos outros.
“O quê?” gritou um deles.
“Isso não é sensato”, gritou o Baylor, com uma voz de medo.
“Faz como eu estou a dizer!” insistiu ela, sentindo uma força emergir de dentro dela, como se a vontade dele estivesse a sair através dela.
Atrás dela, os soldados correram para a frente com as chaves, para desbloquear as correntes. Durante todo o tempo, o monstro não tirava os seus olhos irritados de cima dela, rosnando, como se estivesse a formar uma opinião sobre ela, como se estivesse a desafiá-la.
Assim que foi desacorrentado, o monstro pisou forte com as suas pernas, como se ameaçando para atacar.
Mas estranhamente isso não aconteceu. Em vez disso, olhou fixamente para Kyra, fixando os seus olhos nos dela, e lentamente o seu olhar de fúria transformou-se num olhar de tolerância. Talvez mesmo gratidão.
Ainda que levemente, parecia baixar a sua cabeça. Foi um gesto subtil, quase imperceptível, no entanto um gesto que ela conseguia decifrar.
Kyra chegou-se à frente, segurou-lhe na crina, e num movimento rápido montou-o.
Um suspiro encheu a sala.
Ao princípio o monstro tremeu e resistiu. Mas Kyra sentiu que era para se evidenciar. Ele não queria, na verdade, atirá-la fora – queria apenas desafiá-la, mostrar quem controlava, para a manter nos limites. Queria que ela soubesse que ele era uma criatura selvagem, uma criatura que não seria domável por ninguém.
Eu não desejo domar-te, disse-lhe ela no olho da sua mente. Desejo apenas ser a tua parceira na batalha.
O Solzor acalmou, ainda empinado, mas não tão selvaticamente, como que a ouvi-la. Em breve, parou de se mexer, completamente imóvel por baixo dela, rosnando para os outros, como que a protegê-la.
Kyra sentada em cima do Solzor, agora calmo, olhava para baixo para os outros. Um mar de caras em choque olhava para eles, boquiabertos.
Kyra sorriu lenta e amplamente, sentido uma grande sensação de triunfo.
“Este”, disse ela, “é a minha escolha. E o seu nome é Andor.”
Kyra, montada em Andor, desceu até ao centro do pátio de Argos, e todos os homens do seu pai, soldados endurecidos, pararam e observaram com espanto enquanto ela passava. Decididamente, eles nunca tinham visto nada igual.
Kyra segurava a sua crina gentilmente, tentando pacificá-lo enquanto ele rosnava suavemente a todos aqueles homens, encarando-os, como se tivesse que se vingar por ter estado enjaulado. Kyra equilibrou-se, Baylor tinha posto sobre ele uma sela de couro nova, e tentou habituar-se a montar tão alto. Sentiu-se mais poderosa com esta fera por baixo dela do que alguma vez se sentira.
Ao lado dela, Dierdre montava uma linda égua, uma que Baylor tinha escolhido para ela, e as duas continuaram pela neve até que a Kyra avistou o seu pai ao longe, em pé ao pé do portão, à espera dela. Ele estava com os seus homens, todos à espera de a verem, e eles, também, olharam para ela com medo e espanto, atordoados pelo facto de ela conseguir montar este animal. Ela via a admiração nos olhos deles, e isso encorajou-a para a viagem de tinha pela frente, Se o Theos não voltasse para ela, pelo menos ela tinha esta criatura magnífica por baixo dela.
Kyra desmontou quando chegou ao pé do seu pai, guiando o Andor pela sua crina e vendo a preocupação a cintilar nos olhos do seu pai. Ela não sabia se era por causa da fera ou se era por causa da viagem que a esperava. O seu ar de preocupação tranquilizou-a, fê-la perceber que não era a única que receava o que estava pela frente, e que ele afinal se preocupava com ela. Por um breve momento, СКАЧАТЬ