A Ascensão Dos Bravos . Морган Райс
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Читать онлайн книгу A Ascensão Dos Bravos - Морган Райс страница 6

СКАЧАТЬ te provar o meu valor?”

      Ele abanou a sua cabeça com firmeza, e ela estava devastada por ver o olhar duro no seus olhos, um olhar que ela sabia que significava que ele não iria voltar atrás.

      “Temos de ir ao teu tio”, disse ele. Era uma ordem, não era um pedido, e com aquelas palavras ela sabia qual era o lugar dela: ela era agora o seu soldado, não a sua filha. Isso magoava-a.

      Kyra respirou fundo – ela não iria ceder tão depressa.

      “Eu quero lutar ao teu lado”, insistiu ela.”Eu posso ajudar-te.”

      “Tu irás estar a ajudar-me”, disse ele, “indo para onde és precisa. Eu preciso de ti com ele.”

      Ela franziu as sobrancelhas, tentando perceber.

      “Mas porquê?”, perguntou ela.

      Ele ficou em silêncio durante muito tempo, até que finalmente disse suspirando.

      “Tu possuis…” começou ele, “… capacidades que eu não entendo. Capacidades que nós vamos precisar para ganhar esta guerra. Capacidades que apenas o teu tio saberá como impulsionar.”

      Ele estendeu a mão e segurou o ombro dela com sinceridade.

      “Se nos queres ajudar”, acrescentou ele, “se queres ajudar o nosso povo, lá é onde és precisa. Eu não preciso de mais um soldado – Eu preciso dos talentos únicos que tu tens para oferecer. As capacidades que mais ninguém tem.”

      Ela viu a sinceridade nos seus olhos, e enquanto se sentia horrível pela perspetiva de não poder juntar-se a ele, sentiu alguma garantia nas suas palavras – juntamente com um elevado sentido de curiosidade. Ela questionava-se sobre que capacidades estaria ele a referir-se, e questionava-se sobre quem seria o seu tio.

      “Vai e aprende o que eu não te posso ensinar”, acrescentou ele.”Volta mais forte. E ajuda-me a ganhar.”

      Kyra olhou-o nos olhos, e sentiu o respeito, o caloroso regresso, e começou a sentir-se novamente restabelecida.

      “É uma longa viagem até Ur”, ele acrescentou.”Um passeio de uns bons três dias para oeste e norte. Vais ter de atravessar sozinha Escalon. Vais ter de andar depressa, de forma discreta, e evitar as estradas. Em breve toda a gente vai falar do que aconteceu aqui – e os lordes da Pandesia vão ficar irados. As estradas serão perigosas – vais manter-te nos bosques. Vai para norte, encontra o mar e mantém-no em vista. Deve ser a tua bússola. Segue a sua costa, e encontrarás Ur. Mantém-te longe das vilas, mantém-te longe das pessoas. Não pares. Não digas a ninguém para onde vais. Não fales com ninguém.”

      Ele agarrou-a firmemente pelos ombros e os olhos dele escureceram com urgência, assustando-a.

      “Compreendes-me?”, implorou ele.”É uma viagem perigosa para qualquer homem – muito mais para uma miúda sozinha. Não posso dispensar ninguém para te acompanhar. Preciso que sejas suficientemente forte para fazeres isto sozinha. És?”

      Ela conseguia ouvir o medo na voz dele, o amor de um pai preocupado e dilacerado, e assentiu, sentindo-se orgulhosa por ele confiar nela para tal expedição.

      “Eu sou, Pai”, disse ela orgulhosamente.

      Ele estudou-a, então finalmente assentiu, como se satisfeito. Lentamente, os seus olhos encheram-se de lágrimas.

      “De todos os meus homens”,disse ele, “de todos estes guerreiros, tu és de quem eu mais preciso. Não os teus irmãos, e nem mesmo os meus soldados de confiança. Tu és a tal, a única, que pode vencer esta guerra.”

      Kyra sentiu-se confusa e subjugada; ela não percebia completamente o que é que ele queria dizer. Ela abriu a boca para lhe perguntar – quando de repente sentiu movimento a aproximar-se.

      Ela virou-se para ver o Baylor, o mestre de cavalo do seu pai, a aproximar-se com o seu sorriso habitual. Um homem baixo e com excesso de peso com sobrancelhas grossas e cabelo fibroso, aproximou-se deles com a sua arrogância habitual e sorriu para ela, depois olhou para o seu pai, como se à espera da sua aprovação.

      O pai dela fez-lhe um sinal afirmativo com a cabeça, e Kyra questionou-se sobre o que se estava a passar, à medida que Baylor se virou para ela.

      “Sei que vai fazer uma viagem”, disse Baylor, com uma voz nasal”. Para isso, precisará de um cavalo.”

      Kyra franziu as sobrancelhas, confusa.

      “Eu tenho um cavalo”, respondeu ela, examinando o lindo cavalo no qual ela tinha andado durante a batalha com os Homens do Lorde, amarrado no pátio.

      Baylor sorriu.

      “Aquilo não é um cavalo”, disse ele.

      Baylor olhou para o pai dela e este assentiu, e Kyra tentou perceber o que se estava a passar.

      “Segue-me”, disse ele, e sem esperar, virou-se de repente e afastou-se em direção aos estábulos.

      Kyra viu-o a ir-se embora, confundida, e depois olhou para o seu pai. Ele assentiu.

      “Segue-o”, disse ele.”Não te vais arrepender.”

*

      Kyra atravessou o pátio coberto de neve com Baylor, acompanhado por Anvin, Arthfael e Vidar, dirigindo-se ansiosamente para longe na direção dos baixos estábulos de pedra.

      Quando se aproximaram do vasto estábulo de pedra, com pelo menos uma centena de jardas de comprimento, Baylor virou-se para ela com os olhos arregalados em prazer.

      “A filha do nosso Lorde vai precisar de um bom cavalo para a levar para onde quer que ela vá.”

      O coração da Kyra acelerou; nunca antes o Baylor lhe tinha dado um cavalo, uma honra habitualmente reservada para guerreiros distintos.

      Anvin assentiu com orgulho.

      “Tu merece-lo”, disse ele.

      “Se dás conta de um dragão”, acrescentou Arthfael com um sorriso, “dás certamente conta de um cavalo mestre.”

      À medida que os estábulos apareciam, uma pequena multidão começou a reunir-se, juntando-se a eles enquanto andavam, os homens a fazer um intervalo da sua recolha de armas, claramente curiosos para ver para onde é que ela estava a ser encaminhada. Os irmãos mais velhos dela, Brandon e Braxton, juntaram-se a eles também, olhando de relance e sem palavras para a Kyra, com inveja nos seus olhos. Eles desviaram o olhar rapidamente, demasiado orgulhosos, como sempre, para darem por ela, muito menos darem-lhe algum louvor. Ela, tristemente, não esperava mais nada deles.

      Kyra ouviu passos e olhou, contente por ver a seu amiga Dierdre também a juntar-se a ela.

      “Oiço dizer que te vais embora”, disse Dierdre quando se colocou ao lado dela.

      Kyra caminhou ao lado da sua nova amiga, confortada pela sua presença. Recordou-se do tempo que passaram juntas na cela do governador, todo o sofrimento pelo qual tinham passado, escapando, e sentiu uma ligação instantânea com ela. Dierdre tinha passado por um inferno ainda pior do que ela, e como a observara, anéis pretos sob os olhos, uma aura de sofrimento e tristeza ainda persistindo sobre ela, ela questionava-se sobre o que seria dela. Ela percebeu que não a podia deixar sozinha neste forte.

      “Dava-me СКАЧАТЬ