Название: O Guarda Florestal
Автор: Jack Benton
Издательство: Tektime S.r.l.s.
Жанр: Зарубежные детективы
isbn: 9788835427834
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"O garoto teria se dado mal se ele não tivesse levado tudo na esportiva... ah, aqui estamos. Casa do Den."
Havia um portão coberto de vinhas afastado da estrada. A construção atrás dele—era difícil dizer que era uma casa—tinha janelas com tábuas, mas a porta da frente tinha sido arrombada e a entrada invadida por arbustos e espinheiros. Slim saiu do carro e se aproximou do portão, só agora vendo um segundo andar escondido entre os galhos.
"Casa do Den," repetiu Croad enquanto descia e contornava o carro para se juntar a Slim no portão. "Depois que a primeira mensagem chegou, Ozgood me mandou aqui para vigiar, para ver se Den aparecia. Acampei por semanas. Nada."
"Achei que Sharp estivesse morto."
"Está. Ou pelo menos deveria. Mas fantasmas não podem escrever cartas ou enviar e-mails, podem?"
Slim caminhou ao longo do portão até uma parede de pedra enterrada e escalou. Se antes havia algo parecido com um jardim, ele tinha desaparecido há muito tempo, substituído por um matagal enorme de espinheiros que se agarravam à calça jeans de Slim enquanto ele avançava a pontapés.
"Você vai entrar?" Croad perguntou. "Vai precisar disso." Ele se inclinou sobre o portão para entregar uma lanterna para Slim. "As crianças destruíram o lugar, então Ozgood o fechou com tábuas, já que ele só era alugado."
"Eu gostaria de conhecer essas crianças," disse Slim. "Imagino que elas tenham histórias para contar."
"Descendo o gramado em uma noite de sexta-feira," disse Croad. "Você as encontrará no jardim da cerveja, bebendo cidra barata. Elas mantêm a loja da Cathy aberta."
Slim assentiu. Ele pegou a lanterna e apontou para a escuridão. Os contornos de unidades de cozinha em decomposição apareceram por entre o emaranhado de vegetação. Pisando com cuidado, ele deu alguns passos para dentro, mas não havia nada para ver, exceto a casa em ruínas. Cacos de vidro, lascas de alvenaria e algumas peças de metal não identificáveis forneciam uma camada de base para os suspeitos habituais de uma propriedade abandonada: algumas latas amassadas de cerveja, algumas revistas pornográficas úmidas e rasgadas e um preservativo usado empoeirado que tinha se rasgado na ponta.
Sobre seu ombro, Croad disse: "Eu assumo a responsabilidade pelas latas. O resto, eu não sei de nada."
Slim desligou a lanterna. "Ninguém mora aqui," disse ele. "Acho que é hora de interrompermos os passeios turísticos para alguém me contar sobre a natureza dessa suposta chantagem."
Croad sorriu. "O senhor é quem manda. Quer falar dentro do carro ou fora?"
8
Poucos minutos depois, eles se sentaram na frente do velho Marina de Croad, com garrafas de café no colo. Croad pegou uma folha de papel e passou para Slim, que a equilibrou sobre os joelhos enquanto lia.
"A primeira," disse Croad.
"Caro Oliver," slim leu. "Eu vou direto ao ponto. Você deve estar surpreso em ouvir de mim, mas eu não estou morto como você deve ter esperado. Peço-lhe desculpas por isso. Na verdade, a tragédia que você acredita ter acontecido comigo nunca ocorreu. Estou bem vivo. Vivo, mas frustrado. É aí que você entra. Sabe, eu sei o que você fez, e acho que é hora de você pagar. Eu também sei sobre todo o resto. Eu vou à polícia se você não fizer exatamente o que eu peço. Sinceramente, Dennis."
A carta terminava com um pedido que meio milhão de libras em dinheiro fosse deixado em um saco em um viaduto atravessando a estrada dupla A30 próxima. Data e Hora: 6 de setembro às 7:15 da tarde.
Slim zombou enquanto devolvia a carta. "Tarifa padrão de chantagista," disse ele. "Nem um único detalhe concreto. Estou assumindo que tenha sido ignorado."
"Claro," disse Croad. "O Sr. Ozgood é um homem de negócios. Recebe cartas assim todos os dias. Esta nunca passou de sua secretária. Então o chantagista foi um pouco mais específico."
"Mostre."
"Aqui está a primeira que foi passada para o próprio Ozgood."
Slim pegou a folha de papel e começou a ler, em silêncio desta vez.
Querido Oliver,
Notei que você não apareceu em 6 de setembro.
Não é de seu feitio esquecer uma data importante, não é?
Acho que não percebe que estou falando sério.
Eu sei o que você fez. Você acha que seu
dinheiro vai te salvar? Bem, ele salvou uma vez.
Sorte sua. Os menos privilegiados não têm tanta sorte.
O preço pedido agora é de um milhão.
Isso pode reparar alguns dos danos que você causou.
Diga a Ellie quando você vê-la,
que eu nunca vou esquecer seu sorriso
quando ela me disse que me amava.
E pergunte a ela sobre aquele arranhão nas costas.
O espinheiro... Eu não sabia que estava lá.
Sua sombra até eu ver o seu dinheiro,
às 6 horas de 2 de outubro,
no mesmo lugar de antes.
Dennis
Slim ergueu os olhos. "Suponho que Ozgood levou este um pouco mais a sério?"
"Não está errado," Croad bufou. "Durante o suposto estupro, Ellie Ozgood foi arranhada nas costas, assim como a carta de Den afirma. Havia um traço de espinho em sua pele, e a perícia na investigação inicial realmente rastreou-o até a planta exata no jardim de Den." Croad apontou. "Bem por ali, embora tenha crescido um pouco desde então. Teria sido suficiente para condená-lo se Ellie não tivesse retirado suas acusações.
"Ela o quê? Ozgood me disse que o caso foi arquivado."
"Sim, isso é meio que uma ferida para ele. Ellie retirou a acusação. Alegou que foi consensual. A garota tinha feito dezesseis a um mês, o que inocentava Den. Ele tinha trinta e oito. Ozgood não gostou, não acreditou nela ou em Den. Não podia aceitar sua garotinha brincando com o jardineiro, sabe? Então ele tomou a questão em suas próprias mãos."
"Imaginei."
Croad sorriu, mas pela primeira vez, de um ângulo sinistro. Na penumbra através das árvores o rosto do velho tornou-se esquelético, ameaçador.
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