Название: A Noite Em Que Chicago Morreu - Um Romance Da Justice Security
Автор: T. M. Bilderback
Издательство: Tektime S.r.l.s.
Жанр: Триллеры
isbn: 9788835426868
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Que raio é isto?
O condutor da limusina, um homem hispânico, saiu e abriu a porta das traseiras. O passageiro saiu da limusina. Tinha uma altura média e bem vestido, com um fato à medida, cabelo e barba bem aparados, e unhas bem cuidadas. O cabelo era mais prateado, com algumas manchas de preto a aparecer nas têmporas e em alguns lugares da barba. Sua pele era bege escura, os olhos negros que raramente pestanejavam.
“Buenas noches”, disse o homem bem vestido.
“Eu não falo espanhol, amigo”, respondeu Skanky. Não conseguia parar de olhar para os olhos do homem. Esperava que o homem pestanejasse a qualquer momento, mas se o fez, Skanky não conseguia vê-lo.
“Então falarei inglês, para que me entenda.” O homem usava luvas leves de pele de cabra, e começou a tirá-las enquanto falava. “Você é a quem chamam de 'Skanky'?”
“Quem quer saber?”
O homem abanou a cabeça em reconhecimento. “Eu, señor.”
“E quem é o senhor, um polícia ou qualquer coisa assim?”
“Não, não sou um agente. Não neste país.”
“Sim, bem, olhe, foi bom falar consigo, mas tenho um compromisso...”
“Sim, eu sei.” O homem colocou as luvas no bolso do casaco. “O seu compromisso é comigo.”
Skanky olhou o homem da cabeça aos pés. “O senhor não é o Tinker.”
O homem sorriu amplamente. O sorriso era quase um ricto, e lembrava a Skanky um tubarão. Enervava-o, mas não deixou que isso se mostrasse.
“Não, señor, não sou o Tinker. Sabe quem eu sou?”
Skanky, curioso agora, sacudiu a cabeça. “Não faço ideia.”
O homem bem vestido procurou dentro do casaco enquanto falava. “Me llamo Esteban Fernandez.”
Por uns segundos, Skanky não reconheceu o nome. Mas, à medida que os segundos passavam e os armários dentro do seu cérebro se abriam lentamente, o reconhecimento chegou-lhe.
Este homem era o líder louco do cartel da droga mexicano que tinha o posto de General no seu país natal.
Este era o homem responsável por espalhar explosivos no campeonato de combate de boxe na sua antiga cidade. Se tivessem explodido, 30 mil pessoas teriam morrido ou ficado feridas.
Este era o homem que tinha construído um clube que era realmente uma armadilha, para tentar apanhar Joey Justice e Misty Wilhite, e que tinha matado dezenas de pessoas, incluindo o prefeito.
Este era o único homem que Mickey Giambini temia.
E este homem estava à frente dele agora, sorrindo com o seu sorriso predador.
A bexiga do Skanky soltou-se, à medida que o medo se tornava real.
“Então como vê, Skanky, vim para Chicago para... Tomar conta das coisas. Compreende, claro. E não preciso mais dos seus serviços.” Fernandez tirou uma arma do casaco e atirou no Skanky, três vezes no coração.
Ao disparar o terceiro tiro, com Skanky a cair no chão, um táxi virou a esquina para a rua deserta. Fernandez virou-se para olhar para o táxi.
O taxista percebeu rapidamente o que estava a acontecer, mesmo enquanto Fernandez apontava a arma ao veículo que passava. O motorista começou a murmurar, “ohmerdaohmerdaohmerda.” Ele carregou no acelerador, e começou a manobrar para trás e para a frente através da rua estreita, tentando deixar rapidamente a área, com a sua vida intacta.
Estava feito. Fernandez tinha disparado sete tiros no táxi em retirada, mas falhou o motorista. O táxi virou à esquerda na primeira oportunidade, e o motorista usou o telemóvel para chamar a polícia.
“Hijo de puta!” Gritou Fernandez.
O condutor da limusina, Felix Juarez, disse: “Vem, Esteban. Ele vai chamar a polícia. Temos de ir agora.”
“Sim, tens razão mais uma vez, Felix. Temos muito a fazer.”
À medida que a limusina se afastava, os dois clientes do Skanky saíram por detrás do contentor do lixo e deixaram cautelosamente o beco. Estavam de mãos dadas, a olhar para o corpo imóvel a arrefecer.
Ainda lá estavam quando os dois primeiros ‘pretos-e-brancos’ chegaram.
Capítulo 2
Os agentes da polícia já tinham vedado a área à volta do corpo quando cheguei ao local. Algumas almas corajosas tinham saído à rua, nessa noite fria e ventosa, para olharem para o homem morto deitado na calçada.
Talvez esperassem que ele se sentasse e gritasse: "Dia 1 de Abril!"
Enquanto estacionava o meu Carocha de 1998 junto ao passeio atrás de um táxi, perguntava-me por que razão esta noite estava tão ocupada. Este era o terceiro tiroteio a que tínhamos sido chamados. Todos de traficantes de rua.
Seria de esperar que o frio mantivesse as pessoas dentro de casa.
O meu parceiro, o detetive de primeira classe Sam Tanner, tinha chegado primeiro, e estava a falar com um casal de mãos dadas e aconchegarem-se um ao outro na calçada, no interior da vedação da "Cena do Crime". Verifiquei o cordão que segurava a minha estrela para ter a certeza que não se tinha congelado e partido. Continuava intacto. Fiquei um pouco desapontada.
Ainda não tinha tido tempo para comprar um casaco de inverno, e a minha gabardina, boa, da marca London Fog, sobre o meu blazer ainda não me mantinha aquecida. Sem mencionar o ligeiro coxear do ferimento de bala, quase curado, na minha perna - cumprimentos do Assassino dos Cornflakes – e também estava um bocado de mau-humor.
Passei por baixo da fita e parei para olhar para o corpo. Um oficial fardado que eu não conhecia estava de guarda, certificando-se de que o corpo continuava morto. O médico legista ainda não tinha chegado. Com mais outros dois corpos, podia demorar-se um pouco a chegar.
Levantei a lona que um dos agentes tinha usado para cobrir o corpo. Três tiros no coração, todos a menos de um centímetro de distância, num triângulo perfeito. Mesmo à queima-roupa, eram tiros certeiros. E os ferimentos e o espaçamento eram idênticos aos das outras duas vítimas.
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