O Roubo Do Alfa. Kate Rudolph
Чтение книги онлайн.

Читать онлайн книгу O Roubo Do Alfa - Kate Rudolph страница 3

Название: O Roubo Do Alfa

Автор: Kate Rudolph

Издательство: Tektime S.r.l.s.

Жанр: Современная зарубежная литература

Серия:

isbn: 9788835427124

isbn:

СКАЧАТЬ

      A caixa registradora ficava na frente, o cofre provavelmente nos fundos, preso ao chão, se fossem espertos. Poderia tirar dali uns mil dólares em minutos, mas não valia a pena. Não quando ficariam na cidade por semanas e tinham muito dinheiro para gastar.

      Viu Krista bufar impaciente, cruzando os braços. A mulher personificava a palavra duende. Com pouco mais de um metro e meio de altura, cabelo castanho curto e espetado e a pele que praticamente brilhava como bronze, parecia uma espécie de ninfa punk da floresta. E sabendo exatamente a força do seu soco, Mel jamais diria isso a ela.

      Bob, por outro lado, era... Bob. Os dois trabalharam juntos algumas vezes antes de ela decidir trabalhar por conta própria, e ele foi o primeiro em quem pensou quando precisou de uma equipe. Mas se alguém lhe pedisse para descrevê-lo, mesmo enquanto estava olhando diretamente para ele, não poderia. Ele era um homem, com cabelos castanhos ou pretos, talvez loiros, e olhos... os olhos estavam onde deviam estar, junto com o nariz e a boca. Achava que a pele dele era escura, mas não conseguia descrever o tom. Só podia ser um feitiço de percepção, mas nunca sentiu aquela pontada de magia que qualquer bruxa normal emitia. Mas no fim das contas, sempre soube que ele era Bob e que estava lá para apoiá-la, o que, em sua opinião, era o suficiente.

      Se sentou na cabine em frente a seus parceiros. Com um aceno de cabeça, Krista ativou uma proteção de desvio de som. Isso distorceria tudo o que dissessem para que ninguém ao seu redor pudesse entender o conteúdo da conversa, mas as pessoas ainda ouviriam o murmúrio de suas vozes. Ninguém jamais questionou isso e a magia era tão sutil que nem mesmo Mel, com seus sentidos altamente sintonizados, conseguia desativá-la.

      — Por que nos chamou? —Krista perguntou. — Achei que não quisesse mais fazer trabalhos em equipe. — Havia um tom rude em sua voz, e Mel sabia que era justificado.

      — A Tina me ofereceu o trabalho. — Krista ergueu as sobrancelhas ao mesmo tempo em que seus lábios se curvaram, então Mel continuou. — E não tenho como fazer isso sozinha de jeito nenhum. Não confio em mais ninguém, além de vocês dois, para me ajudar a fazer isso.

      — A Esmeralda Escarlate? — Bob perguntou, sua voz mais uniforme do que nunca. — Você acha que quero morrer, Kitty?

      Mel apertou a mão com o apelido. Ele devia estar bem chateado mesmo.

      — Sim. E como pagamento, vocês podem escolher qualquer item da minha coleção que desejarem. Um para cada. — Dividiria seu estoque pela metade e daria tudo para tentar acertar Ava. Mas não precisava chegar a esse ponto.

      — E você tem que nos trazer ao território transmorfo para fazer a oferta? — Krista não parecia satisfeita. — Nós dois provavelmente quebramos três tratados só por virmos até aqui, mais ainda por estarmos sentados em um bar que fica há 20km do castelo do Rei Gato! — Se não fosse pela necessidade de discrição, a mulher mais jovem teria batido o punho contra a mesa. — Isso é manipulação, Mellie, não venha com essa para cima de mim. Se me quer para um trabalho, é só pedir.

      Bob não disse nada, mas acenou com a cabeça em concordância.

      Mel parou por um momento e tentou tirar a tensão de seus ombros.

      — Vocês vão me ajudar a roubar a Esmeralda Escarlate? Não posso fazer isso sem vocês. — Nem doeu dizer isso, não para Bob, nem para Krista. Foi uma surpresa.

      Seus parceiros compartilharam um sorriso malicioso.

      — E aquele diamante tão grande quanto o punho do Bob?

      Mel sabia exatamente do que ela estava falando. Levou seis meses de planejamento para consegui-lo.

      — É seu. — Ela olhou para Bob.

      Ele deu de ombros.

      — Tenho certeza de que vou pensar em algo. — Ele iria, sempre pensava.

      Ela se inclinou para frente, com os cotovelos sobre a mesa. Quase podia ouvir a voz de sua mãe gritando para retirá-los.

      — Vai ser complicado. Não há registro de plantas, nem detalhes do sistema de segurança. E eles são metamorfos, o que significa que são cerca de vinte vezes mais difíceis de roubar do que qualquer outra pessoa, exceto talvez por um complexo protegido pela irmandade.

      Krista se irritou com a avaliação.

      — Tente roubar de uma irmandade sem alguém para quebrar as proteções.

      — Não há nada registrado no condado? — Bob perguntou.

      Mel sorriu.

      — De acordo com os registros, o sr. Torres mora em um sobrado de 130 metros quadrados, com três quartos e dois banheiros. — Ela puxou uma pasta de sua bolsa e colocou as fotos na mesa na frente deles.

      Castelo não era o termo correto para o complexo de Torres. Era moderno demais. Tudo era construído em linhas retas e cimento, e as janelas eram pequenas no nível do solo e um pouco maiores a partir do quarto andar. A coisa toda subia até a altura das árvores ao redor e, felizmente, elas chegavam quase até a construção real. Pela perspectiva defensiva, era uma decisão estúpida, mas um gato não conseguia resistir ao chamado da floresta.

      — Claramente, o condado falsificou registros. — Ela olhou para Krista. — Como você pode me colocar dentro?

      Embora Krista costumasse socar qualquer um que a olhasse do jeito errado, seu verdadeiro talento era o reconhecimento e a magia tática.

      — Tenho uma ideia. Vou precisar de duas horas, mas devo conseguir.

      Perfeito.

      — Quando pode começar?

      Krista sorriu.

      — Esta noite. Há meses que desejo usar este bebê. — Krista adorava criar dispositivos mágicos que podiam se infiltrar até nos locais mais seguros.

      Mel estremeceu e olhou em volta. Um homem de jaqueta de couro tinha acabado de entrar. Era como se um fio elétrico a tocasse bem no peito, entre outros lugares, quando olhou para ele. Sua força era primordial. Ela inclinou a cabeça para trás.

      — Parece que o grandalhão está aqui. Pode começar agora? Vou ganhar tempo para você se preparar. — Sem o alfa, o perigo de cercar o lugar seria mínimo. Se alguém podia fazer isso, eram Krista e Bob.

      Seus parceiros trocaram um olhar e tiveram uma conversa silenciosa, as expressões brilhando tão rapidamente que Mel não conseguiu determinar o significado. Não era telepático, eles simplesmente trabalhavam juntos há tanto tempo, que algumas conversas não precisavam acontecer em voz alta. Bob finalmente concordou. Krista disse:

      — Dê-nos o máximo de tempo possível, mas o mantenha aqui por pelo menos vinte minutos. Nos encontramos na cabana em três horas. — Mel assentiu. Tinha alugado uma bela cabana de férias por um mês nos arredores da cidade, logo depois da fronteira do condado com o território de Luke Torres. Se ele perguntasse às pessoas certas sobre o roubo, acabaria descobrindo o culpado, mas ela não queria tornar isso tão fácil, bastando verificar os registros dos dois motéis na cidade.

      Krista derrubou a barreira e o cheiro dos gatos que haviam acabado de entrar quase a oprimiu, mas manteve a expressão neutra. Ela e Bob escapuliram, mas Mel não СКАЧАТЬ