Название: Meu Irmão E Eu
Автор: Paulo Nunes
Издательство: Tektime S.r.l.s.
Жанр: Зарубежные любовные романы
isbn: 9788835426387
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Minha comunicação com Pablo em espanhol estava funcionando. Aidan olhava-nos com a testa franzida, tentando ouvir e descobrir o que falávamos. E isso quase nos arrancou algumas gargalhadas de tão engraçado que foi.
— Quer ir à piscina comigo? — perguntei a Pablo, insinuando-me para ele.
— Sim — respondeu-me, animado.
Nós saímos da mesa, sob os olhares curiosos de todos. Pablo mergulhou primeiro, e depois fui ao encontro dele. Já era quase noite, e não se via mais a luz do sol. Não havia ninguém na piscina, somente ele e eu nadando de um extremo ao outro, fazendo apostas para ver quem chegava primeiro à outra ponta. Às mesas, apenas alguns casais distraídos. Com certeza, eram turistas ou franceses.
— Eu não sabia que os mexicanos nadavam tão mal assim — brinquei com ele.
— Mas eu ganhei quase todas as apostas — retrucou ele, jogando-me água no rosto.
E rimos, quando pedi ao garçom que nos trouxesse mais um kir para mim.
— O que está bebendo mesmo, Pablo? — perguntei.
— Senhor, um mojito, por favor — disse ele, exibindo-se ao garçom em espanhol.
Aproximei-me dele e fiquei nadando em círculos, enquanto o encarava. Ah, esses olhos pretos!
— Adoro quando você fala espanhol, sabia? — comentei.
— Você pode gostar de outras coisas que eu sei dizer também — completou.
— Uau! Que excitante! — exclamei.
Ele mergulhou e eu o perdi de vista. Passaram-se segundos e nada dele. Encostei-me à borda da piscina, estendi os braços para fora e o procurava com os olhos. E lá vinha ele, nadando por debaixo d’água com sua sunga preta. Parecia um atleta. Chegou perto demais de mim e, roçando o corpo dele no meu, subiu à superfície.
— Oi — disse baixinho.
— Oi — respondi, sorrindo.
Ele tomou minha cintura em seus braços, puxou-me para ele e me beijou. Afastei-me e disse envergonhado:
— Eles estão olhando, Pablo — referindo-me ao meu irmão, Aidan e Juan, que tinham suas cabeças viradas em nossa direção.
— Não me importo — e selou sua boca na minha novamente.
Os lábios dele eram ásperos. Sua língua era ousada, tinha gosto de limão e álcool. Ele beijava com ímpeto, passeando vagarosamente sua mão pelas minhas costas. Encaixou sua perna no meio das minhas e me pressionou contra a parede da piscina. Eu estava preso, mas adorando tudo aquilo. O som do caminhar do garçom, depois de deixar as bebidas ao chão da borda da piscina, não me distraiu, mas o que ele disse com voz empolgante, sim:
— Senhor Barrys, boa noite! Seja bem-vindo! Posso ajudá-lo?
— Estou procurando meus filhos. Eles estão aqui?
Não acreditava no que estava ouvindo. Meu Deus! Meu Deus! É meu pai! Ele está aqui!
Imediatamente, larguei a boca do mexicano e o empurrei.
— O que houve? — perguntou-me ele, sem nada entender.
— Meu pai está aqui!
Deixei Pablo de braços cruzados, rindo do meu desespero, e mergulhei para o outro extremo da piscina. Quando subi à superfície, papai, que já se encaminhava à nossa mesa, viu-me.
— Oi, filho! Por que vocês não me disseram que iriam passar o dia todo aqui? Teria vindo com vocês.
Fique calmo, fique calmo, Gaius. Ajude-me, meu Deus! Dizia eu em meus pensamentos.
— Oi, pai! Nós almoçamos por aqui e perdemos a hora. Quer entrar? A água está bem quentinha.
Eu mal terminei de falar, quando Pablo subiu à superfície perto de mim. Como ele veio tão rápido? E por que ele faz isso?
— Boa noite! — exclamou ele, cumprimentando meu pai, meio sorridente.
— Boa noite! É seu amigo, filho? — retribuiu papai.
— Sim, papai. Este é Pablo. Ele é mexicano e vai passar o fim de ano aqui em Monte Carlo. Pablo, esse é meu pai, Lucas Barrys.
Pablo assumiu um semblante sério no rosto. Parecia incomodado naquele momento. Meio desconcertado, disse ele a papai:
— Boa noite, Senhor Barrys!
Lembro bem do rosto de papai naquele instante. Sua expressão era de quem estava desconfiado. Aquela testa franzida não era só curiosidade. Papai nos deixou e foi ao encontro de Marcus, que estava na mesa com Juan. Onde está Aidan? Não importa! Pensei. Disse a Pablo que devíamos voltar à mesa e dar um pouco de atenção a papai.
— Certo. Mas só se me prometer que vamos nos ver mais tarde — condicionou ele, tentando agarrar minha cintura por baixo d’água.
— Pablo, meu pai está aqui! E nós dois ainda não conversamos sobre eu ser gay. Entende isso? — exclamei com intensidade.
— Tudo bem, tudo bem. Mas vamos nos ver mais tarde?
— Eu... acho que sim. — respondi, cambaleando a voz e com um meio sorriso nos lábios, fazendo charme para ele, enquanto jogava água em seu rosto.
À mesa, papai conversava com os irmãos latinos, e contou que visitou o México há alguns anos, passando parte dos dias em Tijuana. Percebendo que todos estavam empolgados na conversa, aproximei-me do meu irmão e perguntei:
— Onde está Aidan?
— Ele viu você e Pablo se beijando, e saiu. Parecia irritado — respondeu, sussurrando.
— Que droga! Eu não morro de amores por ele, mas também não quero machucá-lo. Que inferno!
A voz do meu pai nos interrompeu.
— O que vocês estão falando tão baixinho aí, hein?
— Nada importante, papai. Gaius perguntou onde estava Aidan, e eu respondi que ele já tinha saído. Que droga, Marcus! Você não devia ter comentado que Aidan está aqui! Pensei.
— Aidan está aqui? Onde está? — perguntou papai a Marcus.
— Acho que ele foi até à suíte pegar alguma coisa, mas não sei se ainda vai voltar.
— Marcus, quero ver Aidan. Mande chamá-lo.
Agora eu estou fodido, meu Deus! Marcus me olhava na esperança de que eu mesmo dissesse o que ele deveria fazer. O que eu faço agora? Papai era muito amigo do pai de Aidan, o Senhor Daan. Praticamente enriqueceram СКАЧАТЬ