Meu Irmão E Eu. Paulo Nunes
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Название: Meu Irmão E Eu

Автор: Paulo Nunes

Издательство: Tektime S.r.l.s.

Жанр: Зарубежные любовные романы

Серия:

isbn: 9788835426387

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СКАЧАТЬ Pensei. Quando vi aquele objeto na mão de papai, minha mão suada esmigalhou a mão de Arthur. Minha pupila dilatou. Estava com muito medo.

      — Sente-se, Gaius. Alexander quer falar com você — disse papai, rispidamente.

      — Estou bem assim, Senhor Walker. Pode falar — respondi, com a voz trêmula, tentando mantê-la firme.

      O advogado caminhou até o sofá e apanhou nas mãos uma pasta de documentos e, em pé, disse:

      — Gaius, hoje você completa dezoito anos e, como deve saber, todo cidadão norte-americano, a partir desta idade, é considerado responsável por todos os seus atos diante da nossa legislação, como também pode assumir qualquer benefício ou herança que seja devida a ele sem a necessidade de um tutor financeiro. Estou aqui, hoje, porque é desejo de seu pai entregar a você a sua parte da herança, mais uma porcentagem mensal nos lucros da House’s Barrys. Antes de falarmos da herança, preciso explicar que a House’s Barrys é um conglomerado de empresas imobiliárias de capital societário familiar, de nível internacional, ou seja, ela foi construída unicamente com o dinheiro da sua família e, hoje, está presente em todos os continentes. E os únicos acionistas dela são o seu pai, seu irmão e você. Com o falecimento da sua mãe, a parte financeira que cabia a ela, ou seja, cinquenta por cento da empresa, mais todos os bens que foram adquiridos durante o casamento, foram divididos em duas partes, metade para você, e metade para seu irmão. O Senhor Marcus Barrys já recebeu a parte da herança da sua mãe. Como você era menor de idade à época do falecimento dela, seu pai tornou-se seu tutor financeiro, ou seja, ele administrava seu dinheiro até que atingisse a maioridade. Como hoje você está completando dezoito anos, estou aqui para entregar a você a metade da herança da sua mãe, e para explicar os lucros mensais que você tem direito da House’s Barrys. Você tem alguma dúvida até aqui? — perguntou ele.

      — Não. Pode continuar — respondi, sem entender direito o que estava acontecendo.

      — Sua mãe faleceu em junho do ano passado. Desde que o trâmite para distribuição da herança dela ficou pronto, os lucros da House’s Barrys, que eram devidos a você, estavam sendo enviados a uma conta bancária. O titular dessa conta era seu pai, mas o nosso escritório já fez a mudança de titularidade e, agora, a conta está em seu nome. Todos os valores foram transferidos e já estão disponíveis para você. Todos os meses, até o décimo quinto dia útil do mês, após o fechamento do balanço financeiro do mês anterior, as quantias devidas a você, ao Senhor Marcus Barrys e ao Senhor Barrys são automaticamente enviadas às respectivas contas. Do mês de junho do ano passado até este mês, foram enviados pouco mais de trezentos milhões de dólares para sua conta, o que nos faz constatar que a média de lucro mensal da House’s Barrys por acionista é de pouco mais de três milhões de dólares, visto que foram contabilizados para você um total de dez meses de lucros acumulados. Esse valor está sujeito ao rendimento mensal da empresa, e é dividido igualitariamente entre o seu irmão, seu pai e você. Estamos falando de valores líquidos, e não brutos. Você tem alguma dúvida até aqui? — perguntou novamente.

      — Não. Pode prosseguir.

      — A House’s Barrys, à época do falecimento da sua mãe, estava avaliada em dezenas de bilhões de dólares. Com a distribuição que precisou ser feita, alguns bilhões foram divididos entre você e seu irmão. E o restante é direito do seu pai. No caso de falecimento dele, toda a herança do seu pai, segundo a vontade dele, será destinada exclusivamente ao Senhor Marcus Barrys. Com o falecimento do seu pai, você não herdará nenhuma quantia da House’s Barrys, mas continuará como acionista e receberá os lucros mensais que são a herança da parte da sua mãe. Você está compreendendo o que digo? — perguntou mais uma vez, franzindo a testa, esperando minha resposta.

      — E por que não herdarei nada quando papai falecer?

      — Esse é um desejo do seu pai, e a lei norte-americana assegura o que ele quer fazer com a herança dele.

      Senti uma pontada no coração.

      — Pode continuar — disse, tentando parecer indiferente.

      — Muito bem. Concluindo, estou dizendo a você que na sua conta dos lucros, somados os meses de junho do ano passado até este mês, estão disponíveis pouco mais de trezentos milhões de dólares. A parte da sua herança também já está disponível, ou seja, os bilhões que foram divididos entres vocês três com a morte da sua mãe. Caso tenha alguma dúvida sobre a divisão, o Senhor Marcus Barrys poderá explicar melhor, pois isso envolve assuntos de natureza particular da sua mãe e do seu pai. Somando tudo, hoje está disponível na sua conta algumas dezenas de bilhões de dólares para você, que é o resultado dos lucros acumulados de dez meses mais a sua parte na herança deixada por sua mãe. E lembro que os seus rendimentos mensais continuarão sendo enviados a você, mesmo com o falecimento do seu pai e seu irmão. Você detém vinte e cinco por cento das ações da House’s Barrys. E isso continuará até quando você falecer ou decidir vender suas ações. Você tem alguma dúvida? — perguntou.

      Eu não sabia para onde olhar. Papai me encarava e o advogado esperava uma palavra minha. O que digo?

      — Marcus, posso falar com você um instante? — e soltei a mão de Arthur, dirigindo-me ao meu quarto.

      Lá, perguntei ao meu irmão se ele sabia o porquê de tudo aquilo. Disse-me que papai tinha feito a mesma coisa com ele. Eu perguntei se podia confiar no que o advogado estava dizendo, se não corria o risco de estar sendo enganado. Meu irmão me explicou resumidamente:

      — Maninho, escute o que vou dizer. A empresa valia bilhões. Papai conseguiu o valor que a empresa valia com os bancos. Esse valor ele dividiu em três, a parte dele, a minha e a sua. A parte dele, ele devolveu ao banco e até hoje paga mensalmente o saldo até liquidar a dívida. A minha parte, ele já me deu. E, agora, ele está dando a sua parte...

      — Mas a parte da herança da mamãe, depois que ela morreu, não deveria ficar com papai? — perguntei, interrompendo-o.

      — Deveria, sim. Mas mamãe fez com que papai assinasse um documento que garantisse que depois da morte dela, a empresa deveria ser avaliada, vendida e os valores fossem divididos entre nós três imediatamente. Para não se desfazer da empresa, correndo o risco de perder um negócio familiar sólido, papai optou por recorrer aos bancos e conseguir o valor que a empresa valia à época, e entregou esses valores a nós dois. Como nós somos sócios, temos direitos a valores de lucros mensais. Papai fez tudo que prometeu à mamãe e tudo que está no documento assinado por ele mesmo. Como você era menor de idade à época, papai administrou seu dinheiro. Agora que atingiu a maioridade, ele está entregando tudo que é seu por direito. Eu também recebi a minha parte da herança e recebo, todos os meses, os lucros. A única diferença entre mim e você é que eu recebo também salário por ser o diretor da empresa. Entende?

      — E por que com a morte de papai a herança dele ficará só para você? — inqueri.

      — Maninho, esse é o desejo dele. Acho que nós sabemos o porquê.

      Senti outra pontada no coração.

      — Então, estou recebendo dezenas de bilhões de dólares? É isso? E está tudo certo?

      — Está sim. Conferi tudo antes de eles virem aqui falar com você. Eu só não sabia que papai iria aparecer de surpresa aqui no domingo para tratar disso. Pode voltar para a sala e assinar a papelada. Depois, com calma, você e eu podemos ver como aplicar seu dinheiro, certo? — e me deu um beijo no rosto, encorajando-me.

      — Tudo bem. Vamos lá — respondi.

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