O Segredo Do Relojoeiro. Jack Benton
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Название: O Segredo Do Relojoeiro

Автор: Jack Benton

Издательство: Tektime S.r.l.s.

Жанр: Зарубежные детективы

Серия:

isbn: 9788835423287

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       Capítulo 53

       Capítulo 54

       Sobre o Autor

      “O segredo do relojoeiro” Copyright © Jack Benton / Chris Ward 2019

      Traduzido por Leonardo Oliveira Pestana De Aguiar

      O direito de Jack Benton / Chris Ward de ser identificado como o Autor deste Trabalho foi afirmado por ele de acordo com o Copyright, Designs and Patents Act 1988.

      Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, armazenada em um sistema de recuperação ou transmitida, em qualquer forma ou por qualquer meio, sem a permissão prévia por escrito do Autor.

      Esta história é uma obra de ficção e é um produto da imaginação do autor. Todas as semelhanças com locais reais ou com pessoas vivas ou mortas são mera coincidência.

O segredo do relojoeiro

      1

      A caminhada não ia como planejado.

      As pilhas de granito saliente de Rough Tor eram um ponto de referência ruim, deslocando-se ao longo do horizonte enquanto Slim Hardy tentava se realinhar com a linha do caminho que o levara do estacionamento à colina.

      À sua direita, um pequeno grupo de pôneis selvagens bloqueava a rota direta para a cordilheira e as pilhas mais altas. Seus olhos desafiadores observavam cada passo enquanto Slim fazia o contorno, movendo-se lentamente sobre o terreno pantanoso e desigual, receoso do granito que saltava da relva.

      Slim suspirou. Ele estava bem fora de rota agora, o longo cume de Rough Tor subindo quase em linha reta, e o pico plano de Brown Willy com seu polvilho de rochas aparecendo em frente através de um vale largo e suave. Ele procurou, por hábito, o frasco de quadril que não estava mais lá, apertou sua mão como se para punir a si mesmo por seu esquecimento, então sentou-se em uma rocha para tomar um fôlego.

      No cume, os dois caminhantes que ele tinha seguido do estacionamento saltaram de entre as rochas e foram em direção a Brown Willy. Conforme eles desapareciam de vista, Slim sentiu uma pontada súbita de solidão. No fundo da encosta, haviam três carros no estacionamento ao lado do borrão vermelho que era sua bicicleta, mas dos outros caminhantes não havia nenhum sinal. Além dos pôneis, ele estava sozinho.

      Depois de uma mordida de um sanduíche e um gole de uma garrafa de água, Slim olhou para o pico, dividido pela indecisão. Ele tinha um longo passeio de bicicleta pela frente por estradas de terra sinuosas e esburacadas, e a bateria em sua lanterna estava acabando. Quando ele se virou, porém, o sol rompeu brevemente através das nuvens, e longe ao sul o Canal da Mancha brilhou entre duas colinas. Ao noroeste Slim procurou o Atlântico, mas um banco de nuvens pairava baixo sobre os campos, obscurecendo tudo, exceto um pequeno triângulo cinza que poderia ser água.

      Com um grunhido perseverante, ele colocou sua mochila nas costas e voltou para a caminhada, mas não tinha dado mais do que alguns passos quando uma pedra solta rolou sob sua bota, derrubando-o até os joelhos em um poço de água suja. Com uma careta, Slim tirou o pé do pântano e cambaleou para a frente em solo mais seco.

      Ao remover e esvaziar sua bota esquerda, ele deu um sorriso melancólico, lembrando que um par de meias sobressalentes estava na cama de seu quarto, deixado de fora de sua bolsa para abrir espaço para um livro velho da prateleira de empréstimos da hospedaria.

      Novamente o sol emergiu brevemente das nuvens, e as pilhas de granito brilharam na luz repentina. O grupo de pôneis tinha se deslocado através da colina, deixando Slim com um caminho reto para a cordilheira.

      "Vamos lá," ele murmurou para si mesmo. "Você não é de desistir, é?"

      Sua bota apertou quando ele a pôs de volta, mas com uma careta que raramente deixava seu rosto, ele finalmente chegou à cordilheira quinze minutos depois, subindo as pilhas de granito até o ponto mais alto. A neblina tinha caído, obscurecendo tudo, menos as encostas da colina. As antigas pedreiras de caulinita a sudoeste eram fantasmas na neblina, mas além delas, um véu cinza turvo pairava sobre o mundo.

      Com a fricção da água como uma lixa entre seus dedos dos pés, Slim fez uma pausa suficiente para tomar um gole rápido antes de começar sua jornada de descida. Um dia quente no início da primavera se transformou rapidamente em uma noite de fim de inverno, e apenas uma hora de luz restava antes da escuridão completa. Embora a neblina ainda não tivesse absorvido o pequeno estacionamento de cascalho em sua paleta cinza amorfa — uma mancha de vermelho perto da parede inferior identificava sua bicicleta — o mesmo parecia muito mais distante do que o pico quando ele estava no início.

      Ele estava olhando para longe, contando as ovelhas amontoadas em uma cavidade mais abaixo na encosta, como uma forma de se distrair das rajadas de vento frio, quando algo se mexeu sob seus pés.

      Ele caiu com força, segurando-se com as mãos. Ele havia caído com o mesmo pé, mas desta vez torceu o tornozelo e uma dor lancinante subiu por sua perna. Ele rolou de costas, tirou a bota e ficou sentado esfregando o tornozelo por alguns minutos. Ao remover a meia ensopada ele descobriu o início de um hematoma, e a exposição ao ar enviou calafrios por todo o seu corpo. O solo aqui pelo menos estava seco, e ele se sentou e olhou para cima, sentindo-se ao mesmo tempo zangado e estúpido. Errar é humano, repetir o erro... ele se lembrou do início de um ditado que sua ex-mulher gostava, embora ele tivesse esquecido o resto.

      Ele olhou ao redor, imaginando qual pedra o havia feito tropeçar, e franziu a testa. Algo apareceu entre dois tufos de grama, tremulando com a brisa.

      A ponta de um saco plástico, rasgado e puído, sua cor antiga há muito desbotada em um branco acinzentado. Slim hesitou antes de tentar pegá-lo, lembrando-se de sua viagem ao Iraque com o exército, quando tal coisa poderia ter indicado uma mina terrestre, um marcador para militares locais que ainda usassem a área. Cada pedaço de lixo poderia significar a morte, e nos subúrbios de algumas cidades sujas e empoeiradas, Slim mal ousava dar um passo à frente.

      Para sua surpresa, o objeto resistiu ao seu puxão forte. Ele enfiou as mãos na grama e passou os dedos ao redor da forma dura e angular que a bolsa continha. O objeto se espalhava sob a relva, há alguns palmos de distância, e seu coração começou a disparar. Materiais militares perdidos? Dartmoor, a nordeste, era usada para exercícios militares, mas Bodmin Moor era supostamente segura.

      Ele pressionou um dedo na superfície dura e ela cedeu um pouco. Madeira, não plástico ou metal. Ele nunca soube de uma bomba que fosse feita de madeira.

      Ele puxou a grama que cedeu facilmente e tirou o objeto embrulhado para fora da grama. Cantos quadrados e ranhuras esculpidas despertaram sua curiosidade. Ele desatou o nó da bolsa e retirou o objeto de dentro.

      "Huh...?"

      A bolsa continha um lindo relógio-cuco ornamentado. Delicados entalhes de madeira cercavam um belo relógio central. Para sua surpresa, ele ainda funcionava, quando um pequeno cuco saiu de repente de uma porta acima do número 12, seu grito foi uma baforada cansada nos ouvidos atordoados de Slim.

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