Uma aristocrata no deserto - Escondida no harém. Maisey Yates
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Название: Uma aristocrata no deserto - Escondida no harém

Автор: Maisey Yates

Издательство: Bookwire

Жанр: Языкознание

Серия: Ómnibus Temático

isbn: 9788413752808

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СКАЧАТЬ pronunciando o seu título com todo o desprezo de que foi capaz.

      – Uma mulher? Conheci doninhas que cheiravam melhor do que tu. Não penso que ganhasses nada a comercializar o cheiro. Não é nada atraente.

      Lançou-lhe um olhar de ódio.

      – Não tenho interesse em atrair-te.

      Zachim quase se riu com o tom desafiante. Não conhecera nenhuma mulher que não tivesse querido parecer atraente. Bons genes, uma conta no banco considerável e o seu título real eram uma combinação irresistível para as fêmeas.

      – Desata-me as mãos, pequena rebelde, e far-te-ei mudar de opinião – desafiou-a ele.

      Cerrando os dentes diante do seu tom provocador, Farah estava prestes a dar uma resposta cortante quando a porta da tenda se abriu. O tenente de Al-Hajjar entrou com um prato de comida. O seu cheiro fez com que o estômago de Zachim se queixasse.

      O recém-chegado ficou paralisado, obviamente surpreendido ao ver a filha de Mohamed.

      – O que estás a fazer aqui?

      – Posso encarregar-me disto – declarou ela, com frieza.

      – Não, não podes.

      Ambos começaram uma discussão entre murmúrios, que Zachim observou com avidez. Era óbvio que a mulher mantinha algum tipo de relação pessoal com o soldado. E que o homem estava, por alguma razão, aborrecido.

      Pensativo, o cativo fixou-se no rosto de Amir. Parecia não gostar do que a mulher lhe dizia, ainda que, ao mesmo tempo, não tivesse recursos para se impor. Que idiota. A única coisa que ela precisava era de um bom beijo para mudar de ideias.

      «Um bom beijo?»

      Zachim surpreendeu-se com a ideia absurda. Desde quando era aceitável que um homem beijasse uma mulher para a submeter? E quem ia querer beijar aquela jovem raivosa e fedorenta?

      Farto de prestar atenção à sua discussão, levantou os joelhos e continuou a esfregar as cordas.

      Depressa, a mulher ganhou a discussão e tirou o prato de comida das mãos do soldado. Tentando obter mais tempo, Zachim provocou-o, perguntando onde deixara a vara. O soldado ficou rígido. A mulher raivosa também.

      Ela virou-se como um gato selvagem, com os olhos a mostrar fogo e gelo.

      – Vamos, Farah.

      Quando a mulher se virou para o outro homem, Zachim sentiu pena do pobre tipo.

      – Só tenta provocar-te – indicou ela.

      Não era estúpida, observou Zachim, com admiração.

      – É perigoso – avisou o soldado.

      – E está preso – indicou ela, com impaciência. – Algo que não tenho planos de mudar.

      – Que planos tens?

      Fascinado com a tensão que havia no ambiente, Zachim parou de tentar rasgar a corda. Percebeu que a pergunta tinha um significado mais profundo do que parecia. Obviamente, a rapariga também percebeu, porque franziu o sobrolho.

      «Quer ir para a tua cama, linda, se é que ainda não esteve lá», adivinhou Zachim, em silêncio.

      – Dá-me cinco minutos para falar com ele – pediu ela, suspirando. – Encontrar-nos-emos na cantina.

      Um pouco mais calmo, o soldado assentiu. Lançou um olhar assassino a Zachim antes de sair, enquanto Farah o via a ir-se embora com um ar pensativo.

      – Tens problemas, gatinha? – perguntou Zachim, com descaramento.

      – Cala-te. E não me chames assim.

      – Pensei que querias que falasse.

      Ela baixou o olhar para o prato que tinha na mão.

      – O que quero é que comas.

      – Não tenho fome – declarou, enquanto o barulho do seu estômago demonstrava o contrário.

      – Qual é o sentido de morrer de fome?

      – Que amável por te preocupares…

      – Não me preocupo.

      A sua atitude desrespeitosa começava a ser irritante para Zachim. Por um instante, desejou que ela se inclinasse à frente dele como prova de submissão.

      – É melhor que o teu pai envie alguém com melhores dotes diplomáticos da próxima vez que quiser suplicar o meu perdão.

      «Bolas», pensou Farah. No entanto, queria fazer com que aquele homem se inclinasse e se ajoelhasse à frente dela. Tanto que quase tirou a pequena adaga que tinha no bolso para o obrigar a fazê-lo. A atitude dele irritava-a.

      Quanto ao seu olhar penetrante com brilhos dourados… Os seus olhos de leão diziam muito e nada ao mesmo tempo. Observava-a como se soubesse algo que ela ignorava. Com uma barba de três dias a sombrear-lhe o queixo, aqueles olhos davam-lhe um aspeto masculino e poderoso, apesar de estar preso ao chão. Fazia-a pensar numa cobra pronta para morder. Ou numa águia disposta a voar e despedaçar a sua presa. Usava uma camisa preta poeirenta que destacava os ombros largos e fortes, tal como as coxas que se adivinhavam por baixo das calças de ganga.

      Farah vira as fotografias dele nas revistas e sabia que era muito atraente, mas, em carne e osso, era ainda mais impressionante. Embora isso não tivesse nada a ver com ela.

      – Não vim para suplicar o teu perdão.

      – Melhor – indicou, entrelaçando os seus olhares. – Porque, quando sair daqui, não tenciono perdoar.

      Ela cerrou os dentes.

      – Talvez precises de mais tempo para pensar em que situação te encontras – sugeriu ela, olhando para as cordas.

      – Talvez.

      O que tinha aquele homem que fazia com que não conseguisse parar de olhar para ele, interrogou-se Farah, irritada. Ficaram mais cinco minutos a entreolhar-se. Mas, no fim, ela rendeu-se. Aquilo não era um concurso.

      – No entanto… – começou a dizer Farah e, de repente, reparou que ele apertava as mãos no regaço. Pensou que devia rever as cordas antes de se ir embora. A última coisa que queria era devolvê-lo ao palácio com chagas nos pulsos. – Não vais morrer enquanto eu estiver aqui.

      – E eu que pensava que não tínhamos os mesmos planos – comentou ele, com um sorriso.

      Era um homem perigoso, admitiu Farah, sentindo que todo o corpo se revolucionava ao vê-lo sorrir. A sua atitude serena, apesar de estar prisioneiro, demonstrava-o.

      Decidida a não se deixar intimidar, baixou-se à frente do grande príncipe. Quando percebeu como ele a percorria com o olhar de cima a baixo, ficou paralisada, sem conseguir evitar que os mamilos endurecessem.

      No meio de um silêncio tenso, apercebeu-se СКАЧАТЬ