O beijo da inocência - Calor intenso. Brenda Jackson
Чтение книги онлайн.

Читать онлайн книгу O beijo da inocência - Calor intenso - Brenda Jackson страница 3

Название: O beijo da inocência - Calor intenso

Автор: Brenda Jackson

Издательство: Bookwire

Жанр: Языкознание

Серия: OMNIBUS DESEJO

isbn: 9788413752846

isbn:

СКАЧАТЬ sentiu um arrepio percorrer-lhe o corpo. Como se ia concentrar no jantar após tal afirmação? Devon ficou a olhar para ela do outro lado da mesa como se fosse saltar a qualquer momento.

      Sentia-se como uma prisioneira. Era uma sensação deliciosa, até ameaçadora. Estava desejosa de que chegasse o momento em que Devon daria um passo em frente na relação.

      Desejava-o, ao mesmo tempo que o temia. Como estar à altura de um homem que era capaz de seduzir uma mulher apenas com um toque e um olhar? Fora sempre um cavalheiro durante todo o tempo de namoro. Ao princípio, só lhe dera beijos inocentes, mas com o tempo tinham-se tornado mais apaixonados.

      Outro arrepiou percorreu-a por causa desses pensamentos. Teria planeado torná-la sua naquela noite?

      – Não vais comer? – perguntou-lhe Devon.

      Uma vez mais, ficou a olhar para o prato. Sentia a boca seca e estremeceu de expectativa. Moveu a gamba com o garfo para molhá-la no molho e, lentamente, levou-a aos lábios.

      – Não és vegetariana, pois não?

      Ela sorriu ao ver a sua expressão, como se a ideia acabasse de ocorrer-lhe. Meteu a gamba na boca e mastigou-a enquanto voltava a deixar o garfo. Depois de engoli-la, segurou-lhe na mão.

      – Preocupas-te demasiado. Se fosse vegetariana, já te teria dito. Muita gente pensa que não como carne por causa da minha ligação à associação de proteção de animais – disse ela e, ao ver a expressão de alívio de Devon, sorriu de novo. – Como frango e peixe. Não gosto muito de porco e menos ainda de vitela, foie gras ou coisas desse estilo. A ideia de comer fígado de pato dá-me a volta ao estômago.

      – Terei em conta as tuas preferências culinárias para não tas servir – disse ele com solenidade.

      – Sabes uma coisa, Devon? – disse, sorrindo. – Não és tão arrogante como as pessoas pensam. Na verdade, tens um grande sentido de humor.

      – Arrogante? – perguntou, arqueando uma sobrancelha. – Quem pensa que sou um arrogante?

      Consciente de que tinha metido a pata na poça, pôs outra gamba na boca.

      – Ninguém. Esquece.

      – Alguém te preveniu contra mim?

      A repentina tensão no seu tom de voz fez com que se sentisse incómoda.

      – A minha família preocupa-se comigo – respondeu Ashley. – São muito protetores, demasiado – concluiu.

      – A tua família avisou-te para teres cuidado comigo?

      – Bom, não exatamente. O meu pai não, claro. Ele acha que podes tocar a lua. A minha mãe também concorda com a relação, mas acho que é porque o meu pai a aprova.

      Devon relaxou-se na sua cadeira.

      – Então, quem?

      – O meu irmão quer que tenha cuidado, mas tens de entender que sempre que tenho saído com alguém ele me diz o mesmo.

      Uma vez mais, Devon arqueou uma sobrancelha enquanto levava o copo de vinho à boca.

      – Pois.

      – Sim, tu sabes, és um mulherengo. Tens uma mulher diferente em cada semana. Acha que a única coisa que queres é levar-me para a cama.

      Ashley sentiu as faces arderem e inclinou a cabeça.

      – Parece o típico irmão mais velho – disse Devon. – E tem razão numa coisa: quero meter-te na minha cama. O detalhe é que assim que te apanhar nela, não sais mais.

      Ashley ficou surpreendida. Ele sorriu serenamente.

      – Acaba de comer. Quero que te deleites com o jantar. Mais tarde, deleitar-nos-emos um com o outro.

      Continuou a comer mecanicamente, sem reparar no sabor. Que faziam as mulheres em situações como aquela? Estava com um homem decidido a levá-la para a cama. Deveria mostrar-se fria ou pôr-se à defesa?

      Conteve o riso. Estava a começar a perder a cabeça.

      Umas mãos fortes agarraram-na pelos ombros. Ashley jogou a cabeça para trás e viu Devon nas suas costas. Como tinha ido até ali?

      – Relaxa, Ashley – disse suavemente. – Estás muito tensa. Vem cá.

      Com as pernas a tremer, pôs-se em pé. Ele acariciou-lhe o rosto com um dedo e depois afastou-lhe uma madeixa de cabelo da testa. Por fim, desenhou uma linha pela cara dela até chegar aos lábios enquanto aproximava o seu corpo do dela.

      Agarrou-a pela cintura com um braço e com a outra mão segurou-lhe a nuca. Desta vez, quando a beijou, não teve a contenção que vira outras vezes. O beijo foi ardente e intenso. Como podia um beijo provocar-lhe aquele efeito?

      Com a língua, roçou os lábios de Ashley, suavemente ao princípio e com mais força depois, fazendo pressão para que abrisse a boca. Ela relaxou e deixou-se levar pelo seu abraço. Ouvia o latejar nas têmporas, no pescoço e no mais profundo do seu corpo. Desejava aquele homem. Às vezes, dava-lhe a sensação de que levara toda a vida à sua espera. Era perfeito.

      – Devon – sussurrou. – Há algo que tenho de dizer-te, algo que tens de saber.

      Ele franziu o sobrolho e procurou os seus olhos.

      – Podes dizer, conta-me o que quiseres.

      Ashley engoliu em seco, mas sentiu crescer o nó na garganta. Nunca tinha imaginado que fosse tão difícil dizê-lo e sentiu-se como uma parva. Talvez não devesse dizer nada e deixar apenas que as coisas acontecessem. Mas não, aquela ia ser uma noite especial e Devon precisava de sabê-lo.

      – Eu… Nunca fiz isto – disse nervosa, agarrando-se ao seu braço. – O que quero dizer é que nunca fiz amor com um homem. És o primeiro.

      Algo escuro e primitivo brilhou nos seus olhos. Ao princípio não disse nada. Depois, beijou-a com ansiedade, devorando-lhe os lábios. A seguir, afastou-se e uma expressão de satisfação surgiu-lhe no rosto.

      – Fico contente. Depois desta noite serás minha, Ashley. Alegro-me por ser o primeiro.

      – Eu também – murmurou ela.

      A intensidade da sua expressão suavizou-se. Inclinou-se para a frente e beijou-a na sobrancelha. Ficou assim durante longos segundos antes de agarrar-lhe os ombros.

      – Não quero que tenhas medo. Serei muito suave contigo, querida. Quero que gozes de cada momento.

      Ela pôs-se em pontas de pés e abraçou-o pelo pescoço.

      – Então, faz amor comigo, Devon. Estou há muito tempo à tua espera.

      Ashley ficou a olhar para Devon, sem saber o que fazer. Ele não tinha aquele problema. Deu-lhe outro beijo na testa antes de lhe pegar ao colo e levá-la até ao quarto principal do apartamento. Ela suspirou e apoiou a cabeça no seu ombro.

      – Sempre СКАЧАТЬ