Refém dos seus beijos. Эбби Грин
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Название: Refém dos seus beijos

Автор: Эбби Грин

Издательство: Bookwire

Жанр: Языкознание

Серия: Sabrina

isbn: 9788413488141

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СКАЧАТЬ poderia ser capaz de fazer.

      – Oh, não te preocupes. Encontraremos alguma coisa para te manter ocupada. Vais pagar a dívida do teu irmão com o teu trabalho – declarou ele e endireitou-se da secretária onde estivera apoiado. – Farei com que o Armand te escolte até tua casa para que vás buscar o que precisas. Podes dar-me as chaves do teu carro.

      Era possível que aquilo estivesse realmente a acontecer, interrogou-se Nessa. E não podia fazer nada para o impedir. Com reticência, tirou a chave do bolso e deu-a a Barbier.

      – É um Mini vintage. Duvido que caibas lá dentro – troçou ela, embora não tivesse muita vontade de se rir. Não imaginara que a noite acabaria assim. Fora uma parva ao pensar que podia entrar nos escritórios de Barbier com tanta facilidade.

      Ele pegou na chave.

      – Não vou ser eu a tirar o carro de lá.

      É claro. Seria um dos seus empregados, encarregado de se tratar dos pertences da mulher que estaria presa ali.

      Porém, Nessa não era amante dos dramatismos e tentou controlar os nervos. Estava a cinco quilómetros da sua própria casa, afinal de contas. E o que é que aquele homem podia fazer? Uma vozinha maliciosa no seu interior disse-lhe que o pior não tinha a ver com fazê-la pagar pelos pecados de Paddy, mas com a forma como a fazia sentir. Como se estivesse numa montanha russa em cima de um precipício.

      Barbier virou-se e abriu a porta do escritório, onde esperava um guarda-costas enorme. Falaram em francês, tão depressa que Nessa não conseguiu entender nenhuma palavra.

      Depois, Barbier virou-se para ela.

      – O Armand vai levar-te a casa para que vás buscar as tuas coisas e vai trazer-te de volta.

      – Não posso voltar de manhã?

      Ele abanou a cabeça e fez-lhe um gesto para que passasse à sua frente. Sem abrir a boca, Nessa atravessou a porta e seguiu o guarda-costas corpulento para a saída. No exterior, havia um carro à espera. Armand abriu-lhe a porta.

      Durante um segundo, Nessa hesitou. Se corresse suficientemente depressa, podia sair pela porta exterior e ser livre.

      – Nem sequer penses nisso – avisou Barbier, atrás dela.

      No escuro, parecia ainda mais imponente. Alto, moreno e sério. O seu rosto era um estudo de masculinidade.

      Agarrou-se à porta do carro, precisando de alguma coisa para a segurar.

      – E o que acontecerá quando voltar para aqui?

      – Informamos-te quando estiveres aqui.

      – E se me recusar? – quis saber ela, em pânico.

      – Como queiras, mas já disseste que não queres envolver a tua família – indicou ele, encolhendo os ombros. – Se te recusares a voltar, garanto-te que essa será a menor das tuas preocupações.

      Ela tremeu. Não tinha escolha e sabia. Sentindo-se derrotada, virou-se e entrou no carro.

      Pelas janelas de vidros fumados, viu como Barbier se afastava para o edifício principal. O carro pôs-se a caminho, mas ela continuou em silêncio, sem sequer dizer a Armand a morada da sua casa. Pensou que, se conseguisse convencer Paddy a voltar para provar a sua inocência sem envolver mais ninguém da família, então, o seu cativeiro breve nas mãos de Barbier valeria a pena.

      Sem dúvida, a situação devia ter um lado positivo. Se Barbier descobrisse que estava disposta a chegar muito longe para provar a inocência do irmão, daria a Paddy a possibilidade, pelo menos, de se explicar, pensou.

      No entanto, porque é que isso era menos atraente do que o facto de voltar a ver Barbier? Nessa repreendeu-se, olhando para o seu reflexo na janela do carro. Ela não era o seu tipo, recordou-se, com humilhação.

      Quando Nessa regressou um pouco depois, estava tudo escuro e em silêncio. Armand deixou-a com um homem de meia-idade que tinha aspeto de ter acabado de se levantar e cara de poucos amigos. Apresentou-se como Pascal Blanc, capataz das cavalariças, braço direito de Barbier e antigo chefe de Paddy.

      Não disse mais nada ao princípio. Levou-a para um quarto espartano por cima das cavalariças. Obviamente, era lá que os empregados dormiam. Mas, pelo menos, estava limpo e era confortável.

      Depois de a informar das regras básicas e dos horários, comunicou-lhe que estaria encarregada de limpar as cavalariças e o pátio. Tinha de se levantar às cinco da manhã. Antes de se ir embora, parou à porta por um instante.

      – Para que saiba, eu teria dado o benefício da dúvida ao Paddy, baseando-me no que sabia dele. Podíamos ter chegado ao fundo deste incidente desagradável. Mas fugiu e, agora, só posso esperar, pelo seu bem e pelo teu, que regresse ou que devolva o dinheiro. Depressa.

      Nessa foi incapaz de responder.

      Pascal cerrou os dentes.

      – Luc… O senhor Barbier… não é muito amável com quem o trai. Provém de um mundo onde as leis não existem e não suporta os idiotas, menina O’Sullivan. Se o seu irmão for culpado, o Luc não terá compaixão com ele. Nem consigo.

      Nessa engoliu em seco.

      – Conhece o senhor Barbier há muito tempo? – Foi a única coisa que ela conseguiu dizer.

      Pascal assentiu.

      – Desde que começou a trabalhar com o Leo Fouret, da primeira vez que entrou em contacto com um cavalo.

      Leo Fouret era um dos treinadores de cavalos mais respeitados do mundo, com centenas de corridas vencidas.

      – O Luc não cresceu num mundo fácil, menina O’Sullivan. Mas é um homem justo. Infelizmente, o seu irmão não lhe deu a oportunidade de o provar.

      Nessa ficou a pensar nas suas palavras durante um bom bocado, depois de o homem se ter ido embora. Finalmente, adormeceu e sonhou que montava a cavalo, tentando fugir de um perigo terrível que a perseguia.

      De que raios se ria, questionou-se Luc, irritado com o som doce e feminino que saía das cavalariças, que costumavam ser um lugar onde todos falavam em voz baixa, por deferência aos animais muito caros que viviam lá. Só podia provir de uma pessoa, Nessa O’Sullivan.

      O irmão roubara-o e, ainda por cima, ela ria-se. Luc não pôde evitar pensar que fora um parvo. Sem dúvida, trabalhara com o irmão e estava contente por ter conseguido infiltrar-se entre a sua equipa. Não gostava da ideia de ter posto um cavalo de Troia na sua propriedade.

      Praguejando, pousou a caneta e levantou-se da sua secretária. Espreitou pela janela que dava para as cavalariças. Não conseguia vê-la dali e isso irritava-o ainda mais. Embora tivesse tentado evitá-la desde a sua chegada. Não quisera que ela pensasse que a sua conversa da noite anterior se repetiria.

      Luc não podia dar-se ao luxo de ter distrações.

      Acabara de convencer Gio Corretti de que o atraso no pagamento se devia apenas a um erro bancário.

      A sua reputação no mundo das corridas estivera sob suspeita desde que entrara em cena com um puro-sangue СКАЧАТЬ