Название: Atração
Автор: Amy Blankenship
Издательство: Tektime S.r.l.s.
Жанр: Ужасы и Мистика
isbn: 9788835407508
isbn:
Após estudar o vampiro por mais alguns momentos, Misery decidiu que era melhor se este permanecesse desprovido de amor, porque se ele alguma vez aproveitasse essa emoção… o seu poder seria ilimitado.
Damon conseguia sentir o cheiro dos vampiros sem alma a vaguear ao seu redor e a descer pelos becos mais sombrios. Por um segundo, pensou em livrar a cidade de alguns deles, mas decidiu que já tinha feito a sua boa ação do dia. Se queriam alimentar-se dos vermes desta zona, quem era ele para os impedir? Não era nada que ele já não tivesse feito antes. Enquanto continuava a andar, mais balas caíam da sua camisola e atingiam o chão, tilintando na calçada como memórias esquecidas.
Os cabelos da nuca de Damon eriçaram-se e ele parou de andar, virando a cabeça de um lado para o outro… estava a ser observado. Finalmente, jogando a cabeça para trás, os seus olhos estreitaram-se quando viu uma silhueta disforme à espreita no telhado do edifício ao seu lado.
Regressando às sombras, Damon envolveu-se na escuridão à sua volta, odiando a falta de privacidade desta cidade com todas aquelas malditas espécies paranormais a andar de um lado para o outro. Antes de vir para cá, nunca tinha estado perto de transmorfos ou de anjos caídos. No seu país, os transmorfos tinham sido expurgados na idade das trevas e foram espertos o suficiente para não regressarem. Nunca se tinha apercebido do quão territorial era numa terra que tentava manter limpa.
Nunca tinha sido de viajar pelo mundo como o Michael e o Kane… não quando se estava a divertir tanto onde estava. Mas aquilo no telhado não era um transmorfo… era um anjo caído e não era nenhum dos homens que tinha visto na igreja. Este devia ser o que escapou.
Zachary suspirou de alívio quando o último dos jornalistas finalmente se aborreceu e deixou a sua cena do crime, entre aspas. Voltou a sua atenção para os bombeiros cobertos de fuligem e estremeceu apaticamente. Coitados, nem sequer tiveram oportunidade de controlar as chamas, embora parecessem gratos por não se terem alastrado para lá das terras de Anthony Valachi. Zachary sorriu quando viu aquilo pelo qual tinha estado à espera.
Tinha feito o fogo ficar tão quente, que sabia que não demoraria até que estivesse tudo queimado. Fê-lo por duas razões. A primeira, para dar pena aos humanos que sacrificavam diariamente as suas vidas a brincar com o fogo e a segunda, para destruir qualquer prova que os humanos não precisassem de ver… e isso incluía corpos para autópsia ou ossos para estudar.
“Parece que estão a abrandar,” disse Chad ao aproximar-se de Zachary. “Surpreende-me que o Trevor não esteja aqui.”
“Oh, ele esteve aqui,” Zachary sorriu. “A última vez que o vi estava a arrastar a tua irmã daqui para fora para eu explodir com o lugar.”
“O quê?” Chad gritou e depois aproximou-se para que ninguém pudesse ouvi-lo. “Estou aqui há porra de uma hora e só agora é que me dizes que a minha irmã quase morreu esta noite?”
“A bala só passou de raspão,” Zachary adorou gozar com o novato. Mas depois sentiu-se um pouco culpado quando Chad ficou pálido. “Relaxa, ela está bem.”
“És um idiota,” informou Chad sem remorsos.
“Já me chamaram pior,” Zachary deu de ombros. “Mas por agora, podes tratar-me por chefe. Antecipei a tua papelada, por isso já está tudo tratado. Já não trabalhas para o departamento da polícia. Eles é que trabalham para ti e tu para a CIA, no que lhes diz respeito. E isto está sob a jurisdição da CIA, uma vez que envolveu a máfia.”
“Então, o que devo fazer agora?” Perguntou Chad, sentindo-se um pouco perdido e pensando como é que poderia espancar um jaguar por ter colocado, uma vez mais, a vida da sua irmã em risco.
“Aproveita a promoção porque vou deixar-te a tomar conta disto esta noite.” Zachary deu-lhe uma palmadinha no ombro antes de abrir a porta do carro e deslizar lá para dentro. Contava até três antes de Chad bater na janela. Abrindo-a, arqueou a sobrancelha.
“O que lhes digo?” Chad perguntou.
“Aí é que está. Não tens permissão para dar qualquer informação neste momento.” Zachary deu uma risada e voltou a subir a janela, voltando a rir-se quando Chad pontapeou-lhe o pneu enquanto passava por ele.
O seu humor desvaneceu-se assim que ficou sozinho com os seus próprios pensamentos. Ele sabia que a maior parte da matilha era inofensiva e que só estava sob a influência das ordens do seu Alfa, mas os outros iriam querer vingar-se pela morte de Anthony Valachi. Alguns apontariam para os socorristas de Micah, mas outros apontariam o dedo a Steven e à traidora da sua noiva. De qualquer forma, isso colocaria o Night Light no que restava da lista negra da máfia da cidade.
Retirando o telemóvel, Zachary ligou para o membro do PIT que estava infiltrado numa das partes mais perigosas da alcateia. Se estava a acontecer o que ele achava que estava a acontecer, então seria prudente seguir em frente e enviar umas quantas ameaças de morte para o Night Light, só para manter os pumas em alerta máximo, ou melhor ainda… fazê-los fechar o clube por um tempo.
Angelica contemplou a cidade lá em baixo através da janela pensando no pesadelo que a tinha despertado. Ver todas as luzes e vida dentro da cidade, mesmo a meio da noite, reconfortou-a e foi difícil desviar o olhar.
Nunca tinha tido um pesadelo antes… nunca sequer tinha tido um único sonho e foi isso que mais a perturbou. Esfregou os dedos sobre a marca na palma da mão, culpando-a pelo pesadelo. Estava tão perdida em pensamentos mórbidos, que quando a porta atrás dela bateu, quase saltou da própria pele.
Zachary tinha aberto a porta devagar, caso Angelica ainda estivesse a dormir. Quando a viu ali de pé, em transe, não resistiu à tentação e bateu com a porta. A reação dela foi ainda melhor do que esperava.
“Se fosse um demónio, tinhas sido mordida,” ele sorriu e em seguida baixou o olhar para o punhal que ela segurava com tanta força, tanta que os nós dos seus dedos até estavam brancos. “Ou talvez não,” corrigiu logo de seguida com uma careta. “O que é que te fez sair da gaiola?”
“Pesadelos,” disse Angelica com sinceridade enquanto relaxava o punho. Não adiantava mentir sobre isso… pelo menos, não para ele. Respirou fundo, tentando aliviar a tensão nos ombros e depois enrugou o nariz, “cheiras a torradas queimadas.”
“Queres esfregar-me as costas?” Zachary balançou as sobrancelhas enquanto se dirigia para a casa de banho.
Angelica olhou uma vez mais pela janela antes de se afastar dela. Ao ouvi-lo ligar o chuveiro, sentou-se no sofá de dois lugares e pegou no caderno que estava ao lado do portátil e começou a desenhar o homem que tinha visto na caverna. Uma vez que foi ele que a marcou, o pesadelo tinha de ser obra sua. Começou com os olhos e depois, foi suavizando os traços com o lápis quando o rosto começou a ganhar vida no papel.
Zachary saiu da casa de banho, coberta de vapor, ainda a secar o cabelo com a toalha. Caminhando por trás de Angelica, lançou um olhar para o retrato do homem que tinha visto na caverna com ela. Observou a forma delicada com que ela desenhava os longos cabelos negros do homem… como se o vento ainda estivesse a soprar sobre eles. Para um demónio, ele parecia tudo menos diabólico aos olhos dela.
“Já cheiras melhor,” comentou Angelica enquanto olhava para ele. Tocando no desenho, perguntou: “Podemos entrar em contato com o Dean para lhe mostrar este retrato?”
“Vi-o esta noite na mansão do alfa. Mas parece que ele anda mais num vai e vem por aqui que talvez fosse mais fácil mostrá-lo ao Kane.” СКАЧАТЬ