Название: A Bíblia Sagrada - Vol. I (Parte 2/2)
Автор: Johannes Biermanski
Издательство: Автор
Жанр: Религия: прочее
isbn: 9783959632164
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Mostrando-se insuficientes os decretos dos concílios, foi rogado às autoridades seculares que promulgassem um edito que inspirasse terror ao povo, e o obrigasse a abster-se do trabalho no domingo. Num sínodo realizado em Roma, tôdas as decisões anteriores foram reafirmadas, com maior fôrça e solenidade. Foram também incorporadas à lei eclesiástica, e impostas pelas autoridades civis, através de quase tôda a cristandade. - Hístória do Sábado, de Heylyn.
A ausência de autoridade escriturística para a guarda do domingo ainda ocasionava não pequenas dificuldades. O povo punha em dúvida o direito de seus instrutores de deixarem de lado a positiva declaração de YAHWEH: "o sétimo dia é o sábado de YAHWEH teu Elohim (Deus)," para honrar o dia do Sol. A fim de suprir a falta de testemunho bíblico, foram necessários outros expedientes. Um zeloso defensor do domingo, que pelos fins do século XII visitou as igrejas da Inglaterra, encontrou resistência por parte de fiéis testemunhas da verdade; e tão infrutíferos foram os seus esforços que se retirou do país por algum tempo, em busca de meios para fazer valer os seus ensinos. Ao voltar, a falta foi suprida, e em seus trabalhos posteriores obteve maior êxito. Trouxe consigo um rôlo que dizia provir do próprio Deus, e conter a necessária ordem para a observância do domingo, com terríveis ameaças para amedrontar o desobediente. Êste precioso documento - fraude tão vil como a instituição que apoiava, dizia-se haver caído do Céu, e sido achado em Jerusalém, sôbre o altar de S. Simeão, no Gólgota. Mas, em realidade, o palácio pontifical em Roma foi a fonte donde procedeu. Fraudes e falsificações para promover o poderio e prosperidade da igreja têm sido em todos os séculos consideradas lícitas pela hierarquia papal.
O rôlo proibia o trabalho desde a hora nona, três horas da tarde, do sábado, até ao nascer do Sol na segunda-feira; e declarava-se ser a sua autoridade confirmada por muitos milagres. Referia-se que pessoas que trabalharam além da hora indicada, foram atacadas de paralisia. Certo moleiro que tentou moer o trigo, viu, em lugar da farinha, sair uma torrente de sangue, e a mó ficar parada apesar do forte ímpeto da água. Uma mulher que pusera massa de pão ao forno, achou-a crua quando foi tirada, embora o forno estivesse muito quente. Outra que tinha massa preparada para cozer à hora nona, mas resolvera deixá-la de lado até segunda-feira, encontrou-a no dia seguinte transformada em pães e estava cozida pelo poder divino. Um homem que cozeu o pão depois da hora nona no sábado, achou, ao parti-lo na manhã seguinte, que do mesmo saía sangue. Por meio de tais invencionices absurdas e supersticiosas, esforçaramse os defensores do domingo por estabelecer a santidade dêste. - Anais, de Rogério de Hoveden.
Na Escócia, assim como na Inglaterra, conseguiu-se consideração maior pelo domingo, unindo-se-lhe uma parte do antigo sábado. Mas o tempo que se exigia fôsse santificado, variava. Um edito do rei da Escócia declarou que "se deveria considerar santo desde o meio-dia de sábado," e que ninguém, desde aquela hora até segunda-feira de manhã, deveria ocupar-se em trabalhos seculares. - Diálogos Sôbre o Dia do Senhor, de Morer.
Mas, apesar de todos os esforços para estabelecer a santidade do domingo, os próprios romanistas publicamente confessavam a autoridade divina do sábado, e a origem humana da instituição pela qual foi êle suplantado. No século dezesseis, um concílio papal declarou plenamente: "Lembrem-se todos os cristãos de que o sétimo dia foi consagrado por Deus, recebido e observado, não sòmente pelos judeus mas por todos os outros que pretendiam adorar a Deus, embora nós, os cristãos, tenhamos mudado o seu sábado para o dia do Senhor [domingo é falso: as antigas Escrituras Sagradas disse: Sábado!!]." - Idem. Os que estavam a se intrometer com a lei divina, não ignoravam o caráter de sua obra. Achavam-se deliberadamente colocando-se acima de Deus.
Exemplo notável da política de Roma para com os que dela discordavam, foi dado na longa e sanguinolenta perseguição dos valdenses, alguns dos quais eram observadores do sábado. Outros sofreram de modo semelhante pela sua fidelidade para com o quarto mandamento. A história das igrejas da Etiópia é especialmente significativa. Em meio das trevas da Idade Média, os cristãos da Africa Central foram perdidos de vista e esquecidos pelo mundo, e durante muitos séculos gozaram liberdade no exercício de sua fé. Mas finalmente Roma soube de sua existência, e o imperador da Abissínia foi logo induzido a reconhecer o papa como vigário de Cristo. Seguiram-se outras concessões.
Foi promulgado um edito proibindo a observância do sábado, sob as mais severas penas. - História Eclesiástica da Etiópia, de Michael Geddes. Mas a tirania papal se tornou logo um jugo tão amargo, que os abissíniós resolveram sacudi-lo de seu pescoço. Depois de luta terrível, os romanistas foram banidos de seus domínios, restabelecendo-se a antiga fé. As igrejas regozijaram-se com a liberdade, e jamais olvidaram a lição que aprenderam concernente aos enganos, fanatismo e poder despótico de Roma. Estavam contentes por permanecerem dentro de seu reino solitário, desconhecidos para o resto da cristandade.
As igrejas da África observavam o sábado como êste fôra guardado pela igreja papal antes de sua completa apostasia. Enquanto guardavam o sétimo dia em obediência ao mandamento de Deus, abstinham-se de trabalhar no domingo, em conformidade com o costume da igreja. Obtendo poder supremo, Roma pisou sôbre o sábado do Senhor para exalltar o seu próprio; mas as igrejas da África, ocultas quase durante mil anos, não participaram desta apostasia. Quando postas sob o domínio de Roma, foram obrigadas a deixar de lado o verdadeiro sábado e exaltar o falso; porém, mal (re-)adquiriram a independência, voltaram a obedecer ao quarto mandamento.
Êstes relatos do passado revelam claramente a inimizade de Roma para com o sábado legítimo e seus defensores, e os meios que emprega para honrar a instituição por ela criada. A Palavra de Deus ensina que estas cenas devem repetir-se, quando os católicos romanos e protestantes se unirem para a exaltação do domingo.
A profecia do capítulo 13 do Apocalipse declara que o poder representado pela bêsta de cornos semelhantes aos do cordeiro fará com que a "Terra e os que nela habitam" adorem o papado, ali simbolizado pela bêsta "semelhante ao leopardo." A bêsta de dois cornos dirá também "aos que habitam na Terra que façam uma imagem à bêsta;" e, ainda mais, mandará a todos, "pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos," que recebam o "sinal da bêsta." Apocalipse 13:11-16. Mostrou-se que os Estados Unidos são o poder representado pela bêsta de cornos semelhantes aos do cordeiro, e que esta profecia se cumprirá quando aquela nação impuser a observância do domingo, que Roma alega ser um reconhecimento especial de sua supremacia. Mas nesta homenagem ao papado os Estados Unidos não estarão sós. A influência de Roma nos países que uma vez já lhe reconheceram o domínio, está ainda longe de ser destruída. E a profecia prevê uma restauração de seu poder. "Vi uma de suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e tôda a Terra se maravilhou após a bêsta." Apocalipse 13:3. A inflição da chaga mortal indica a queda do papado em 1798. Depois disto, diz o profeta: "A sua chaga mortal foi curada; e tôda a Terra se maravilhou após a bêsta." S. Paulo declara expressamente que o homem do pecado perdurará até ao segundo advento. (II Tessalonicenses 2:8). Até mesmo ao final do tempo prosseguirá com a sua obra de engano. E diz o escritor do Apocalipse, referindo-se também ao papado: "Adoraram-na todos os que habitam sôbre a Terra, êsses cujos nomes não estão escritos no livro da vida." Apocalipse 13:8. Tanto no Velho como no Novo Mundo o papado receberá homenagem pela honra prestada à instituição do domingo, que repousa unicamente na autoridade da Igreja de Roma.
Durante mais de meio século, investigadores das profecias nos Estados Unidos têm apresentado ao mundo êste testemunho. Nos acontecimentos que ora estão a ocorrer, percebe-se rápido progresso no sentido do cumprimento da profecia. Com os ensinadores protestantes há a mesma pretensão de autoridade divina para a guarda do domingo, e a mesma falta de provas bíblicas, que há com os chefes papais que forjaram os milagres para suprir a falta do mandamento de Deus. A asserção de que os juízos divinos caem sôbre os homens por motivo de violarem o repouso dominical, será repetida. Já se ouvem vozes neste sentido. E o movimento para impor a observância do domingo está rapidamente ganhando terreno.
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