Название: Para Sempre Natal
Автор: Софи Лав
Издательство: Lukeman Literary Management Ltd
Жанр: Современные любовные романы
isbn: 9781094304052
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“Estas são as minhas falas,” disse ela, segurando um livrinho grosso com uma ilustração reconhecível ao estilo Seuss na capa. “A peça será na sexta-feira, 18 de dezembro.”
Emily olhou para Daniel, com as sobrancelhas levantadas. A bebê Charlotte já terá nascido! De repente, tudo parecia incrivelmente real. E muito, muito emocionante.
“Não é muito tempo para aprender todas as suas falas?” perguntou Daniel a Chantelle. “Três semanas?”
“Eu sei,” ela disse, parecendo de repente muito séria. “Mas eu consigo.”
“Claro que você consegue,” disse Emily.
Todos entraram na caminhonete e Daniel ligou a ignição. O motor ganhou vida com um ruído estridente.
“Quando eu chegar em casa, posso começar a decorar a pousada para o Natal?” perguntou Chantelle do banco de trás.
Emily riu e olhou por cima do ombro para ela. “Ainda nem saímos do clima de Ação de Graças.”
“Eu sei,” respondeu Chantelle. “Mas eu adoro o Natal. Mal posso esperar para trocar minhas bandeirinhas de folhas de outono pelas de floco de neve.”
Daniel começou a rir. Olhou para Chantelle pelo espelho retrovisor.
“Você pode decorar a pousada como quiser,” disse ele.
Emily sorriu por dentro. Ela amava a criatividade de Chantelle e adorava o modo como sua casa era transformada pelas mãos da criança para todas as festas, todas as estações. Ela não trocaria por nada no mundo – nem as aranhas de plástico do Halloween que ela encontrava atrás dos móveis, nem as bandeirolas americanas entre as tábuas do piso, depois do dia 4 de Julho. Sua vida era perfeita. Dedos cruzados, continuaria assim.
*
Alguns minutos depois, chegaram em casa e Daniel estacionou do lado de fora da pousada. O vasto caminho estava completamente vazio agora. Sem carros de hóspedes preenchendo o espaço exterior, o percurso parecia subitamente longo.
Subiram os degraus da varanda e entraram pela grande porta da pousada. Quando entraram, Emily descobriu, para sua surpresa, que as decorações do outono já haviam desaparecido. Ela só tinha saído de casa por algumas horas, mas alguém havia transformado a pousada de volta em uma tela em branco. Quem poderia ter feito isso?
Ela pensou em Lois e Marnie usando parte do seu tempo extra durante seu longo turno para arrumar, ou talvez Vanessa tivesse feito isso durante a limpeza. Mas então ouviu vozes vindo da sala de estar e instantaneamente percebeu quem instigara a arrumação.
Emily entrou na sala de estar e lá estava a culpada: Amy. Amy era tão organizada que não surpreenderia que ela tivesse imediatamente retirado toda a decoração de Ação de Graças.
E não estava sozinha. Sentada no sofá ao seu lado, junto à lareira acesa, com a cabeça de Mogsy descansando no colo, bebendo o que parecia ser chocolate com marshmallows, estava Patricia. A mãe de Emily não só tinha gostado de marshmallows desde a sua primeira experiência com smores, como tinha aprendido a apreciar o amor de um cão fedorento largando pelos. E, o mais importante, ela ficou durante todo o fim de semana de Ação de Graças. Era um milagre, na opinião de Emily, que ela e a mãe tivessem passado três dias inteiros juntas sem se matarem. As coisas realmente pareciam estar mudando para melhor. De fato, Emily estava um pouco melancólica por sua mãe ter de ir embora hoje.
“Amy!” exclamou Chantelle quando viu a amiga de Emily sentada no sofá. “Podemos decorar a pousada para o Natal. Você conseguiu as coisas?”
Emily franziu a testa e olhou para Daniel, perplexa. Pela sua expressão, ela poderia dizer que ele estava tão animado quanto ela.
“Claro que sim,” respondeu Amy com um sorriso.
Ela pegou uma sacola grande ao lado do sofá, onde estava fora de vista. Emily podia ver tecidos prateados brilhantes, flocos de neve reluzentes e pingentes de plástico cobrindo o topo da bolsa estofada.
“O que é tudo isso?” exclamou ela. “Vocês estiveram aprontando! Vocês duas!”
Ela fez cócegas na barriga de Chantelle e a menininha gritou. Então ela escapou dos dedos de Emily e correu para Amy, pegando a bolsa e olhando para o que tinha dentro.
“Isso é tão legal,” disse ela a Amy. “Podemos começar agora?”
Amy olhou para Emily como se esperasse aprovação.
“Não olhe para mim,” riu Emily, mantendo as mãos em posição de trégua. “Vocês duas claramente já planejaram tudo!”
As duas foram para o corredor e começaram a prender pisca-piscas pelo teto e espalhar neve falsa nos vidros da janela. Emily as observava da porta, com um ombro apoiado contra ela. Sentiu uma forte onda de alegria natalina.
“Minhas costas estão me matando,” disse Daniel, aparecendo atrás dela. “Vou tomar um bom banho quente.”
“Boa ideia,” disse ela. “Descanse.”
Daniel estava trabalhando muito, tentando sustentar a família. Ela não queria que ele sofresse uma lesão como o seu patrão Jack sofreu recentemente. Isso seria um desastre. Ele precisava se cuidar.
Ele beijou-a no rosto e subiu as escadas, passando por Amy e Chantelle no caminho.
“Vamos lá, mamãe!” exclamou Chantelle. “Você tem que ajudar também!”
Emily começou a se sentir muito cansada nesta fase final de sua gravidez. Mas ela não queria desapontar Chantelle. Olhou para Patricia, que folheava uma revista de design enquanto tomava seu chocolate quente.
“Mãe? Quer ajudar também?”
Patricia pareceu surpresa. “Ah. Bem. Acho que sim.”
Emily sorriu, muito satisfeita por sua mãe se juntar a elas. Voltou-se para Chantelle.
“Estamos indo!”
Ela e Patricia dirigiram-se para o saguão e vasculharam a bolsa de artigos de Amy. Emily tirou alguns enfeites cintilantes e começou a enrolá-los em torno do corrimão da escada, enquanto Patricia selecionava algum material brilhante para envolver artisticamente as molduras dos porta-retratos. Foi um momento maravilhoso para Emily, repleto de paz e felicidade.
“Quando você irá se casar, Amy?” perguntou Chantelle enquanto afixava flocos de neve nas paredes com adesivo pegajoso.
“Eu ainda não defini a data,” respondeu Amy, sorrindo por dentro. “Não consigo decidir em que estação eu quero que meu casamento aconteça. Ou mesmo em que país.”
Os olhos de Chantelle se arregalaram, como se a ideia de um casamento no exterior nunca tivesse passado pela sua cabeça. “Você poderia se casar na Lapônia! Com renas e neve branca!”
Amy riu. “Eu estava pensando mais nas Bahamas. Tartarugas... e praia branca.”
“Parece legal também,” admitiu Chantelle.
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