Arrebatadas . Блейк Пирс
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Читать онлайн книгу Arrebatadas - Блейк Пирс страница 14

СКАЧАТЬ “Isto tem sido bastante avassalador.”

      “Fale-nos da sua irmã,” Principiou Riley.

      “Não vos consigo dizer muita coisa,” Disse Holbrook. “Não a conhecia lá muito bem. Era meia-irmã. O meu pai era um idiota mulherengo, deixou a minha mãe e teve filhos de três mulheres diferentes. A Nancy era quinze anos mais nova do que eu. Tivemos muito pouco contacto ao longo dos anos.”

      Durante alguns momentos, fitou o chão com um olhar vazio, os dedos a tamborilarem de forma ausente no braço da cadeira. Depois, sem olhar para os colegas disse, “A última vez que soubera dela, estava a trabalhar num escritório e a ter aulas numa escola comunitária. Isso foi há alguns anos. Fiquei chocado quando soube o rumo que tinha seguido. Não fazia ideia.”

      Depois calou-se. Riley teve a sensação de que algo ficara por dizer, mas acabou por se capacitar de que talvez aquilo fosse mesmo tudo o que o homem sabia. No final de contas, o que é que Riley podia dizer da sua própria irmã mais velha caso alguém a interpelasse? Ela e a Wendy estavam sem saber uma da outra há tanto tempo que bem podiam nem ser irmãs.

      Ainda assim, Riley pressentiu algo mais do que pesar no comportamento de Holbrook e não pode deixar de considerar estranho este seu primeiro depoimento.

      Morley sugeriu que Riley e Bill fossem com ele à Patologia Forense onde poderiam observar o corpo. Holbrook assentiu e referiu que iria para o seu gabinete.

      Ao seguirem o Agente Responsável pelo corredor, Bill perguntou, “Agente Morley, qual a razão para pensarmos que estamos perante um assassino em série?”

      Morley abanou a cabeça. “Não sei bem se temos uma razão concreta para pensar dessa forma,” Disse. “Mas quando o Garrett soube da morte da Nancy, não sossegou. É um dos nossos melhores agentes e tentei protegê-lo. Ele tentou avançar com a sua própria investigação, mas não chegou a lado nenhum. A verdade é que durante todo este tempo não tem estado em si.”

      Riley tinha notado que Garrett parecia terrivelmente inquieto. Talvez um pouco mais do que deveria um agente experiente, mesmo tratando-se da morte de um familiar. Afinal, ele tornara claro que ele e a irmã não eram chegados.

      Morley conduziu Riley e Bill até à área de Patologia Forense do edifício onde os apresentou à chefe de equipa, Dra. Rachel Fowler. A patologista abriu a unidade refrigerada onde se encontrava guardado o corpo de Nancy Holbrook.

      Riley estremeceu ligeiramente perante o odor familiar a decomposição, apesar do cheiro ainda não estar particularmente forte. Reparou que a mulher possuíra estatura baixa e fora muito magra.

      “Não esteve muito tempo dentro de água,” Disse Fowler. “A pele estava a começar a enrugar quando foi encontrada.”

      A Dra. Fowler apontou para os pulsos.

      “Podem ver-se queimaduras de corda. Parece ter sido amarrada quando foi morta.”

      Riley reparou em marcas empoladas no cotovelo de um dos braços da vítima.

      “Parecem marcas de toxicodependente,” Disse Riley.

      “Pois é. Ela consumia heroína. O meu palpite é que ela estava a entrar completamente no vício.”

      Parecia a Riley que a mulher tinha sido anorética e isso era consistente com a teoria de adição aventada por Fowler.

      “Esse tipo de vício parece algo deslocado quando falamos de uma acompanhante de luxo,” Disse Bill. “Como é que podemos saber que era viciada?”

      Fowler mostrou um cartão de negócios laminado que estava dentro de um saco de prova. Tinha uma foto provocadora de uma mulher morta nele. O nome no cartão era simplesmente “Nanette” e o negócio era “Ishtar Escorts”.

      “Este cartão estava com a vítima quando foi encontrada,” Explicou Fowler. “A polícia entrou em contacto com a Ishtar Escorts e descobriu o nome verdadeiro da mulher, o que tornou possível identificá-la como a meia-irmã do Agente Holbrook.”

      “Como é que foi asfixiada?” Perguntou Riley.

      “Tem nódoas negras no pescoço,” Disse Fowler. “O assassino pode ter enfiado a cabeça da vítima num saco de plástico.”

      Riley observou as marcas mais atentamente. Teria aquilo sido um jogo sexual que correu mal ou um ato homicida deliberado? Ainda não podia ter a certeza.

      “O que tinha vestido quando foi encontrada?” Perguntou Riley.

      Fowler abriu uma caixa que continha a roupa da vítima. Usava um vestido rosa com um decote cavado, mas não demasiado, claramente um degrau acima da típica prostituta de rua. Era o vestido de uma mulher que queria parecer muito sexy e ao mesmo tempo adequado como traje para clubes noturnos.

      Junto ao vestido estava um saco de plástico com joias.

      “Posso ver?” Perguntou Riley a Fowler.

      “Força.”

      Riley pegou no saco e observou o seu conteúdo. A maioria era bijuteria de razoável gosto – um colar de contas, pulseiras e brincos simples. Mas um elemento se destacava entre os outros. Um elegante anel de ouro com um diamante. Pegou nele e mostrou-o a Bill.

      “Verdadeiro?” Perguntou Bill.

      “Sim,” Respondeu Fowler. “Ouro verdadeiro e diamante verdadeiro.”

      “O assassino não se deu ao trabalho de o roubar,” Comentou Bill. “Não teve nada a ver com dinheiro.”

      Riley virou-se para Morley. “Gostava de ver o local onde o corpo foi encontrado,” Disse. “Agora mesmo, enquanto ainda temos luz do dia.”

      Morley parecia intrigado.

      “Podemos lá chegar de helicóptero,” Disse. “Mas não sei o que espera encontrar. Polícias e agentes passaram aquilo a pente fino.”

      “Confie nela,” Disse Bill. “Ela vai encontrar alguma coisa.”

      CAPÍTULO OITO

      A ampla superfície do Lago Nimbo parecia quieta e tranquila quando o helicóptero se aproximou.

      Mas as aparências enganam, Lembrou Riley a si mesma. Ela sabia melhor do que ninguém que superfícies calmas podiam esconder segredos terríveis.

      O helicóptero desceu, oscilando enquanto pairava à procura de um lugar para aterrar. Riley sentiu-se um pouco enjoada graças àquele movimento irregular. Ela não gostava muito de helicópteros. Olhou para Bill sentado a seu lado. Não parecia melhor do que ela.

      Mas quando Riley olhou para o Agente Holbrook, viu um rosto vazio. Mal tinha proferido uma palavra durante o voo de meia hora de Phoenix. Riley ainda não sabia muito bem o que pensar a respeito dele. Estava habituada a decifrar as pessoas facilmente, às vezes demasiado facilmente para o seu próprio gosto. Mas Holbrook ainda era para ela um enigma.

      Finalmente o helicóptero tocou no solo e os três agentes do FBI pisaram terra firme, baixando-se debaixo das hélices que rodavam por cima das suas cabeças. A estrada СКАЧАТЬ