Cobiçadas . Блейк Пирс
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СКАЧАТЬ pagou pelas roupas novas de April e caminhou na direção da varanda do centro comercial. A confiança no caminhar de April fez Riley sentir-se menos preocupada. Afinal de contas, as coisas estavam a melhorar. Ela sabia que naquele preciso momento Ryan estava a levar algumas das suas coisas para a sua casa. E tanto April como Jilly estavam bem na escola.

      Riley estava prestes a sugerir que fossem comer alguma coisa quando o telemóvel de April tocou. April afastou-se abruptamente para atender a chamada, Riley sentiu-se desolada. Por vezes aquele telemóvel parecia uma coisa viva que exigia toda a atençao de April.

      “Ei, tudo bem?” Perguntou April a quem lhe ligara.

      De repente, os joelhos de April cederam e ela sentou-se. O rosto empalideceu e a sua expressão feliz transformou-se numa de dor. Lágrimas correram pelo seu rosto. Alarmada, Riley foi ao seu encontro e sentou-se a seu lado.

      “Oh meu Deus!” Exclamou April. “Como… Porquê… Não entendo….”

      Riley sentia-se alarmada.

      O que é que tinha acontecido?

      Alguém estava magoado ou em perigo?

      Era a Jilly, o Ryan, a Gabriela?

      Não, alguém teria ligado a Riley com tais notícias e não a April.

      “Lamento tanto, tanto,” Dizia April ininterruptamente.

      Por fim, terminou a chamada.

      “Quem era?” Perguntou Riley ansiosamente.

      “Era a Tiffany,” Disse April numa voz atordoada.

      Riley reconheceu o nome. Tiffany Pennington era a melhor amiga de April por aqueles dias. Riley encontrara-a algumas vezes.

      “O que é que se passa?” Perguntou Riley.

      April olhou para Riley com uma expressão de dor e horror.

      “A irmã da Tiffany está morta,” Disse April.

      Parecia que April não conseguia acreditar nas suas próprias palavras.

      Depois numa voz abafada acrescentou, “Dizem que se suicidou.”

      CAPÍTULO DOIS

      Naquela noite ao jantar, April tentou transmitir à família o pouco que sabia sobre a morte de Lois. Mas as suas próprias palavras lhe soavam estranhas, como se outra pessoa estivesse a falar.

      Não parece real, Não parava de pensar.

      April tinha-se encontrado com Lois várias vezes quando visitava Tiffany. Lembrava-se da última vez com nitidez. Lois estava sorridente e feliz, cheia de histórias sobre a nova escola. Era simplesmente impossível de acreditar que estava morta.

      A morte não era propriamente uma coisa nova para April. Ela sabia que a mãe enfrentara a morte e que tivera que matar ao trabalhar em casos do FBI. Mas matara gente má, gente que tinha que ser parada. April até ajudara a mãe a lutar e matar um assassino sádico após a manter prisioneira. Ela também sabia que o avô tinha morrido há quatro meses, mas não o via há muito tempo e nunca tinham sido muito próximos.

      Mas esta morte era mais real para ela e não fazia sentido nenhum. De alguma forma, nem parecia possível.

      Ao falar, April reparou que a sua família também parecia confusa e angustiada. A mãe aproximou-se e pegou-lhe na mão. Gabriela benzeu-se e murmurou uma reza em Espanhol. Jilly nem se conseguia expressar.

      April tentou lembrar-se de tudo o que Tiffany lhe contara quando tinham falado novamente nessa tarde. Explicara-lhe que na manhã do dia anterior ela, a mãe e o pai tinham descoberto o corpo de Lois pendurado na garagem. A polícia pensou tratar-se de suicídio. Na verdade, toda a gente agia como se tivesse sido um ato suicida. Como se fosse um dado consumado.

      Toda a gente menos Tiffany que não parava de dizer que não acreditava.

      O pai de April estremeceu quando ela acabou de contar tudo aquilo de que se lembrava.

      “Eu conheço os Pennington,” Disse ele. “O Lester é um gestor financeiro de uma empresa de construção. Não exatamente ricos, mas muito bem na vida. Sempre pareceram uma família estável e feliz. Porque é que a Lois faria uma coisa daquelas?”

      April andava a colocar essa pergunta a si própria todo o dia.

      “A Tiffany diz que ninguém sabe,” Disse April. “A Lois estava no seu primeiro ano na Universidade Byars. Andava um bocado stressada, mas mesmo assim…”

      Ryan abanou a cabeça.

      “Bem, talvez isso explique tudo,” Disse ele. “Byars é uma escola dura. Ainda mais dura do que Georgetown. E muito cara. Surpreende-me que a família pudesse pagá-la.”

      April suspirou profundamente e não disse nada. Pensava que Lois tinha bolsa de estudo, mas não o verbalizou. Não lhe apetecia falar sobre isso. Também não lhe apetia comer. Gabriela tinha preparado uma das suas especialidades, uma sopa de frutos do mar chamada tapado que April normalmente adorava. Mas até ao momento, não tinha provado uma colher.

      Todos se calaram durante alguns momentos.

      Depois Jilly disse, “Ela não se matou.”

      Alarmada, April olhou fixamente para Jilly. E todos os outros também. A adolescente mais nova cruzou os braços e parecia muito séria.

      “O quê?” Perguntou April.

      “A Lois não se matou,” Disse Jilly.

      “Como é que sabes?” Perguntou April.

      “Eu conhecia-a, lembras-te? Eu saberia. Ela não era o tipo de rapariga que fizesse uma coisa dessas. Ela não queria morrer.”

      Jilly parou de falar durante um momento.

      Depois disse, “Sei como é querer morrer. Ela não queria. Eu saberia.”

      O coração de April saltou-lhe à garganta.

      Ela sabia que Jilly tinha passado pelo seu inferno. Jilly contara-lhe sobre o pai violento que a fechara fora de casa numa noite de muito frio. Jilly tinha dormido num cano e depois fora para a paragem de camionagem onde tentara tornar-se prostituta. Foi nessa altura que a mãe a encontrara.

      Se havia alguém que sabia o que era querer morrer, esse alguém era Jilly.

      April sentiu invadir-se por uma onda de dor e horror. Estaria a Jilly errada? Será que Lois se sentira tão miserável?

      “Desculpem-me,” Disse April. “Acho que não consigo comer agora.”

      April levantou-se da mesa e foi para o seu quarto. Fechou a porta, atirou-se à cama e chorou.

      Não sabia quanto tempo tinha passado, mas algum tempo depois, ouviu uma pancada na porta.

      “April, СКАЧАТЬ