Perseguida . Блейк Пирс
Чтение книги онлайн.

Читать онлайн книгу Perseguida - Блейк Пирс страница 3

СКАЧАТЬ sacos vazios de heroína, seringas e outra parafernália associada à droga. Conseguia ver sete pessoas – duas ou três tentavam pôr-se de pé vagarosamente depois do estrépito que Riley causara, os restantes estavam deitados no chão ou aninhados em cadeiras num estupor induzido pela droga. Todos pareciam devastados e doentes, e as suas roupas estavam sujas e esfarrapadas.

      Riley guardou a arma. Não ia precisar dela – ainda não.

      “Onde está a April?” Gritou. “Onde está Joel Lambert?”

      Um homem que tinha acabado de se levantar disse numa voz nebulosa, “Lá em cima.”

      Com Bill no seu encalço, Riley subiu a escadaria escura, apontando a lanterna à sua frente. Conseguia sentir os degraus podres a cederem sob o seu peso. Ela e Bill entraram num corredor no topo das escadas. Viram três entradas, uma das quais dava para uma casa de banho infecta, todas sem portas e visivelmente vazias. A quarta entrada ainda tinha porta e estava fechada.

      Riley dirigiu-se à porta. Bill tentou alcançá-la para a impedir de entrar.

      “Deixa-me entrar primeiro,” Disse Bill.

      Riley passou por ele, ignorando-o, abriu a porta e entrou no quarto.

      As pernas de Riley quase colapsaram perante o cenário que viu. April estava deitada num colchão, murmurando “Não, não, não” sucessivamente. April contorcia-se febrilmente enquanto Joel Lambert lutava para lhe tirar a roupa. Um homem com excesso de peso estava próximo, à espera que Joel terminasse a sua tarefa. Uma seringa e uma colher repousavam na vela que tremeluzia na mesa-de-cabeceira.

      Riley compreendeu tudo. Joel tinha drogado April quase até à inconsciência e estava a oferecê-la como favor sexual àquele homem repulsivo – quer fosse a troco de dinheiro ou de outra coisa qualquer, Riley não sabia.

      Riley sacou da arma e apontou-a a Joel. Era tudo o que conseguia fazer para evitar abatê-lo naquele momento.

      “Afasta-te dela,” Disse Riley.

      Joel percebeu de imediato o estado em que Riley se encontrava. Levantou as mãos e afastou-se da cama.

      Indicando o outro homem, Riley disse a Bill, “Algema este filho da mãe. Leva-o para o carro. Agora já podes pedir reforços.”

      “Riley, ouve-me…” A voz de Bill sumiu-se.

      Riley sabia o que Bill deixara por dizer. Ele compreendia perfeitamente que tudo o que Riley queria era alguns minutos a sós com Joel. Bill sentiu relutância em permiti-lo.

      Ainda com a arma apontada a Joel, Riley olhou para Bill com uma expressão implorativa. Bill anuiu lentamente, dirigiu-se ao homem, leu-lhe os direitos, algemou-o e levou-o para o exterior da casa.

      Riley fechou a porta. Depois ficou silenciosamente a fitar Joel Lambert com a arma ainda erguida. Este era o rapaz por quem April se apaixonara. Mas não se tratava de um adolescente qualquer. Estava profundamente envolvido no negócio da droga. Ele tinha usado essas drogas na sua própria filha e tinha tentado vender o corpo de April. Esta pessoa não era capaz de amar ninguém.

      “O que é que pensa que vai fazer, senhora chui?” Disse Joel. “Eu tenho direitos, sabe.” E presenteou-a com o mesmo sorriso de gozo que mostrara no seu último encontro.

      A arma tremeu ligeiramente na mão de Riley. Ansiava premir o gatilho e rebentar com aquele verme de uma vez. Mas não se podia permitir fazê-lo.

      Riley reparou que Joel se esgueirava na direção da mesa de apoio. Era robusto e um pouco mais alto do que Riley.Tentava alcançar um taco de basebol encostado à mesa, obviamente à mão para fins de autodefesa. Riley reprimiu um sorriso sinistro. Parecia que ele ia fazer exatamente aquilo que ela queria que ele fizesse.

      “Estás preso,” Disse Riley.

      Guardou a arma e pegou nas algemas. Tal como esperava, Joel pegou no taco de basebol e arremeteu-o contra Riley. Ela conseguiu desviar-se do golpe e preparou-se para a próxima investida.

      Desta vez Joel ergueu o taco mais alto, pretendendo esmagar-lhe a cabeça com ele. Mas quando o braço desceu, Riley agachou-se e apanhou a extremidade do bastão. Agarrou-o e atirou-o para longe dele. Riley apreciou o olhar de surpresa no rosto de Joel quando perdeu o equilíbrio.

      Joel tentou apoiar-se na mesa de apoio para evitar cair. Quando a mão se agarrou à mesa, Riley esmagou-a com o taco. Foi audível o som de ossos a partirem-se.

      Joel soltou um grito patético e caiu no chão.

      “Sua cabra maluca!” Gritou. “Partiu-me a mão.”

      Tentando recuperar o fôlego, Riley algemou-o a um dos pés da cama.

      “Não o consegui evitar,” Disse ela. “Tu resististe e eu, acidentalmente, entalei a tua mão na porta. Peço perdão.”

      Riley algemou a mão sã ao pé de uma cama. Depois pisou a mão partida e apoiou todo o seu peso nela.

      Joel gritou e contorceu-se. Esperneava indefeso.

      “Não, não, não!” Gritava.

      Ainda com o pé em cima da mão de Joel, Riley agachou-se próximo do seu rosto.

      Riley repetiu, zombeteiramente, “’Não, não, não!’ Onde é que eu já ouvi estas palavras? Nos últimos minutos?”

      Joel estremecia de dor e horror.

      Riley pisou-o com mais força.

      “Quem o disse?” Perguntou ela.

      “A sua filha… ela disse-o.”

      “Disse o quê?”

      “’Não, não, não…’”

      Riley libertou um pouco a pressão.

      “E porque é que a minha filha disse isso?” Perguntou.

      Joel mal conseguia falar por entre os violentos soluços que soltava.

      “Porque… estava indefesa… e a sofrer. Eu percebo. Eu compreendo.”

      Riley retirou o pé. Parecia-lhe que ele tinha percebido a mensagem – pelo menos por agora, embora talvez não de vez. Mas aquilo era o melhor – ou o pior – que podia fazer para já. Ele merecia a morte ou pior ainda. Mas ela não podia ser o instrumento dessa vontade. Pelo menos de uma coisa tinha a certeza: aquela mão nunca mais se recomporia.

      Riley deixou Joel algemado e correu para junto da filha. Os olhos de April estavam dilatados e Riley sabia que ela não estava a conseguir vê-la bem.

      “Mãe?” Disse April num queixume baixinho.

      O som daquela palavra soltou um mundo de angústia em Riley. Desatou a chorar ao começar a ajudar April a vestir-se.

      “Vou tirar-te daqui,” Disse entre soluços. “Vai correr tudo bem.”

      Mas ao proferir aquelas palavras, Riley só rezava para que fossem verdadeiras.

СКАЧАТЬ