Perseguida . Блейк Пирс
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Читать онлайн книгу Perseguida - Блейк Пирс страница 12

СКАЧАТЬ próprio futuro e ver a mulher em que ela se tornaria.

      “Bem, então,” Disse Kelsey, sentando-se e sorrindo. “Gostava que o nosso clima fosse mais acolhedor.”

      Riley estava espantada com a sua descontraída hospitalidade. Nas circunstâncias em que se encontravam, pensava que encontraria uma mulher alarmada.

      “Senhora Sprigge…” Começou Bill.

      “Kelsey, por favor,” Interrompeu a mulher. “E sei porque é que estão aqui. Estão preocupados que o Shane Hatcher venha atrás de mim, que eu seja o seu primeiro alvo. Pensam que ele me quer matar.”

      Riley e Bill entreolharam-se, sem saber muito bem o que dizer.

      “E é claro que é por esse mesmo motivo que aqueles polícias estão lá fora,” Disse Kelsey, ainda sorrindo de forma adorável. “Disse-lhes para entrarem e se aquecerem mas eles não quiseram. Nem me deixaram sair para a minha corrida da tarde! Uma pena, eu simplesmente adoro correr com este tempo vigoroso. Bem, não estou preocupada em ser assassinada e não me parece que me deva preocupar. Não penso que o Shane Hatcher pretenda fazer isso.”

      Riley quase perguntou, “Por que não?”

      Mas em vez disso, disse cautelosamente, “Kelsey, você apanhou-o. Levou-o à justiça. Ele estava na prisão por sua causa. Você pode ser o motivo por que ele fugiu.”

      Kelsey não disse nada por alguns instantes. Olhava a arma no coldre de Riley.

      “Qual é a sua arma, querida?” Perguntou.

      “Uma Glock de calibre quarenta,” Disse Riley.

      “Boa!” Disse Kelsey. “Posso vê-la?”

      Riley entregou a sua arma a Kelsey. Kelsey retirou a munição e examinou a arma. Manuseava-a com a delicadeza de um connoisseur.

      “As Glocks chegaram tarde para mim,” Disse Kelsey. “Mas gosto delas. A armação polimérica é boa – muito leve, equilíbrio excelente. Adoro a disposição da mira.”

      Voltou a colocar a munição na arma e entregou-a a Riley. Depois dirigiu-se a uma secretária e dali tirou a sua pistola semiautomática.

      “Atingi o Shane Hatcher com esta preciosidade,” Disse, sorrindo. Entregou a arma a Riley e depois voltou a sentar-se. “Smith and Wesson Modelo 459. Feri-o e desarmei-o. O meu parceiro queria matá-lo no local – vingança pelo polícia que tinha assassinado. Bem, eu não o podia permitir. Disse-lhe que se matasse Hatcher, haveria mais do que um corpo para enterrar.”

      Kelsey corou um pouco.

      “Oh,” Disse. “Gostava que essa história não se divulgasse. Por favor, não contem a ninguém.”

      Riley devolveu-lhe a arma.

      “De qualquer das formas, sabia que a minha atitude teve a aprovação de Hatcher,” Disse Kelsey. “Sabem, ele tinha um código rígido, mesmo enquanto membro de um gang. Ele sabia que eu só estava a fazer o meu trabalho. Penso que ele respeitou isso. E que também ficou grato. De qualquer das formas, nunca demonstrou qualquer interesse por mim. Eu até lhe escrevi algumas cartas, mas ele nunca me respondeu. Provavelmente nem se lembra do meu nome. Não, tenho a certeza que ele não me quer matar.”

      Kelsey olhou para Riley com interesse.

      “Mas Riley – posso tratá-la por Riley? – disse-me ao telefone que o visitou na prisão, que o chegou a conhecer. Ele deve ser uma personalidade fascinante.”

      Riley pensou detetar uma nota de inveja na voz da mulher.

      Kelsey levantou-se da cadeira.

      “Mas olhem só para mim a falar enquanto vocês têm um bandido para apanhar! E quem sabe o que ele está a planear neste preciso momento. Tenho algumas informações que vos podem ajudar. Venham daí, vou mostrar-vos tudo o que tenho.”

      Kelsey conduziu Riley e Bill por um corredor até à porta de uma cave. Riley ficou subitamente nervosa.

      Porque é que tem que ser numa cave? Pensou

      Riley tinha uma ligeira mas irracional fobia por caves há algum tempo – vestígios do SPT de estar presa no espaço exíguo em que Peterson a mantivera e mais recentemente por ter apanhado um outro assassino numa cave completamente escura.

      Mas ao seguirem Kelsey pelas escadas, Riley não viu nada de sinistro. A cave era usada como sala de recreio. A um canto estava uma área de escritório bem iluminada com uma secretária coberta de pastas manila, um quadro com velhas fotografias e recortes de jornais, e algumas gavetas de arquivo.

      “Aqui está – tudo o que querem saber sobre ‘Shane the Chain’ e a sua carreira e a sua queda,” Disse Kelsey. “Estejam à vontade. Perguntem alguma coisa que não entendam.”

      Riley e Bill começaram a percorrer as pastas. Riley estava surpreendida e entusiasmada. Era informação arrojada e fascinante, muita da qual nunca tinha sido digitalizada para a base de dados do FBI. A pasta que agora percorria estava pejada com items aparentemente pouco relevantes, incluindo guardanapos de restaurante com notas escritas à mão e esboços relacionados com o caso.

      Abriu outra pasta que continha relatórios e outros documentos fotocopiados. Riley divertia-se por saber que Kelsey não os devia ter fotocopiado ou guardado. Os originais há muito que deviam ter sido destruídos depois de digitalizados.

      Enquanto Bill e Riley revolviam o material, Kelsey observou, “Devem estar a pensar porque é que não me livrei destas coisas. Às vezes eu própria penso nisso.”

      Ficou a pensar durante alguns instantes.

      “Shane Hatcher foi o meu único contacto com o mal,” Disse. “Durante os meus primeiros catorze anos no FBI, quase só fazia trabalho administrativo no departamento de Syracuse – a mulher simbólica. Mas trabalhei neste caso desde a raiz, falei com membros de gangs nas ruas, liderei a equipa. Ninguém pensou que eu pudesse apanhar o Hatcher. Na verdade, ninguém tinha a certeza que alguém o pudesse apanhar. Mas eu consegui.”

      Agora Riley percorria uma pasta com fotos de má qualidade que o FBI não se devia ter dado ao trabalho de digitalizar. É claro que Kelsey não as deitara fora.

      Uma mostrava um polícia a falar com o membro de um gang. Riley imediatamente reconheceu o jovem como sendo Shane Hatcher. Demorou mais um pouco para reconhecer o polícia.

      “Este é o agente que o Hatcher matou, não é?” Perguntou Riley.

      Kelsey anuiu.

      “Agente Lucien Wayles,” Disse ela. “Eu é que tirei essa foto.”

      “O que faz ele a conversar com o Hatcher?”

      Kelsey sorriu.

      “Bem, isso é algo interessante,” Disse. “Suponho que tenham ouvido dizer que o agente Wayles era um polícia exemplar, condecorado. Isso é o que a polícia local ainda quer que todos pensem. Na verdade, ele era corrupto. Nesta foto, tinha-se encontrado com Hatcher para fazer um acordo com ele – uma partilha dos lucros da droga para não interferir no território de Hatcher. Hatcher recusou-se. E Wayles tentou СКАЧАТЬ