Название: Razão Para Matar
Автор: Блейк Пирс
Издательство: Lukeman Literary Management Ltd
Жанр: Современные детективы
Серия: Um mistério de Avery Black
isbn: 9781632919564
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- Como assim?
- Daqui, do A1. Coração de Boston. Você está bem no centro. Cidade grande. Você vem de cidade pequena, certo? Oklahoma?
- Ohio.
- Certo, certo – ele concordou. – O que há no A1 que você gosta tanto? Há muitos outros departamentos em Boston. Você poderia ter começado pelo Southside, B2, talvez D14 e ter experimentado os subúrbios. Tem muitos bandidos por lá. Mas você só se inscreveu aqui.
- Eu gosto de cidades grandes.
- Temos gente ruim de verdade por aqui. Você tem certeza que quer entrar nessa? Aqui é o Esquadrão de Homicídios. É um pouco diferente do que fazer rondas.
- Eu vi o líder dos West Side Killers torturar uma pessoa viva enquanto o resto da quadrilha cantava músicas e assistia. De que tipo de ‘gente ruim’ nós estamos falando?
O’Malley analisava cada movimento dela.
- Pelo que eu soube – ele disse, - você foi totalmente enganada por aquele psicopata de Harvard. Ele fez você parece uma idiota. Destruiu sua vida. De advogada estrela para advogada em desgraça, até virar um nada. E depois a mudança para policial caloura. Isso deve doer.
Avery se contorceu na cadeira. Por que ele tinha que reviver tudo isso? Por que agora? Hoje era um dia para celebrar sua promoção ao Esquadrão de Homicídios, e ela não queria estragar isso – e certamente não queria reviver o passado. O que estava feito, estava feito. Agora ela só podia olhar para frente.
- Mas você deu a volta por cima – ele consentiu, - construiu uma nova vida aqui. Do lado certo, dessa vez. Tenho que respeitar isso. Mas, - ele disse, a olhando, - eu quero ter certeza que você está pronta. Você está?
Ela retribuiu o olhar, imaginando onde ele queria chegar.
- Se eu não estivesse pronta eu não estaria aqui – respondeu.
Ele concordou com a cabeça, parecendo satisfeito com a resposta.
- Nós acabamos de receber uma ligação. Uma garota morta. Um cenário produzido. Não parece nada bom. Os caras no local não sabem o que fazer.
O coração de Avery bateu mais rápido.
- Estou pronta – ela disse.
- Está? - O capitão perguntou. - Você é competente, mas se isso vier a se tornar um caso de grandes proporções, não quero que você estrague tudo.
- Isso não vai acontecer – respondeu.
- Era isso o que eu queria ouvir – disse o capitão, empurrando alguns papeis sobre sua mesa. – Dylan Connelly supervisa o Esquadrão. Ele está lá agora trabalhando com os peritos. Você tem um novo parceiro. Tente não deixá-lo morrer.
- Aquilo não foi culpa minha – Avery respondeu, lembrando internamente da recente investigação de Affairs Internos, tudo porque seu ex-parceiro, um preconceituoso precipitado, tinha tentado se infiltrar em uma gangue sozinho para ficar com o crédito sobre o trabalho dela.
O comandante apontou para fora.
- Seu parceiro está esperando. Eu nomeei você detetive líder. Não me decepcione.
Ela se virou e viu Ramirez esperando. Então resmungou:
- Ramirez? Por que ele?
- De verdade? – O capitão respondeu. – Ele é o único aqui que queria trabalhar com você. Todos os outros parecem te odiar.”
Ela sentiu o estômago embrulhado.
- Vá com cuidado, jovem detetive – ele acrescentou e se levantou, sinalizando que a reunião havia terminado. – Você precisa de todos os amigos que puder ter.
CAPÍTULO DOIS
- Como foi? – Perguntou Ramirez, assim que Avery saiu do escritório.
Ela baixou a cabeça e seguiu caminhando. Avery odiava conversinhas, e ela não acreditava que nenhum de seus colegas poderia conversar sem ao menos um insulto.
- Pra onde nós vamos? - Ela respondeu.
- Assuntos profissionais. – Ramirez sorriu. - Bom saber. Ok, Black. Há uma garota morta em um banco no Lederman Park, perto do rio. É uma área com muito movimento. Nem de longe o melhor lugar para se deixar um corpo.
Alguns agentes cumprimentaram Ramirez.
- Pega ela, tigrão!
- Quebra ela no meio, Ramirez.
Avery sacudiu a cabeça. Bacana.
Ramirez levantou suas mãos.
- Não fui eu.
- São todos vocês – Avery retrucou. - Nunca pensei que uma estação policial fosse ser pior do que um escritório de advocacia. Clube secreto dos bolinhas, certo? Garotas não são bem-vindas?
- Menos, Black.
Ela seguiu em direção aos elevadores. Alguns agentes celebraram por terem conseguido irritá-la. Geralmente, Avery conseguia ignorar os insultos, mas algo neste novo caso tinha mexido com ela mais do que o normal. As palavras usadas pelo capitão não eram típicas de um simples homicídio: Não sabem o que fazer. Um cenário produzido.
Além disso, o ar indiferente e arrogante de seu novo parceiro não era exatamente confortante: parece resolvido. Nada é fácil assim, nunca.
A porta do elevador estava para fechar quando Ramirez colocou suas mãos para dentro.
- Desculpe, ok?
Ele parecia sincero. Mão estendida, um olhar de desculpas nos seus olhos negros. Um botão pressionado e eles desceram.
Avery olhou para ele.
- O capitão disse que você era o único que queria trabalhar comigo. Por quê?
- Você é Avery Black – ele respondeu, como se a resposta fosse óbvia. – Como eu poderia não estar curioso? Ninguém te conhece de verdade, mas todo mundo parece ter uma opinião: idiota ou gênia, decadente ou em ascensão, assassina ou salvadora. Eu quero separar os fatos da ficção.
- Por que você se importa?
Ramirez deu um sorriso enigmático.
Mas não disse nada.
* * *
Avery seguiu Ramirez enquanto ele caminhava calmamente pelo estacionamento. Ele não usava gravata e seus dois botões de cima estavam abertos.
- Estou logo ali – ele apontou.
Eles passaram por alguns agentes uniformizados que pareciam conhecê-lo. Um deles o cumprimentou e o lançou um olhar estranho que СКАЧАТЬ