Comprometida . Морган Райс
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СКАЧАТЬ e eram construídas com telhados inclinados cobertos por algo que se parece com feno ou palha. Muitos dos prédios são pintados de branco, alguns com bordas de madeira escura. As igrejas – enormes , de mármore ou calcário, – erguem-se acima da cidade, dominando quarteirões inteiros, e aqui e ali algumas outras grandes estruturas parecendo palácios pontuam a paisagem. Ele imagina que sejam residências da realeza.

      Eles agora sobrevoam um grande rio, que divide a cidade. O rio é bastante movimentado pelo tráfego de barcos de todos os formatos e tamanhos e, ao olhar paras as ruas, Sam vê que elas também estão repletas de gente. Na verdade, ele mal consegue acreditar no movimento que vê nas ruas; há pessoas andando para todos os lados, e ele não consegue imagina pra quê tanta pressa. Não é como se tivessem internet, e-mails, faxes ou até mesmo telefones.

      Ainda assim, outras partes da cidade parecem relativamente calmas. As ruas de terra, o rio, e todos os barcos transmitem uma sensação de tranquilidade. Não há carros em alta velocidade, ônibus, caminhões, ou motos costurando o trânsito. Tudo é relativamente calmo.

      Isto é, até que ouvem o grito de uma multidão.

      Sam olha na direção do barulho, e Polly faz o mesmo.

      Afastado, à direita deles, eles veem um grande estádio, construído como um círculo perfeito e com diversos andares. O prédio o faz pensar no Coliseu de Roma, embora seja bem menor.

      De onde está, ele vê o que parece ser um animal de grande porte no centro do estádio, correndo em círculos com vários outros animais menores correndo em volta dele. Ele não consegue entender exatamente o que está acontecendo, mas pode ver que o estádio está repleto de espectadores, todos em pé, aplaudindo e gritando.

      Seu corpo começa a formigar de repente, não por que ele percebe o que está acontecendo, mas por que sente a presença certa de Caitlin naquele lugar.

      "Minha irmã!" ele grita na direção de Polly. "Ela está lá dentro," ele diz, apontando. “Tenho certeza.”

      Polly olha para baixo, franzindo o cenho.

      "Não tenho tanta certeza," ela diz. "Não sinto nada."

      Ela vira o rosto na outra direção, e aponta para uma ponte que surge diante deles. "Sinto que ela está ali."

      Sam olha, e vê uma grande ponte sobre o rio. Ele fica surpreso ao perceber que há várias lojas em cima dela, e mais ainda ao ver, enquanto sobrevoam a ponte, que há diversos prisioneiros em pé sobre um tablado, com cordas ao redor do pescoço e capuzes sobre as cabeças. É evidente que eles estão prestes a serem executados, e um grupo de espectadores se amontoa ao redor deles.

      "Certo," Sam diz, e de repente mergulha na direção da ponte. Ele tenta repetir o gesto dela, e ser o primeiro a tomar uma atitude desta vez.

      Sam aterrissa na ponte, sem olhar para trás, e instantes depois sente quando Polly aterrissa alguns metros atrás dele. Ela o alcança, e os dois caminham lado a lado, mantendo a distância, ele sem olhar para ela, e ela sem olhar para ele. Ele está feliz que estejam conseguindo manter a relação entre eles puramente profissional. Não há nada entre eles nem remotamente parecido com intimidade, que é obviamente o que ambos desejam.

      Sam fica espantado com o que vê na ponte, com tantos estímulos vindos de todas as direções.

      "Quer curtir o seu couro, meu bom rapaz?” um homem pergunta, encostando um pedaço de pele de vaca em seu rosto. O homem tem mau hálito, e Sam desvia dele.

      "Pra onde?" Sam pergunta para Polly.

      Ela observa a ponte, procurando Caitlin, e Sam faz o mesmo. Mas não há qualquer sinal dela.

      Polly finalmente ergue os ombros. “Eu não sei,” ela diz. “Eu havia sentido a presença dela aqui antes, mas agora… não tenho tanta certeza.”

      Sam se vira e olha para trás, na direção do estádio.

      “Senti a presença dela lá atrás,” ele fala. “Dentro daquele estádio que sobrevoamos.”

      "Certo,” Polly diz, “vamos para lá. Mas vamos andando – caso ela esteja na ponte."

      Enquanto andam pela ponte, passando pelos vários vendedores, Polly parece se animar mais uma vez, e lentamente volta a ser como era. "Veja o costume destas pessoas!" ela exclama. "Quero dizer, olhe para o que vestem! É incrível, não é mesmo? Acho que não vestiria algo assim nem se estivesse morta, mas posso entender a praticidade dessas roupas. Como será que a moda surge? Quero dizer,como será que as coisas mudam de geração em geração? Estava pensando, se eu vivesse aqui, se fosse uma dessas pessoas, que cor eu usaria…"

      Sam suspira. Polly tinha começado a falar de novo, e ele sabe que não há meio de interrompê-la agora. Secretamente, ele deixa de escutá-la.

      Enquanto caminham, Sam observa os rostos de todas as pessoas na ponte, procurando por algum sinal de Caitlin. Ele acredita tê-la encontrado algumas vezes, mas então vê que não se trata dela. Em uma ocasião, ele vê uma garota por trás, e coloca a mão em seu ombro.

      “Caitlin!” ele exclama.

      Mas a garota se vira, e ele fica envergonhado ao perceber que não é ela; a garota lhe dá um olhar estranho, e se afasta.

      Logo eles chegam ao final da ponte, e Sam vê uma placa enorme que diz “Southwark.” Ele vira para a direita, na direção do estádio.

      Eles andam por uma rua chamada “Clink Street,” e passam diante de uma prisão. Ele ouve outro grito da multidão, e Sam tem certeza que Caitlin está lá – sua irmã, a alguns quarteirões de distância.

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