Um Reinado de Rainhas . Морган Райс
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Читать онлайн книгу Um Reinado de Rainhas - Морган Райс страница 7

СКАЧАТЬ exige de repente uma voz, cortando o ar calmo daquela manhã.

      Alistair se vira o máximo que pode e vê, no meio da confusão, duas figuras se aproximando no na multidão, atravessando o grupo até que as mãos gordas dos soldados de Bowyer as seguram. Alistair fica chocada e grata ao ver a mãe e a irmã de Erec paradas com olhares agitados em seus rostos.

      "Ela é inocente!" A mãe de Erec grita. "Você não pode matá-la!"

      "Você mataria mesmo uma mulher!?" grita Dauphine. "Ela é uma estrangeira. Deixe-a ir. Mande-a de volta para sua terra natal. Ela não deve se envolver em nossos problemas."

      Bowyer olha para elas e grita.

      "Ela é uma estrangeira que deseja ser nossa Rainha, e que tentou assassinar o nosso antigo Rei."

      "Você é um mentiroso!" grita a mãe de Erec. "Você se recusou a beber da fonte da verdade!"

      Bowyer observa os rostos da multidão que observa a cena.

      "Alguém aqui ousa desafiar meu direito?!" ele grita, dirigindo-se aos presentes e olhando-os nos olhos de maneira desafiadora.

      Alistair olha para eles esperançosa; mas um de cada vez, todos os homens – bravos guerreiros – a maioria da tribo de Bowyer, desvia o olhar, sem querer desafiá-lo para um combate.

      "Eu sou o seu campeão," declara Bowyer. "Eu derrotei todos os oponentes no dia do torneio. Não há ninguém aqui capaz de me derrotar. Ninguém. Caso haja, eu o desafio a me enfrentar agora."

      "Ninguém, a não ser Erec!" grita Dauphine.

      Erec se vira e olha para ela de maneira ameaçadora.

      "E onde está ele agora? Ele está deitado, morrendo. Nós, habitantes das Ilhas do Sul, não teremos um inválido como nosso Rei. Eu sou o Rei, como o segundo melhor guerreiro – como mandam as leis dessa terra. Da mesma forma que o pai do meu pai foi o Rei antes do pai do Erec."

      A mãe de Erec e Dauphine se jogam pra frente para impedi-lo, mas os homens de Bowyer as seguram, detendo-as. Alistair vê o irmão de Erec – Strom – com as mãos amarradas para trás ao lado de delas; ele luta para se soltar, mas não consegue se livrar das amarras.

      "Você vai pagar por isso, Bowyer!" Strom dispara.

      Mas Bowyer simplesmente o ignora. Em vez disso, ele se vira para Alistair, e ela pode ver em seus olhos que ele está determinado a continuar. Sua hora havia chegado.

      "O tempo é perigoso quando a trapaça é sua companheira," afirma Alistair.

      Ele olha para ela por um instante; obviamente ela havia tocado em um ponto sensível.

      "E essas serão suas últimas palavras," ele diz.

      Bowyer de repente ergue o machado, levantando-o bem acima de sua cabeça.

      Alistair fecha os olhos, sabendo que dentro de poucos instantes, ela não faria mais parte daquele mundo.

      De olhos fechados, ela sente o tempo se desacelerar. Imagens passam diante de seus olhos. Ela vê a primeira vez que havia conhecido Erec, ainda no Anel, no castelo do Duque, quando ela ainda era uma criada e havia se apaixonado por ele à primeira vista. Ela sente todo seu amor por ele – um amor que ela ainda sente até hoje, ardendo com a mesma intensidade dentro dela. Ela vê seu irmão Thorgrin, vê seu rosto e, por alguma razão, não o vê no Anel ou na Corte do Rei, e sim em uma terra distante, em um oceano distante, vivendo em exílio. Acima de tudo, ela vê sua mãe. Ela a vê na beira de um precipício, diante de seu castelo, bem acima de um oceano e na frente de uma passarela. Ela vê sua mãe de braços abertos e sorrindo para ela.

      "Minha filha," ela diz.

      "Mãe," Alistair fala, "em breve estarei com você."

      Mas para sua surpresa, sua mãe balança lentamente a cabeça.

      "Sua hora ainda não chegou," ela responde. "Seu destino nessa terra ainda não se completou. Você ainda tem um grande destino diante de você."

      "Mas como, mãe?" ela pergunta. "Como posso sobreviver?"

      "Você é muito maior do que essa terra," sua mãe responde. "Essa lâmina, esse metal da morte, faz parte dessa terra. Suas amarras são parte dessa terra. Essas são limitações mundanas. Elas são limitações apenas se você acreditar nelas, se você permitir que elas tenham poder sobre você. Você é espírito, luz e energia. É nisso que reside o seu verdadeiro poder. Você está acima de tudo isso. Você está se permitindo ser contida por limitações físicas. Seu problema não é um problema de força, e sim de confiança e fé. Falta-lhe confiança em si mesma. Qual a força da sua fé?”

      Enquanto Alistair continua ali ajoelhada, tremendo de olhos fechados, a pergunta de sua mãe ressoa em sua mente.

      Qual a força da sua fé?”

      Alistair deixa de resistir, se esquece de suas amarras e se entrega nas mãos de sua fé. Ela começa a abrir mão de sua confiança nas restrições físicas daquele mundo, e passa a ter fé no poder supremo – no poder supremo que rege todas as coisas que existem no mundo. Um poder havia criado aquele mundo, e ela sabe disso. Um poder havia criado tudo aquilo, e é com esse poder que ela deve se alinhar.

      Ao fazer isso, dentro de uma fração de segundo, Alistair sente um calor repentino atravessar todo o seu corpo. Ela se sente pegando fogo – maior do que tudo ao seu redor. Alistair sente chamas emanando das palmas de suas mãos, sente sua mente zumbindo e um grande calor surgindo em sua testa, entre seus olhos. Ela se sente mais forte do que todos à sua volta, mais forte do que suas amarras e mais forte do que qualquer coisa material.

      Alistair abre os olhos, e à medida que o tempo volta a passar na velocidade normal, ela olha pra frente e vê Bowyer baixando o machado com uma careta no rosto.

      Com um único movimento, Alistair se vira e ergue um braço, e desta vez suas amarras se partem como se fossem gravetos. Com o mesmo gesto, na velocidade de um raio, ela se levanta e ergue uma mão na direção de Bowyer, e quando ele abaixa seu machado a coisa mais surpreendente acontece: o machado se dissolve. Ele se transforma em cinzas e pó e cai em uma pilha aos pés dela.

      Bowyer golpeia sem nada nas mãos e cai de joelhos no chão.

      Alistair se vira e seus olhos são atraídos para uma espada na cintura de um soldado do lado oposto da clareira. Ela estica o outro braço, e com a palma da mão estendida ordena que a espada venha até ela; ao fazer isso, a espada sai da bainha do soldado e atravessa o ar, indo direto para a mão dela.

      Com um movimento rápido, Alistair pega a espada na mão, gira o corpo e a ergue no alto, dando um golpe certeiro na parte de trás do pescoço exposto de Bowyer.

      A multidão fica chocada ao ouvir o som de metal cortando o pescoço dele – e ao ver Bowyer, decapitado, cair no chão sem vida.

      Ele fica no caído ali, morto, no exato local onde momentos antes ele pretendia matar Alistair.

      Um grito irrompe no meio da multidão, e Alistair vê Dauphine se soltar das mãos do soldado, arrancar uma adaga de sua cintura e cortar o seu pescoço. Com o mesmo movimento, ela dá uma volta e corta as cordas de Strom. Strom imediatamente estica o braço e agarra uma espada na cintura de um dos soldados, e então gira o corpo e mata três dos homens de Bowyer antes que eles tenham tempo de reagir.

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