Название: Se Ela Visse
Автор: Блейк Пирс
Издательство: Lukeman Literary Management Ltd
Жанр: Современные детективы
Серия: Um Enigma Kate Wise
isbn: 9781094303390
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A rapidez de tudo pegou Kate levemente desprevenida. Mesmo que o último caso que ela havia pegado parecesse ter surgido do nada, pelo menos tinha algum tipo de estrutura estável. Mas fazia um bom tempo desde que recebera um caso. Foi assustador, mas ela também estava muito animada, animada o suficiente para ser capaz de colocar momentaneamente de lado a raiva que Melissa tinha sentido por ela.
Ainda assim, enquanto arrumava a mala esperando DeMarco chegar, um pensamento pungente a perfurou. E aí está ─ sua capacidade de empurrar tudo para o lado em prol do trabalho ─ e que já causou tantos problemas entre vocês duas.
Mas esse pensamento também foi facilmente empurrado para o lado.
CAPÍTULO TRÊS
Uma das muitas coisas que Kate aprendeu sobre DeMarco durante o último caso foi que ela era pontual. Era uma característica da qual ela se lembrou quando ouviu uma batida na porta às 12:10.
Não me lembro da última vez que recebi uma visita tão tarde, pensou ela. Faculdade, talvez?
Ela caminhou até a porta carregando sua única mala consigo. No entanto, quando atendeu a porta, viu que DeMarco não tinha a intenção de sair correndo para a cena do crime.
–Correndo o risco de parecer rude, eu realmente preciso usar seu banheiro, disse Demarco. Beber duas Cocas para ficar acordada para a viagem foi uma má ideia.
Kate sorriu e deu um passo para o lado para deixar DeMarco entrar. Dada a velocidade e a urgência que Duran incutiu nela durante seus telefonemas, a brusquidão de DeMarco era o tipo de alívio cômico não intencional que ela precisava. Também fez com que se sentisse à vontade para saber que, mesmo depois de quase dois meses de intervalo, ela e DeMarco estavam retomando o mesmo nível de intimidade que haviam compartilhado antes de se separarem depois do último caso.
DeMarco saiu do banheiro alguns minutos depois com um sorriso envergonhado no rosto.
–E bom dia para você, disse Kate. Talvez fosse por causa da ingestão de cafeína, mas DeMarco não parecia abatida, aparentemente, nem perturbada pela hora.
DeMarco olhou para o relógio e concordou.
–Sim, suponho que seja de manhã.
–Quando você recebeu a ligação? Kate perguntou.
–Por volta das oito ou nove, eu acho. Eu teria saído mais cedo, mas Duran queria ter cem por cento de certeza de que você estaria a bordo.
–Desculpe-me por isso, disse Kate. Eu estava cuidando da minha neta pela primeira vez.
–Ah não. Wise… Que merda. Desculpe-me por estragar tudo.
Kate deu de ombros e acenou para longe. Vai ficar tudo bem. Você está pronta para ir?
–Sim. Eu fiz algumas chamadas no caminho enquanto o caso estava sendo gerenciado pelos caras em DC. Estamos programadas para nos encontrar com um dos caras da polícia do estado da Virgínia às quatro e meia na residência dos Nash.
–A residência dos Nash? Kate perguntou.
–O casal mais recente a ser assassinado.
Elas desceram juntas em direção à porta da frente. Quando saíram, Kate desligou a luz da sala e pegou sua bolsa. Estava animada com o que poderia estar à frente, mas também se sentiu como se estivesse irracionalmente deixando sua casa. Afinal, apenas algumas horas atrás, sua neta de dois meses estava cochilando na cama. E agora, aqui estava ela, prestes a dirigir diretamente para uma cena de assassinato.
Ela viu o sedan do FBI estacionado em frente à sua casa, bem ao lado do meio-fio. Parecia surreal, mas também convidativo.
–Você quer dirigir? DeMarco perguntou.
–Claro, disse Kate, imaginando se a Agente mais jovem estava oferecendo o papel como uma demonstração de respeito ou porque ela simplesmente queria uma pausa na direção.
Kate ficou ao volante enquanto DeMarco puxava as direções do local do assassinato mais recente. Foi na cidade de Whip Springs, na Virgínia, uma pequena cidade encrustada na base das Montanhas Blue Ridge, nos arredores de Roanoke. Elas gastaram apenas um pouco de tempo com conversa fiada ─ Kate atualizou DeMarco sobre como se sentia como avó, enquanto DeMarco permaneceu em silêncio, mencionando apenas outro relacionamento fracassado depois que sua namorada a deixou. Isso foi uma surpresa, já que Kate não achava que DeMarco fosse gay. Isso mostrou que ela realmente precisava de mais tempo para conhecer a mulher que era mais ou menos a sua parceira. Pontualidade, ela tinha percebido. Homossexualidade, ela havia deixado passar. Que diabos isso dizia sobre ela como parceira?
À medida que a cena do crime se aproximava, DeMarco leu os relatórios referentes ao caso que Duran lhes enviara. Enquanto os lia, Kate continuava procurando quaisquer vestígios do sol rompendo o horizonte, mas não viu qualquer sinal.
–Dois casais mais velhos, disse Demarco. Desculpe… Um em seus 50 anos… Então, sem ofensas.
–Tranquilo, Kate disse, sem ter certeza se havia sido uma estranha tentativa de piada por parte de DeMarco.
–À primeira vista, eles parecem não ter nada em comum, além da localização. A primeira cena foi no coração de Roanoke e a mais recente não foi a mais de cinquenta quilômetros de distância, em Whip Springs. Parece não haver sinais de que o marido ou a esposa fossem os alvos anteriormente. Cada um dos assassinatos foi horrível e exagerado, indicando que o assassino gosta disso.
–E isso normalmente aponta que essa pessoa sente que foi prejudicada pelas vítimas em alguns casos, destacou Kate. É isso ou algum distorcido desejo psicológico por violência e derramamento de sangue.
–As vítimas mais recentes, os Nash, estavam casados há vinte e quatro anos. Eles têm dois filhos, um que mora em San Diego e outra que atualmente frequenta a UVA. Foi ela quem descobriu os corpos quando chegou na casa ontem.
–E o outro casal? Kate perguntou. Eles têm filhos?
–Não, de acordo com os relatórios.
Kate refletiu sobre tudo isso e, por razões que não conseguia entender, se viu pensando na garotinha que passara na rua no começo do dia.
O flashback que a menininha havia despertado em sua mente. Quando chegaram à casa dos Nash, o horizonte finalmente havia começado a captar um pouco da luz do sol nascente, mas ainda ausente. Espiou pela linha das árvores que cercava a maior parte do quintal dos Nash. Sob essa luz, podiam ver um único carro estacionado em frente à casa. Um homem estava encostado no capô, fumando um cigarro e segurando uma xícara de café.
–Vocês são Wise e DeMarco? Perguntou o homem.
–Somos nós, Kate disse, dando um passo à frente e mostrando sua identidade. Quem é você?
–Palmetto, com a DP do estado da Virgínia. Forense. Recebi a ligação há algumas horas dizendo que vocês aceitariam o caso. Imaginei que eu poderia vir para entregar o que tenho. O que, a propósito, não é muito.
Palmetto deu uma última СКАЧАТЬ