Название: Counseling Alimentar. Como Motivar As Pessoas A Modificar Os Hábitos Alimentares
Автор: Roberta Graziano
Издательство: Tektime S.r.l.s.
Жанр: Прочая образовательная литература
isbn: 9788885356207
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Tudo isso se verifica apesar de que nos últimos anos à dietética tradicional se uniram novos métodos que se tornam mais simples e utilizáveis e assim, de maior conformidade com a dieta como, por exemplo, dando uma ideia das porções recomendadas com uma olhada sem usar as gramas. Esta escolha se baseia nas evidências surgidas de alguns estudos, que indicando o emprego de modelos visuais além das explicações verbais facilita a conformidade das indicações dietoterapêuticas.
Mas por que as dietas falham? No relatório Obesity Day 2004 dos mais de 6000 questionários preenchidos resultou que 66% dos entrevistados realizaram uma dieta pelo menos uma vez na vida e destes 55% recuperaram todo o peso perdido no curso dos anos e 32% o recuperou em parte.
Também na idade pediátrica, a conformidade com a dieta parece um tanto quanto problemática. Um estudo multicêntrico conduzido na Itália com 1383 crianças de 10 anos, acompanhados por 11 ambulatórios pediátricos por excesso ponderal, evidenciou já depois da primeira visita 32% de abandono que aumentou até mesmo 64%, se fossem considerados só os obesos excluindo aqueles com sobrepeso. Há dois anos o abandono representava 92%.
Foi perguntado aos pacientes que participaram da pesquisa o motivo do insucesso da dieta e as motivações que os levaram a isso, elas estão ilustradas no gráfico na Figura 1. Foram vistos limites devidos à própria dieta, como ter que consumir alimentos diferentes em relação aos outros componentes da família, ter que pesar os alimentos crus, antes de cozinhar, as preparações pouco saborosas, mas pode-se notar também um percentual "de outro motivo" bastante forte, onde provavelmente a esfera dos consumos alimentares cruza com aquela das emoções.
Entre os fatores que impedem com mais frequência o sucesso de uma dieta, temos também:
• O nível sócio-econômico: existe uma relação entre hábitos alimentares incorretos e o baixo grau de escolaridade; por outro lado, basta ver o número de imigrantes que chegam à Itália e que se tornam obesos porque mudam de estilo de vida em relação ao País de origem, melhoram a situação econômica e a disponibilidade de alimentos de alta densidade energética;
• As informações incorretas e os prejuízos na alimentação, não só aqueles provenientes de fontes como a televisão, os familiares, os amigos (“A minha amiga emagreceu quando parou de comer pão e massa”), Internet, mas também informações superficiais ou incompletas de outros operadores da saúde. Informações incorretas, geralmente, induzem também a expectativas não realizáveis;
• Situações ambientais e familiares: ter pouco tempo para a pausa de almoço, fazer turnos, voltar tarde da escola, ter que preparar refeições para muitas pessoas, ter muitas ocasiões sociais;
• Fatores emotivos e estado de humor: são, como é sabido, de importância primária, considerando que se referem porém à pessoa na esfera mais interior e às vezes são assim determinantes a tornar necessário o suporte de outros profissionais, capaz de trabalhar em equipe com aqueles presentes no ambulatório de nutrição.
Por este motivo, as técnicas adotadas para favorecer a melhoria dos hábitos alimentares devem ser concentradas na responsabilização do paciente, a quem devem ser fornecidos instrumentos para fazer as escolhas responsáveis em relação ao alimento.
Estas abordagens compreendem intervenções como diálogo motivacional, utilização do counseling nutricional e das técnicas cognitivo-comportamentais além de ação educativa destinada a melhorar os conhecimentos relativos à composição dos alimentos, suas funções, utilização e associação.
As ações promovidas devem ir além da simples informação, educação, promoção e abordagem prescritiva. Mas a pessoa deve ficar no centro das ações, com as suas necessidades e as suas exigências, deve escolher conscientemente os próprios hábitos de vida e deve ser motivada à mudança tanto na escolha inicial quanto nas fases sucessivas do percurso.
Uma abordagem que inclui uma intervenção sobre a motivação para a mudança parece assim ser mais adequada para obter mudanças nos estilos de vida individuais e a manter comportamentos ligados à saúde no tempo.
Counseling nutricional
Counseling deriva do latim consulo-ĕre, "consolar", "confortar", "vir em ajuda“, cum, "com", "junto", solĕre, "levantar", "elevar", tanto como ato, quanto como "ajuda para levantar-se”, assim se pode traduzir como “Relação na qual a pessoa é assistida nas próprias dificuldades sem renunciar à liberdade de escolha e à própria responsabilidade”.
O counseling é uma intervenção de sustentação de indivíduos ou grupos que precisam de ajuda para resolver um problema ou uma situação desfavorecida.
O objetivo do counseling é acompanhar na descoberta da potencialidade e recursos pessoais, para favorecer uma mudança autodeterminada e responsável.
O counseling nutricional é uma abordagem inovadora no campo nutricional, que desfruta das competências do counseling para educar as pessoas a uma alimentação correta. Nasce também em alternativa à dietoterapia prescritiva, cujo limite principal é dado pela dificuldade de conservar no tempo os resultados alcançados com a dieta.
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