Guerreiro Místico. Brenda Trim
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Название: Guerreiro Místico

Автор: Brenda Trim

Издательство: Tektime S.r.l.s.

Жанр: Современная зарубежная литература

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isbn: 9788835428930

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СКАЧАТЬ aninhou-se mais para perto do peito quente dele, deliciando-se quando ele reagiu, agarrando-a com mais força. Estava certa em não querer ficar sozinha com ele. Estar tão perto dele confundia os pensamentos, o que não a ajudava a resolver o seu dilema.

      Amava John, mas desejava Jace, e não via uma solução rápida e fácil para tais sentimentos. Em vez disso, forçou os pensamentos para um assunto mais fácil.

      — O que há de errado com Jessie? O que ele fez com ela?

      — Primeiro, diga-me o que aconteceu – respondeu Jace, enquanto continuava andando e carregando-a.

      Ela olhou em volta enquanto pensava na melhor forma de resumir o que acabara de passar. Era incompreensível pensar que, com alguns passos, eles haviam pulado um Estado inteiro e ido de San Francisco a Seattle por meio de um portal mágico.

      Cailyn ainda estava tentando entender tudo o que acontecia no Reino de Tehrex, que ela só havia conhecido alguns meses antes. Devido às próprias habilidades especiais, não foi difícil para ela acreditar que havia mais no reino, mas aquilo era algo completamente diferente.

      O silêncio na sala era desconfortável e ela percebeu que um grande grupo de pessoas esperava sua resposta. Estava surpresa que alguns dos Guerreiros das Trevas de San Francisco tivessem ido a Zeum com eles e a olhassem com expectativa.

      Ela se concentrou nos eventos da noite.

      — Estávamos voltando do aeroporto e um utilitário cheio de escaramuças nos tirou da rodovia. Assim que nos isolaram, Azazel e Aquiel apareceram no meio da estrada. As escaramuças no carro me atingiram na lateral e perdi o controle do carro. Rolamos várias vezes antes de eu bater em uma árvore. Foi a coisa mais assustadora pela qual já passei – explicou Cailyn.

      A memória fez as palmas de suas mãos suarem. Ela olhou para a amiga para se assegurar de que Jessie estava viva. Pequenos tremores sacudiam o corpo de Jessie, e Cailyn não achava que a amiga estava consciente do que acontecia ao seu redor, apesar de estar com os olhos bem abertos.

      — Antes que pudéssemos sair do carro, a fada me agarrou e o demônio agarrou Jessie. – Cailyn lutou contra as emoções e piscou antes de continuar. – Ele a mordeu depois que ouviram vocês vindo nos salvar. Ele disse algo sobre ela ser uma de suas escaramuças, a mais bonita ou algo parecido. Tentei lutar e ajudá-la, mas a fada falou algumas palavras em uma língua estranha e não pude me mover. Não muito depois disso, eles desapareceram – concluiu Cailyn.

      — O que exatamente a fada disse? – perguntou Jace, com a tensão envolvendo cada palavra dita.

      A severidade em seu tom a surpreendeu. Ela presumiu que a raiva dele era dirigida à fada e ao demônio, não a ela. De qualquer maneira, parecia que ele poderia rasgar algo em pedaços.

      — Não faço ideia. Não consegui entender o idioma. Pelo que sei, poderia ter sido chinês. Não importa o que falou agora. Quero saber o que está acontecendo com Jessie. Diga-me que ela vai ficar bem – implorou Cailyn.

      — Preciso saber o que a fada falou. Fadas são capazes de lançar encantamentos que nenhum dos feiticeiros no reino sabe como contra-atacar – respondeu Jace, apertando-a mais contra si. – Quanto a Jessie, acredito que ela pode estar se transformando em uma escaramuça. E isso significa que estará sob a influência do arquidemônio que a transformou.

      — Que maldita confusão – praguejou Zander. – Kadir e Azazel são ousados, mas não muito espertos, se acham que permitiremos rédeas soltas a esta escaramuça em nosso complexo. – Cailyn não gostou do que Zander dizia.

      — Devemos dar um jeito nela agora, antes que seja um risco – acrescentou Gerrick.

      Um pavor gelado percorreu a espinha de Cailyn.

      — Ninguém vai dar um jeito em Jessie, a menos que seja para curá-la e fazê-la melhorar – disse, indignada com o que estavam insinuando.

      Como podiam ser tão insensíveis ao falar sobre matar a sua amiga? Cailyn estava determinada a impedir que qualquer outra coisa acontecesse a Jessie. A amiga já havia passado por coisas demais por causa de Cailyn e pela conexão que esta possuía com aquelas criaturas. Cailyn se recusava a deixá-la passar por mais dor por sua causa. Ela se remexeu, tentando se aproximar de Jessie, mas Jace se recusou a deixá-la ir.

      — Pare com isso. Cailyn, não temos ideia do que enfrentaremos quando ela acordar. Normalmente, as escaramuças são consumidas pela sede de sangue e matam quando se alimentam. Elas se alimentam de humanos e agora você é a única humana neste complexo – falou Jace, mantendo o olhar fixo nela.

      A empatia e a tristeza refletidas nele apenas a irritaram mais. Ele já havia concluído que sua amiga também era um risco. Estava claro que ele concordava com a decisão de confiná-la e depois matá-la.

      — Não posso acreditar que alguma vez pensei que vocês eram melhores do que a escória da humanidade. Nada disso é culpa de Jessie. Foram seus inimigos que fizeram isso, mas nenhum de vocês está disposto a lutar pela vida dela. Vocês estão tirando uma conclusão precipitada sobre a condição dela. Bem, eu me recuso a acreditar que não há esperança e não vou permitir que algo aconteça com ela – declarou Cailyn, desejando poder ficar de pé sozinha para assumir uma posição melhor. Doía ainda mais o fato de estar ferida e sem condições de defender melhor Jessie.

      Zander colocou a mão gentilmente em seu ombro.

      — Acalme-se, puithar. Ninguém vai machucá-la, mas tenho que dizer que, em todas as décadas de pesquisa, nossos cientistas não foram capazes de encontrar uma maneira de lidar com o veneno de escaramuça, muito menos reverter os efeitos de uma mordida de arquidemônio – explicou Zander.

      A compaixão nos olhos dele disse a Cailyn que ele acreditava que Jessie precisaria ser morta. Não ia acontecer.

      — Mas nós nunca vimos uma mulher transformar-se antes, também – acrescentou Jace. – Talvez o processo seja diferente com as mulheres. Olhe para o pescoço dela. A mordida tem tons de azul nas bordas, em vez de preto. O sangue dela ainda está vermelho e, pelo breve exame que fiz, suas ondas cerebrais estão ativas e normais, se não intensificadas. Agora, não fiz um exame completo, mas todas as indicações mostram que ela não está se transformando no mesmo padrão de uma escaramuça masculina, pelo menos não fisicamente – informou ele ao grupo, e o coração de Cailyn disparou. Talvez houvesse esperança, afinal.

      Jace se virou para ficar de frente para Bhric e Jessie. Cailyn estendeu a mão e agarrou a mão mole de Jessie, odiando a forma como as contrações dela estavam mais pronunciadas.

      Jace mudou Cailyn de posição nos braços e passou a mão pelo braço dela. Cailyn estremeceu, mas não com a dor pelo movimento que ele fez. Uma excitação intensa percorreu seu corpo com aquele leve toque. Ele instruiu Bhric a abrir a mandíbula de Jessie para que ele pudesse examinar os dentes.

      — Os incisivos delas estão soltos, então acredito que vão crescer presas. A questão é: o que enfrentaremos quando a transição dela estiver concluída? – perguntou Jace.

      Cailyn se recusava a acreditar que Jessie se transformava em um assecla demoníaco irracional.

      — Não pode ser tarde demais para reverter a transição. Ela não está ciente do seu reino, ou de que os sobrenaturais sequer existem. E agora vai ter presas? Vai ter que beber sangue, pelo amor de Deus! – exclamou Cailyn, temerosa pelo que Jessie poderia enfrentar.

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