Chantagem com a noiva. Kim Lawrence
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Название: Chantagem com a noiva

Автор: Kim Lawrence

Издательство: Bookwire

Жанр: Языкознание

Серия: Sabrina

isbn: 9788413485492

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СКАЧАТЬ mais elevado.

      Serge negou com a cabeça.

      – Bem, isso já é bom.

      Quando soube que um dos empregados daquele hotel vendia droga aos hóspedes, Javier, que não quis arriscar-se a comprometer nenhum dos outros empregados, preferiu pedir ajudar a alguém em cuja integridade confiava plenamente.

      – No entanto, não chamaste a polícia, pois não?

      – Pediste-me para esperar. O que é que vais fazer, Javier?

      A expressão deste era rude e severa. Serge sabia que Javier não simpatizava com o uso de drogas como passatempo, e muito menos com os traficantes, já que a irmã mais nova quase tinha perdido a vida por causa da toxicodependência.

      – Vamos visitar o Luís.

      – Não pode ser assim tão mau, não te parece? – indagou Kate Anderson, antes da irmã lhe entregar as fotografias sem dizer uma palavra.

      Porém, ao observar as fotografias, ligeiramente desfocadas, procurou disfarçar a comoção que a invadiu. Rapidamente se apercebeu de que não se tratavam de umas simples fotografias de uma rapariga na praia, sem soutien. Mesmo essas, os seus pais, conservadores como eram, tê-las-iam reprovado de imediato.

      – Pode ser uma pessoa qualquer, não achas? – perguntou, hesitante, entregando-as à irmã.

      Kate tentava desesperadamente amenizar a situação. Irritada, Susie rasgou-as e atirou-as para o chão. Contudo, ambas sabiam que aquele gesto era inútil enquanto os negativos não estivessem em seu poder.

      – Não é uma pessoa qualquer, sou eu! Tens de me ajudar, Kate! Tens de fazer alguma coisa! – exclamou Susie, certa de que a irmã seria capaz de lhe resolver o problema. Afinal, há vinte anos que o fazia com êxito. – Não podes deixar que o papá e a mamã saibam… eu morreria…

      Era muito provável que isso viesse a suceder, caso os pais decidissem retirar-lhe a generosa mesada.

      – O que seria… muito desagradável – admitiu Kate, imaginando a cara dos pais se vissem as fotografias da filha mais nova seminua. Nem queria pensar no que poderia acontecer se caíssem nas mãos da imprensa. Recordou-se, então, de vários jornais sensacionalistas que iriam adorar publicar fotografias comprometedoras da filha do juiz de um supremo tribunal.

      – E se ele as envia para o Chris?! Meu Deus do céu, estou perdida! Ele jamais acreditaria que nunca fui para a cama com o Luís.

      – E não foste?

      – Estás a ver? Até tu acreditas nisso! O Luís não passou de uma diversão; íamos juntos às discotecas, era simpático comigo… Kate, não acreditas em mim – acusou-a, abruptamente. – Podes dizer a verdade…

      – Eu acredito em ti, Susie. Agora, cala-te. Deixa-me pensar – pediu Kate, concentrando-se no problema.

      A ruga entre as densas sobrancelhas que, tal como as pestanas, eram bastante escuras, contrastando com o cabelo louro que as duas irmãs tinham herdado da mãe, ficou ainda mais vincada.

      Ao contrário da irmã, a boca de Kate era demasiado grande e o nariz comprido e fino; traços que nunca tinham atraído homem algum. Os olhos cor de amêndoa, sem dúvida o melhor do seu rosto, infelizmente escondiam-se por detrás de uns óculos redondos com aros de metal.

      Com ou sem óculos, a primeira impressão que se tinha de Kate Anderson era a de uma mulher jovem, com uma inteligência sagaz e perspicaz, e com inesgotáveis reservas de energia.

      «A Susie é parecida comigo; a Kate é a mais ajuizada». Kate não se recordava do número de vezes que ouvira a mãe proferir aquelas palavras, defendendo, perante as pessoas, aquilo que parecia considerar como deficiências. «O que tem a menos na aparência tem de sobra em personalidade», afirmava o seu pai, mais benevolente.

      Já tinha aprendido a conviver com aquelas definições. A sua sensatez proporcionava-lhe um estilo de vida que apreciava, ainda que ocasionalmente. Ao ver a reacção dos homens quando a irmã entrava numa sala, desejava não fazer parte do grupo de mulheres que desejavam adquirir alguns dos seus atributos, como o sex-appeal.

      Kate sentou-se na cadeira de vime, colocou os pés em cima desta e abraçou-se às pernas, apoiando o queixo nos joelhos. Descontrolada, foi incapaz de conter a raiva.

      – Afinal, por que razão é que te envolveste com esse fulano? Supostamente tens um compromisso com o Chris. A vossa relação está a correr bem ou resolveste reconsiderar a tua decisão?

      – Kate, não comeces outra vez com essa ideia de que sou nova de mais para casar! – explodiu Susie. – Não sou como tu. Não pretendo enveredar por uma carreira profissional, e o facto de estar comprometida não impede que me divirta de vez em quando – argumentou, fazendo um movimento brusco com a cabeça.

      Essa atitude não impressionou Kate. Sabia que a irmã era voluntariosa, mas não era tão insensível como queria aparentar.

      – Diversão! Não podias ter-te limitado a jogar voleibol na praia?

      – Se tivesses vindo na semana passada como disseste, não me teria aborrecido tanto – retorquiu com um sorriso forçado.

      Susie tinha de arranjar uma maneira de a responsabilizar pelo sucedido; já era habitual.

      – Eu tinha de trabalhar, sabes muito bem disso.

      – Trabalhar?! – suspirou com enfado. – Só pensas nisso. Não me admira nada que o Seb te tenha deixado. Desculpa, foi um comentário infeliz – acrescentou, visivelmente arrependida. – A verdade é que antes do Luís aparecer as férias estavam a ser um verdadeiro inferno. O pai e a mãe faziam questão que eu os acompanhasse; todos os dias íamos visitar igrejas horríveis e coisas desse género. Sempre achei que umas férias em família nesta idade seriam dramáticas.

      – Pensei que tinhas mudado de opinião quando soubeste que era o pai que as ia pagar – Kate não conseguiu evitar o comentário.

      – E agradeço a Deus por não termos feito as reservas naquele hotel horroroso nas montanhas para onde querias ir. A única coisa que se podia fazer por lá era contemplar a erva a crescer.

      – E também não havia um Luís.

      – Muito sinceramente, Katie, em relação às fotografias… Julgo que ele deitou alguma coisa na minha bebida quando estávamos na piscina. Recordo-me apenas de ter chegado ao meu quarto. Sentia-me tonta e só tinha bebido um copo de vinho branco…

      – Que estupidez! Deveríamos chamar a polícia! – exclamou Kate, enojada.

      – Deixa-te de parvoíces, Kate! – replicou Susie, enfurecida. – Normalmente sou muito cuidadosa com essas coisas. Nunca deixo o meu copo na mesa; levo-o sempre comigo. E naturalmente nunca aceito bebidas de homens que não conheço…

      – Naturalmente – repetiu Kate num murmúrio.

      Nunca lhe passara pela cabeça ser tão cuidadosa como a irmã, ainda que na verdade nunca tivesse saído com um estranho. Os seus pretendentes ou eram amigos dos seus amigos, ou eram colegas de trabalho.

      – O que mais СКАЧАТЬ