Название: Não Desafie O Coração
Автор: Amy Blankenship
Издательство: Tektime S.r.l.s.
Жанр: Современная зарубежная литература
isbn: 9788835410362
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O outro era Toya que gritava com ela por pequenas coisas e tentava sempre controlar cada movimento que ela fazia. Ainda assim, às vezes ele podia ser tão doce. Ambos podiam. Ela encostou-se no travesseiro e suspirou. Era estranho como ela pensava apenas em Toya antes que ela fosse dormir, mas por um tempo agora, os pensamentos estavam mudando lentamente para Shinbe.
Shinbe … Ela adormeceu e sonhou com ele mais uma vez.
Shinbe acordou no meio da noite coberto de suor, outro sonho. Ele choramingou ao levantar-se. Por que ele tinha que ficar a pensar nela? Ela estava a levá-lo além do limite.
Ele olhou em volta, certificando-se de que Suki e Kamui ainda dormiam. Deslizando pela sala como um fantasma, ele saiu da cabana e respirou fundo olhando para o céu. Foi quando ele percebeu que Toya olhava para ele dos galhos mais baixos da árvore em frente à cabana.
– O quê? – disse Shinbe que não queria outro confronto agora, mas o jeito que Toya estava a olhar para ele era apenas irritante.
Toya cheirou o ar e rosnou, sentindo a excitação de Shinbe.
– O que estás a fazer, guardião?
Shinbe inclinou a cabeça e colocou os dedos contra a têmpora, como se estivesse a receber uma dor de cabeça, embora isso fosse impossível para um imortal.
– Vou dar um passeio à meia-noite, não que seja uma preocupação sua.
Toya rosnou novamente, pulando do seu poleiro acima da cabana de Sennin. Ele andava atrás de Shinbe como se estivesse a perseguir a sua presa.
– Tenho certeza que sim. – disse Toya e continuou a andar à volta dele.
Shinbe observou-o pelo canto do olho, uma expressão entediada no rosto, mas mentalmente pronto para Toya atacar.
– Eu não sei o que estás a sugerir, Toya. Mas, na verdade, não preciso que segures a minha mão.
Toya parou de andar à volta dele de forma intimidadora e apareceu diretamente na frente de Shinbe tão rápido que causou uma brisa.
– Fica longe de Kyoko, ouviste? Se eu pensar por um minuto, que tocaste nela … – puxou o braço para o lado e deixou um dos punhais gémeos aparecer na palma da mão.
Ele estreitou o olhar para o outro guardião.
– Não pensarei duas vezes em matar-te, irmão ou não.
Shinbe não suportava a mão pesada de Toya.
– Sim, eu entendo. Agora, se não te importas…
Toya desviou-se para o lado, deixando Shinbe passar.
– Não confio nesse guardião. – pensou Toya.
Shinbe entrou na floresta. Ele não se importava para onde estava a ir. Ele só queria estar o mais longe quanto possível dos olhos conhecedores de Toya. Sim, ele sabia que Toya o mataria quando ele descobrisse o que ele fez, mas pelo menos ele morreria um homem feliz. Ele suspirou olhando para a noite cheia de estrelas.
– Ah, Kyoko. Por que tiveste que ir? Maldito Toya.
Ele gesticulou com o seu bastão e rosnou.
– Maldito.
Shinbe continuou a andar sem a intenção de chegar perto do santuário, mas foi onde ele acabou por chegar de qualquer maneira. Ele ficou na beira da clareira, sabendo que não deveria estar lá. Toya provavelmente estava a segui-lo. Ele olhou em volta, consciente de todos os sinais do seu temperamento quente do irmão. Quando ele não o sentiu em lugar algum, ele caminhou lentamente em direção à estátua da donzela.
Ele ficou na frente da estátua, olhando para a imagem de Kyoko do passado, sonhando acordado, e nunca ouviu os passos que surgiram atrás dele.
– O que diabos você pensa que está a fazer aqui, guardião? – chamou Toya com um tom baixo de atrás. Ele assustou Shinbe tanto que perdeu o equilíbrio e quase caiu nos braços da donzela, se Toya não o tivesse agarrado pelo braço.
– Toya, realmente tens que parar de te intrometeres no espaço das pessoas assim. – disse Shinbe com um rosnado e ele apertou a mão de Toya.
– Eu disse para ficares longe de Kyoko. Eu não sei o que está a acontecer nessa tua cabeça, mas se eu tiver que lhe dar alguma orientação, eu irei fazer isso. – disse com os olhos de Toya a brilharem loucamente de raiva pelo pensamento do seu irmão, nutrindo sentimentos por Kyoko. Não nesta vida, não se ele tivesse alguma coisa a ver com isso.
Shinbe já se cansara das ameaças de Toya. Ele apenas estalou.
– Que diabos!
Ele mostrou de forma ameaçadora a sua lança a Toya, que saltou para trás do caminho.
– Tiveste um milhão de oportunidades com Kyoko, mas sempre escolheste fechar os olhos para isso. Agora queres dizer a ela com quem ela pode estar? Quem ela pode beijar?
Ele riu, mas parecia zangado.
– Isso não vai acontecer, Toya. Vais perder.
Shinbe balançou a cabeça e firmou o cajado, pronto para o tumulto que se aproximava. Ele sabia exatamente do que Toya era capaz, mas ele estava cansado de recuar.
Toya olhou para Shinbe em choque. Ele não conseguia se mexer. Ele sabia que não poderia usar o punhal gémeo … se o fizesse, ele mataria o seu irmão. Os seus olhos começaram a sangrar prata derretida enquanto dizia ao irmão:
– O que disseste? Estás a dizer que 'tu' queres Kyoko?
Toya rosnou quando acrescentou:
– Não passas de um guardião lascivo. Kyoko nunca ficaria contigo!
Ele atirou-se a Shinbe.
Shinbe esquivou-se do balanço de Toya e manteve-se firme:
– Achas que ela ainda te quer quando tudo o que fazes é tentar controlá-la e agir como se não desse a mínima para os sentimentos dela?
Evitou outro golpe de Toya e riu. A sua voz escureceu:
– Ou eu toquei num nervo?
Toya ficou a olhar para Shinbe. Por que ele não tirou os punhais gémeos, ele não sabia. Mas ele queria derramar o sangue de Shinbe, desesperadamente. Ele não precisava de lâminas para fazer isso.
– Não tens o direito de falar sobre o que eu faço. – disse com um tom de Toya que era mortal quando ele abaixou a cabeça, a franja sombreando a tonalidade vermelha que se arrastava com a prata que já havia tomado conta das suas íris.
Shinbe levantou uma sobrancelha para Toya.
– Ah, então eu atingi um nervo. Que interessante. O guardião de prata tem sentimentos … Ele ama a sua sacerdotisa. Mas não tens o direito de dizer à Kyoko quem ela pode beijar. Afinal, como ela disse, ela não tem namorado. Então, como eu vejo, СКАЧАТЬ