Название: Sangue Contaminado (Laços De Sangue Livro 7)
Автор: Amy Blankenship
Издательство: Tektime S.r.l.s.
Жанр: Ужасы и Мистика
isbn: 9788835401278
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“Esta porcaria é inútil… o maldito GPS está avariado ou assim.” Rosnou e tentou tirar o anel. Puxou durante um instante, mas decidiu parar quando sentiu a articulação do dedo estalar. Fitou de novo o anel durante algum tempo e inclinou a cabeça. Talvez fosse bom o anel não sair, porque se saísse… era provável que o atirasse aos malditos Skitters.
“Como posso proteger a Tiara se não faço a menor ideia de onde raio possa estar?”, protestou para o anel. “Esta não é uma boa altura para dormir uma sesta, por amor de Deus.”
“Posso ver isso?”, pediu Angelica, estendendo a mão de forma a que Jason pudesse pousar a sua mão na dela. Reconheceu o anel das memórias que Zachary partilhara com ela e estava curiosa quanto ao poder que continha.
Jason não conseguia evitar observar Angelica com os olhos esbugalhados. Ela embalava a sua mão suavemente e examinava o anel com um olhar minucioso. A suavidade da pele dela na sua era muito reconfortante… embora se tenha encolhido quando Syn decidiu que aquele era um momento propício para se rir.
Olhou para cima e viu Syn pelo canto do olho. Aquele riso tinha soado demasiado sinistro. A escaramuça com Kane na noite anterior tinha-o assustado, mas este tipo… provavelmente era ele quem o Diabo procurava debaixo da cama ou no roupeiro, antes de ir dormir.
Syn observou pacientemente enquanto Angelica mantinha a palma da outra mão sobre o anel. Vê-la morder o lábio era a sua perdição. Alcançando-a, pousou a mão sobre a dela e entrelaçaram os dedos lentamente. Aproximando a sua cabeça da de Angelica, roçou o rosto no cabelo suave dela, ao mesmo tempo que a rodeava com a outra mão e a abraçava delicadamente.
Angelica piscou subitamente ao sentir aquilo de que estivera à procura. “Isso é batota”, sussurrou, mas procurou rapidamente a aura do anel enquanto tinha acesso. Sentiu dois caminhos surgindo da direita… um deles era iluminado, o outro, sombrio. Por curiosidade mórbida, começou a seguir o caminho sombrio para ver onde ia dar.
“Basta”, disse Syn suavemente, e afastou-lhe a mão do poder do anel. “O anel não só está ligado à mente da rapariga, como também à mente do demónio. Temos de ter cuidado para não o invocar acidentalmente.”
Angelica engoliu e assentiu, sabendo que ele estava certo. Sentira-o, o poder do demónio dentro do anel. Deixou o cabelo cair para a frente para esconder os olhos, enquanto contemplava as suas mãos ainda unidas. Era íntimo e, ao mesmo tempo, sexual, um gesto de tal simplicidade que lhe deixou a mente num redemoinho.
“Ele ainda está vivo?”, Jason cerrou os dentes e manteve a mão afastada de si, imaginando um demónio a irromper de dentro da mão numa explosão. Se aquilo que Nile dissera sobre Deth era verdade, aquele era um demónio que ele não queria mesmo que saísse do anel como se fosse um Génio. “Como se precisasse de outra razão para querer livrar-me já desta coisa.”
“A rapariga está inconsciente”, informou-o Syn, mas estreitou os olhos, desagradado com a aura do anel. Sentira o demónio virar-se para olhar para si, mas quebrou a ligação antes de a imagem estabilizar. Se aquela criatura regressasse ao mundo, era impossível prever que trevas traria consigo.
“Inconsciente? Essa é mais uma razão para a encontrar”, disse Jason, esquecendo o medo que sentia do anel. “Quem sabe em que sarilhos pode estar metida? Com ela desaparecida e com Zachary derrotado…”
“Derrotado? Do que é que estás a falar?”, indagou Angelica bruscamente, ficando acirrada e soltando a mão da de Syn.
“Pensava que sabias.” Jason franziu a testa. “Pensava que todos na equipa já sabiam disso por esta altura.”
“Sabia do quê?” perguntou Angelica com frustração.
“O Zachary ficou doido quando aquele demónio fugiu com a Tiara e explodiu o ninho predominante de onde estas coisas todas estavam a vir. O demónio que estava a criá-las foi consumido pelas chamas, juntamente com o ninho. O Zachary desmaiou no meio do fogo logo após a explosão.”
Vendo o choque no rosto de Angelica, Jason continuou rapidamente: “Está tudo bem, o Ren tirou-o de lá e desapareceu… não o vimos desde então. O Storm provavelmente sabe para onde foram porque estava lá quando as coisas aconteceram.”
“E a Tiara foi raptada por um demónio?” Angelica sentiu o coração acelerar. Não era de admirar que Zachary tivesse ficado doido.
“Não exatamente”, esquivou-se Jason. “É difícil de explicar. A questão é que ela perdeu os sentidos quando estava a retirar-se com o outro demónio e, até que esta coisa comece a funcionar outra vez, não sei sequer se está bem, e muito menos por onde começar a procurar.” Bateu no anel com a outra mão, frustrado, tentando novamente pô-lo a funcionar.
Sem dizer mais nada, Angelica encaminhou-se para a entrada do cemitério, ao mesmo tempo que se repreendia pelo seu egoísmo. Estivera tão ocupada com Syn e com os monstros, que não estivera lá para dar cobertura a Zachary… a única vez que ele precisara dela.
A sua visão ficou turva pelas lágrimas e limpou-as com raiva, apenas para se deparar com uma parede chamada Syn. Os braços dele envolveram-na para a amparar, mas antes que pudesse conter-se, começou a debater-se contra ele. Bateu-lhe no peito com os punhos pequenos, sabendo que de nada serviria, mas o seu primeiro instinto era livrar-se do que quer que a impedisse de encontrar o seu melhor amigo.
“Larga-me”, sibilou Angelica, mais zangada consigo própria do que com Syn. Era por isto que não se queria aproximar de ninguém. Escolhera a amizade de Zachary porque ele era forte e não lhe daria razões para chorar. Se Zachary tinha perdido os sentidos no seu próprio fogo… então algo de muito errado se passava com ele.
Syn agarrou-lhe o pulso e puxou-a diretamente para si com um rosnado. “Vou mostrar-te outra coisa que podemos fazer juntos.” Colou os lábios aos dela, numa tentativa de aliviar a fome ciumenta que sentira crescer dentro de si.
Angelica estacou e arregalou os olhos no momento em que os lábios dele pousaram nos seus. Sentiu os joelhos a fraquejar quando Syn lhe chupou lentamente o lábio inferior. O movimento era tão lento e sexual que quase sentiu as coxas em chamas. A ânsia de retribuir o beijo dominou-a.
Antes que pudesse prosseguir com a urgência crescente, Syn terminou o beijo e Angelica viu-se novamente fitando os seus olhos escuros de ametista. No seu estado meio aturdido, demorou algum tempo até se aperceber de que existia agora uma parede atrás dele e que a brisa que antes soprava já não lhe acariciava a pele.
Syn esperou que a sua parceira saísse do estado de êxtase que acabara de lhe provocar, antes de lhe soltar o pulso. Não precisava de a beijar para conseguir realizar o teleporte, mas se ela pensasse que precisava… não ia corrigir o engano.
Angelica movimentou-se em volta, surpresa por se encontrar no escritório de Storm. Os seus olhos perscrutaram a divisão rapidamente, antes de se fixarem em Zachary. Zachary estava dentro de uma barreira transparente… deitado numa cama formada pelas próprias chamas, tal como Jason tinha descrito. Soltou um soluço fraco ao vê-lo naquele estado.
Aproximou-se da barreira com passos lentos. Nunca tinha visto chamas tão negras vindas dele e sabia que isso não podia ser um bom presságio.
“O que se passa?”, sussurrou, perguntando-se se Zachary conseguia ouvi-la.
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