Название: Ameaça Na Estrada
Автор: Блейк Пирс
Издательство: Lukeman Literary Management Ltd
Жанр: Зарубежные детективы
isbn: 9781094304595
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Crivaro olhou para Riley, um pouco mais simpático dessa vez, e disse:
- Olhe, se você quiser sair dessa história toda, eu vou entender. Quando chegarmos a Phoenix, você pode pegar o primeiro voo de volta, se quiser. Eu pago sua passagem. É isso o que você quer?
Riley assustou-se com a oferta, e não soube o que responder.
Eu devo aceitar? Perguntou-se.
Por um instante, a escolha parecia óbvia. Crivaro não tinha direito de arrastá-la pelo país para uma tarefa possivelmente inútil. E voltar para casa imediatamente seria uma boa maneira de fazer as pazes com Ryan—principalmente se ela tivesse mais um ou dois dias de folga antes de realmente começar a trabalhar em Quantico. Poderia ser exatamente o que ela e Ryan precisavam.
Mas então, Riley rapidamente lembrou-se da raiva na voz de Ryan quando ele a perguntara, pelo telefone...
“E o meu carro? Quanto tempo eu vou ter que ficar sem ele?”
Ela franziu a testa, irritada.
A porra do carro, pensou.
Estar longe do carro importava mais para Ryan do que ficar longe de Riley.
E aquilo a irritava demais.
De repente, Riley não sentiu-se mais querendo fazer as pazes com Ryan. E sobre a parceria com Crivaro...
Bom, pelo menos ele está interessado em me ajudar.
Além disso, Crivaro estava certo sobre algo. Eles com certeza fariam uma investigação, mesmo que fosse para descobrir que não havia nada para ser investigado. Poderia ser uma boa experiência, no fim. Ela poderia aprender algo.
Por fim, Riley disse:
- Tudo bem. Vou ficar com você.
Os olhos de Crivaro brilharam.
- Tem certeza? – ele perguntou.
Riley sorriu e respondeu:
- Eu te digo se mudar de ideia.
Crivaro retribuiu o sorriso.
- Bom, minha oferta está de pé, se você quiser ficar longe de mim. Pelo menos no que diz respeito a essa viagem. Quando começarmos a trabalhar oficialmente juntos em outros casos, você vai ficar presa a mim.
- Não vou esquecer disso – Riley disse.
Crivaro encostou-se em sua poltrona e fechou os olhos, aparentemente prestes a tirar a um cochilo.
Riley pegou uma revista da poltrona da frente e começou a folheá-la.
Encontrou-se refletindo sobre o que havia feito.
Escolhi o trabalho ao invés de Ryan.
E para sua surpresa, a decisão a fez sentir-se bem.
O que isso diz sobre mim? Perguntou-se. E sobre o nosso futuro?
Então, sua mente começou a especular sobre o presente.
Arizona.
Ela não sabia nada sobre aquele lugar.
Riley passara a maior parte de sua vinda nas montanhas verdes da Virginia. O que aquela parte tão diferente do país estaria guardando para ela?
CAPÍTULO CINCO
Quando o avião pousou em Phoenix, Riley e Crivaro pegaram suas mochilas do compartimento acima das poltronas e caminharam pela ponte de embarque até o terminal. Cerca de vinte pessoas estavam esperando pelos passageiros do voo, mas foi fácil perceber quem estava lá para encontrá-los.
Um sujeito de aparência robusta e rosto avermelhado estava acenando fervorosamente para Crivaro. Riley sabia que ele só podia ser Harry Carnes. A mulher igualmente robusta parada ao lado dele com os braços cruzados e a testa franzida devia ser a mulher de Harry, e não parecia feliz naquele momento.
O homem recebeu Crivaro com um abraço forte, e Jake apresentou Riley ao casal. O nome da esposa era Jillian. Riley imaginou que eles tivessem a idade de Crivaro, ou talvez apenas alguns anos a mais.
Por um instante, ela surpreendeu-se ao ver os dois usando camisetas, shorts jeans e sandálias. Riley e Crivaro ainda estavam com jaquetas e roupas para um inverno gelado.
- Bagagens? – Harry perguntou.
- Não, só as mochilas – Jake respondeu, segurando a sua.
Harry riu e disse:
- Bom, acho que você vai ter que se preocupar com isso em breve.
Riley lembrou-se do que Crivaro havia dito durante o voo.
“O clima no Arizona nessa época do ano é bem melhor do que em Virginia.”
Ela definitivamente não estava preparada para o clima lá. Eles haviam saído com tanta pressa, que Riley não tivera sequer tempo de pensar nas roupas que levara. Perguntou-se se precisaria comprar algo novo. Seu orçamento com certeza não cobriria muitas peças.
Talvez nem seja preciso, ela pensou. Se eles voltassem para Quantico logo, provavelmente as roupas de sua mochila seriam suficientes.
Harry guiou-os até a praça de alimentação mais próxima, onde todos sentaram-se a uma mesa e pediram sanduíches para almoçar.
Crivaro disse a Harry:
- Estou aqui. Agora me conte tudo o que você sabe.
Harry encolheu os ombros.
- Eu não sei muito mais do que te contei pelo telefone. A mulher foi encontrada morta ontem em uma trilha perto de Tunsboro, uma cidade ao norte daqui. O nome dela era Brett Parma. Quando soube disso pelos jornais, fiquei curioso e liguei para o comandante da polícia de Tunsboro. Tive dificuldades para fazer ele falar, mas consegui tirar algumas informações. Ele mencionou alguns cortes nos braços da mulher—e também disse que ela sangrou até morrer antes que seu corpo fosse jogado na trilha. Depois, ele basicamente me disse para ficar longe da investigação dele.
- O que é exatamente o que nós vamos fazer – Jillian comentou.
Harry inclinou-se sobre a mesa, em direção a Crivaro:
- Jake, eu senti algo muito estranho com isso tudo. Foi como se o assassinato de Erin Gibney, de um ano atrás, estivesse acontecendo de novo. Comecei a ter flashes de como eu tentei ajudar a polícia de Gladwin a solucionar o caso, e de como nós não conseguimos.
Harry baixou os olhos e sussurrou:
- Nós não chegamos nem perto de descobrir quem era o assassino.
Jillian suspirou, infeliz, e disse a Crivaro:
- Harry se sente culpado por СКАЧАТЬ