A Danúbio ao Entardecer. Barbara Cartland
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Название: A Danúbio ao Entardecer

Автор: Barbara Cartland

Издательство: Bookwire

Жанр: Языкознание

Серия: A Eterna Colecao de Barbara Cartland

isbn: 9781782137863

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СКАЧАТЬ me lisonjeia! Mas sabe tão bem quanto eu, minha querida, que a Imperatriz virá a Ling não por mim, mas por causa dos meus cavalos! Ora, está sendo ridiculamente modesto, papai— Aletha provocou-o—, ninguém ignora que a Imperatriz, adora cavalheiros bonitos! Um passarinho me segredou que quando você esteve em Viena ela dançou com você todas as noites e muito mais vezes do que dançou com outros cavalheiros.

      —Não sei com quem andou conversando para saber dessas bisbilhotices absurdas!— o Duque censurou a filha, porém não conseguiu disfarçar o quanto se sentia lisonjeado.

      Aletha, por sua vez, dizia a si mesma que seria impossível uma mulher não achar o Duque de Buclington um homem muitíssimo atraente.

      Mais tarde, naquele mesmo dia, o Duque, comunicou à filha que já conversara com o Sr. Heywood sobre sua viagem à Hungria para comprar os melhores cavalos que houvesse naquele país, e Aletha, mais uma vez, lamentou não poder ir para a Hungria.

      Ansiava por conhecer Budapeste, já havia lido sobre a beleza da cidade e sobre as magníficas estepes onde os cavalos galopavam.

      Também ouvira falar sobre os luxuosos Palácio s construídos pelos aristocratas húngaros. Estes últimos, ela fora informada, eram os homens mais belos da Europa. Daí ser compreensível que a Imperatriz, preferisse os húngaros aos austríacos sem graça.

      Na verdade era do conhecimento de todos que a Imperatriz sentia-se tristonha na Áustria e só na Hungria sentia-se livre e não reprimida.

      Não era só o magnetismo do país que atraía a bela Elizabeth. Havia histórias a respeito de cavaleiros belos e intrépidos, os quais declaravam seu amor à Imperatriz com palavras cheias de beleza e poesia.

      Aletha era uma jovem inocente. Nada sabia sobre os affaires du coeur tão comuns em Londres entre os que freqüentavam a Marlborough House, seguindo o exemplo do Príncepe de Gales.

      Impressionada com o que se dizia a respeito da Imperatriz da Áustria, Aletha ficara interessada em saber mais sobre a linda Elizabeth e aos poucos fora reunindo informações sobre ela pelo que ouvia através dos convidados do pai.

      Depois que a Imperatriz visitara a Inglaterra, até os criados passaram a falar incessantemente sobre a real visitante. Aletha ouvia a conversa dos criados, o que a Duque sa certamente desaprovaria se estivesse viva.

      Em 1874 a Imperatriz visitara o Duque de Rutland, no Castelo de Belvoir, e pela primeira vez participara de caçadas em solo inglês. Uma das arrumadeiras do Castelo, chamada Emily, viera trabalhar em Ling.

      Impressionada com a beleza de Sua Majestade, Emily não se cansava de fazer comentários sobre a Imperatriz, os quais Aletha ouvia com prazer.

      O próprio Duque de Buclington fornecia à filha informações sobre a Imperatriz, embora não se desse conta de tal fato. Certo dia Aletha ouviu o pai dizendo a um de seus convidados:

      —A Rainha , acompanhada de John Brown, foi visitar a Imperatriz em Ventnor, onde esta alugou uma casa.

      —Ouvi mesmo dizer que a Imperatriz estava lá— o convidado respondeu.

      —Soube que ela foi para Ventnor a fim de tratar da filha adoentada, a quem os médicos recomendaram banhos de mar.

      —Exatamente. Disseram-me que John Brown ficou impressionadíssimo com a beleza da Imperatriz!

      Esse comentário do Duque provocou risos. É que o escudeiro John Brown era muito afeiçoado à Rainha, que não escondia seu favoritismo pelo melancólico escocês. Cortesãos e estadistas se ressentiam do fato de, às vezes, serem tratados com certa rudeza, enquanto John Brown era sempre merecedor da simpatia e da preferência de Sua Majestade.

      Quando o riso diminuiu, o convidado do Duque observou:

      —Soube que John Brown ficou embasbacado com a beleza da Imperatriz , porém a pequena Valéria assustou-se com a Rainha e chegou a dizer: “Nunca vi uma lady tão gorda!”

      Mais risadas ecoaram pela sala, porém Aletha, ouvindo a conversa, estava mais interessada nos comentários sobre a linda Imperatriz.

      Quando Elizabeth voltou à Inglaterra, dois anos antes houve muitos mexericos sobre ela. Na ocasião, todos associavamseu nome ao do Capitão Bay Middleton. Comentavam que a Imperatriz vivia alegre e animada, não se cansando nunca.

      Ela assistiu a todas as steeple-chases e, ao final de uma competição, entregou a taça de prata ao vencedor.

      Era tão evidente o entusiasmo de Elizabeth e sua beleza tão marcante que se começou a especular se tudo isso seria resultado das caçadas em si ou da companhia do homem com quem ela caçava.

      Aletha tivera oportunidade de conhecer o Capitão Bay Middleton e pôde compreender por que a Imperatriz o admirara tanto. Ele era um homem alto, de trinta anos, moreno, de cabelos castanho-avermelhados, e sobretudo, muito bonito.

      O nome “Bay” lhe fora dado em homenagem ao famoso cavalo vencedor do Derby de 186.

      Quando Bay Middleton foi convidado para ir caçar em Godollo, ao norte de Budapeste, o Duque de Buclington também recebeu o mesmo convite da Imperatriz.

      Quando o pai partiu para a Hungria, Aletha desejou ardentemente poder ir com ele e pediu a Deus que um dia tivesse a oportunidade de conhecer aquele país.

      Agora a Imperatriz estava realmente decidida a vir a Ling! Nada podia ser mais excitante não só para o Duque, mas também para ela, os da casa e aqueles que moravam na vasta propriedade.

      Quanto ao Sr. Heywood, sem dúvida ficou entusiasmado ao receber a incumbência de ir à Hungria comprar cavalos para o Duque .

      —Eu ia mesmo falar com Vossa Alteza sobre uma venda especial a ser realizada no Tattersall’s esta semana— o administrador disse ao patrão—, mas, se vamos adquirir puros-sangues na Hungria, não há necessidade de compra alguma naquele mercado de cavalos.

      —E por que não compramos alguns belos animais no Tattersal `s além de outros na Hungria? Você somente partirá para este país quando eu embarcar para a Dinamarca. Haverá tempo suficiente para deixarmos os puros-sangues perfeitamente adestrados até a vinda da Imperatriz.

      —Ótimo, Alteza! Não há nada que me dê mais prazer do que gastar seu dinheiro em belos animais!

      O Duque riu.

      A notícia de que a Imperatriz, viria para Ling no outono espalhou-se como um rastilho dé pólvora pela propriedade, pelas vilas e por todo o condado.

      Nos dias seguintes, visitantes e mais visitantes foram a Ling para saber se era mesmo verdade que a Imperatriz Elizabeth viria passar alguns dias na propriedade do Duque. A todos Aletha repetia que realmente estavam aguardando a visita de Sua Majestade.

      Para ela era um divertimento ver a surpresa, o entusiasmo e até a inveja nos olhos dos visitantes.

      Apesar de a filha assegurar que a suíte a ser ocupada pela Imperatriz não precisava ser redecorada, o Duque de Buclington, fez questão de fazer alguns reparos nos luxuosos aposentos, a começar pelos retoques nas folhas de ouro do forro e dos entalhes.

      —Quanto tempo irá ficar na Dinamarca, papai?— Aletha perguntou quando o Duque começou a separar o que pretendia levar na viagem.

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