Название: O Coração Do Tempo
Автор: Amy Blankenship
Издательство: Tektime S.r.l.s.
Жанр: Зарубежное фэнтези
isbn: 9788893988711
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Ela lhe deu um sorriso caloroso, mas ao mesmo tempo deu um jeito de escapulir e tirou o braço dele. “Kotaro, é bom vê-lo de novo. Obrigado pela sua ajuda de manhã, falou Kyoko com voz nervosa querendo que ele agisse com menos familiaridade com ela. Ela o achava legal, mas nunca disse que ele podia pôr o braço no seu ombro.
Kotaro agia naturalmente e, tomando a mão dela entre as suas, disse: “Posso acompanha-la a algum outro lugar, Kyoko?” Olhou fundo em seus olhos verde-esmeralda sabendo que eles os tinha visto antes, em algum lugar. E tinha uma vaga lembrança de ter mergulhado com muita alegria neles.
Kyoko olhou para cima e viu que Toya tinha parado e estava olhando irritado para trás. Ela poderia jurar que o tinha ouvido resmungar para ela ou para Kotaro, estava na dúvida para quem.
Toya não sabia que Kotaro também estava a fim, mas não gostou do jeito tão amigável dele com Kyoko. Rosnou do fundo do peito enquanto dizia: “Deixe por minha conta Kotaro, a menos que você queira levá-la até Kyou”. Olhou firme para Kotaro, sabendo que ele nunca chegaria perto de Kyou salvo se fosse por alguma aula ou se fosse chamado.
Kotaro soltou a mão de Kyoko: “Espero que tudo esteja bem, Kyoko”. Deu a Toya uma olhar de desaprovação e virou-se para ela: “Cuidado para não ter queimaduras de frio aqui”. Se você não puder controlá-lo, eu dou um jeito nele para você”. Kotaro deu um olhar presunçoso para Toya, assentiu com a cabeça para Kyoko e desceu a escada.
Kyoko ouviu Toya resmungando e ficou olhando enquanto ele se afastava pelo corredor, percorrendo o mesmo caminho que ela tinha feito de manhã.
Dessa vez ela se apressou e emparelhou com ele bem a tempo de vê-lo entrar pelas portas com o aviso NÃO ENTRE. Kyoko ficou imaginando para onde eles teriam ido. Enquanto ela seguia seu marchar militar, lhe ocorreu que ele a levava outra vez para seu próprio quarto. Quando ele por fim parou em frente de sua porta, Toya virou-se para ela que retribuiu encarando-o com raiva até que ele acenou para a porta em frente e bateu com o nó dos dedos.
Kyoko estava chocada. O proprietário estaria na sala bem em frente dela? Ela lembrou-se novamente das palavras de seu irmão. “Incrível!” Sem esperar por uma resposta, Toya abriu a porta e a empurrou para a frente.
Imediatamente, Kyoko voltou-se para ele. “Não sei qual é o seu problema, mas você poderia parar de me empurrar” ─ falou para espantá-lo ─,”ou de encostar em mim. Não te fiz nada!” Sentiu os cabelos da nuca ficarem arrepiados quando percebeu que Toya a encarava.
Kyoko murchou, vendo o que tinha feito. Será que tinha sempre que perder a calma sem pensar ou considerar quem podia estar olhando?
Toya viu Kyoko ficar tensa e deu um risinho baixando os olhos para a garota que lhe parecia ser tão pequena de repente. “Você não queria falar com alguém?”. Quando Kyoko não respondeu, Toya olhou para Kyou e semicerrou os olhos quando viu que Kyou estava encostado na porta da sala, olhando Kyoko como se estivesse em transe.
“O que será isso?” Pensou Toya consigo mesmo. Por que Kyou olhava para ela com se estivesse vendo um fantasma? De certa maneira, ele não queria admitir a inveja que aquilo lhe causava. A cena lhe dava uma sensação de arrepio fazendo-o querer ficar entre eles e bloquear Kyoko da visão de Kyou. Ele queria protegê-la.
Kyou ficou momentaneamente sem palavras, vendo Kyoko de tão perto e pela primeira vez depois de mais de mil anos. Até mesmo o ar em torno dela zumbia tão forte como ele se lembrava, a mesma força inegável que o atraíra no passado e que não desaparecera.
Seus olhos dourados examinaram o guardião atrás dela meio com marcada indiferença. “Toya, deixe-nos.” Podia-se ouvir o tom ameaçador de sua voz.
Um grunhido se formou na parte de trás da garganta de Toya e seus punhos se cerraram com raiva enquanto um sentimento cada vez mais forte se apoderava dele vindo de algum lugar desconhecido, escondido profundamente dentro de sua memória. Sem dizer mais nada, Toya virou-se e saiu bruscamente pela porta, batendo-a atrás dele,
Kyoko observou Toya partir enquanto por sua mente passavam pensamentos caóticos sem cessar. De repente sentiu o impulso de correr atrás dele. Resolvendo não ser covarde ergueu o queixo, encontrou coragem e virou finalmente o corpo apenas para não acreditar no que via.
Em vez do idoso em terno engomado que esperava ver, encontrava-se frente a frente com um par de olhos dourados que a queimavam e a faziam sentir impotente para desviar o olhar. Seu cabelo prateado cobria seus ombros naquela corpo perfeitamente esculpido. Ele era alto, belo, com um toque de arrogância em torno de um corpo verdadeiro e de um rosto que só poderia ser um presente do céu.
Kyoko fechou os olhos instantaneamente. “O que houve com ela?” Ela veio aqui para fazer perguntas, não para salivar de encantamento. Quando ela abriu os olhos de novo ele estava bem mais próximo. Ela instantaneamente recuou um passo afastando-se da nobreza e superioridade que o cercavam e procurou sentir o amparo firme da porta contra suas costas.
Sem perceber o que estava fazendo, Kyou andou na direção dela. Mas quando notou que ela se retraía, ele levantou a sobrancelha elegantemente e estendeu a mão apontando o sofá. “Gostaria de se sentar, Srta. Hogo?” Ele sabia que ela tinha perguntas para ele. Ficaria desapontado se não tivesse.
Kyoko engoliu em seco, mas altivamente levantou o queixo, abriu caminho até o sofá e manteve-se na maior distância possível entre eles, se não fosse por nada pela esperança que seu cérebro voltasse a funcionar normalmente. Interiormente deu uma risada trêmula.
“Primeiro quero que você me diga o que o faz pensar que eu sou uma sacerdotisa?” Ela olhou para ele cautelosamente e quase surtou quando ele se sentou ao lado dela no sofá, e não na cadeira do outro lado da mesa de café. Kyoko endireitou o corpo e virou-se para observá-lo, afastando-se mais dele e mostrando seu medo.
´Então ela quer brincar´, pensou distraidamente, mas rapidamente expulsou o pensamento intrigante. “O que a faz pensar que eu poderia não saber que você é uma sacerdotisa? perguntou numa voz artificialmente calma. Ao se debruçar sobre ela tornou-se evidente como ela era pequena comparada com ele.
Kyoko observou os planos de sua face perfeita procurando algum indício de emoção e ficou surpreso ao não encontrar nenhum. Ele parecia uma escultura de perfeição e calma, e isso a irritou ao extremo.
“O senhor sempre responde uma pergunta com outra pergunta, senhor...?”, ela gaguejou nem menos sabendo como chamá-lo.
Kyou sorriu, mas apenas interiormente para que ela não visse. Bem, ele poderia dizer que a vida ainda estava presente nela e isso não o desapontava. Somente fazia com que ele quisesse ver mais. “Sr. Lord, mas você pode me chamar de Kyou, salvo se preferir Lord”. Ele a encarou com um olhar caloroso.
Kyoko devolveu-lhe o olhar caloroso, “Por que...eu...estou aqui?”. Ela disse essas palavras lentamente, uma de cada vez, como se estivesse falando com uma criança. ´Pronto, vamos ver como o senhor se sai dessa, seu Sr. Lord cretino.´ Kyoko reprimiu sua contrariedade, mas não tirou o olho dele
Tendo lido a mente dela, os olhos de Kyou brilharam ao se fixarem semicerrados nos olhos cor de esmeralda de Kyoko. Ele se debruçou aproximando-se mais, consciente do efeito intimidador disso sobre ela. Ele sentiu pelo olfato.
“Seus СКАЧАТЬ