Uma Corte Para Ladras . Морган Райс
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Читать онлайн книгу Uma Corte Para Ladras - Морган Райс страница 8

СКАЧАТЬ outros fizeram pequenos sons de irritação, embora Sophia percebesse que vários deles já estavam a pensar em outras possibilidades. A mulher que tinha subido a sua oferta estava a pensar que era uma pena ela ter perdido, mas apenas porque a irritava perder quando um dos seus cavalos perdia uma corrida contra os cavalos dos seus vizinhos.

      Durante todo o tempo, Sophia ficou ali sentada, incapaz de se mover ao pensar ter toda a sua vida entregue a alguém com tanta facilidade. Alguns dias atrás, ela estava prestes a se casar com um príncipe, e agora... agora ela estava prestes a se tornar propriedade deste homem?

      "Há apenas a questão do dinheiro" disse a Irmã O'Venn.

      O homem gordo, Meister Karg, assentiu. "Eu vou tratar disso agora. É melhor pagar com moeda do que com promessas dos banqueiros quando há um navio para apanhar."

      Um navio? Que navio? Para onde é que este homem tencionava levá-la? O que é que ele ia fazer com ela? As respostas para isso foram fáceis de arrancar dos pensamentos dele, e só de pensar nisso, Sophia levantou-se, pronta para fugir

      Umas mãos fortes agarraram-na, com as freiras a apertarem-lhe os braços mais uma vez. Meister Karg olhou-a com desprezo casual.

      "Levem-na para o meu vagão, não se importam? Vou resolver as coisas aqui e depois... "

      E depois, Sophia conseguiu ver que a sua vida se iria tornar numa coisa ainda de um horror pior. Ela queria lutar, mas não havia nada que ela conseguisse fazer enquanto os outros a levavam para longe. Nada mesmo. Na privacidade da sua cabeça, ela gritou pela ajuda da sua irmã.

      No entanto, parecia que Kate não tinha ouvido ou não se importava.

      CAPÍTULO QUATRO

      Mais uma vez, Kate morria.

      Ou "morreu" pelo menos. Armas "ilusórias" deslizavam para dentro da sua carne, mãos fantasmagóricas estrangulavam-na até à inconsciência. As flechas reluziam para a existência e acertavam-lhe. As armas eram apenas coisas formadas por fumo, atraídas para a existência pela magia de Siobhan, mas cada uma delas doía tanto quanto uma arma real.

      Porém, elas não mataram Kate. Em vez disso, cada momento de dor apenas trazia um som de desapontamento de Siobhan, que assistia dos lados com o que parecia ser uma combinação de diversão e exasperação com a lentidão com que Kate estava a aprender.

      "Presta atenção, Kate" disse Siobhan. "Achas que estou a convocar estes fragmentos de sonhos para me entreter?"

      A figura de um espadachim apareceu na frente de Kate, vestida para um duelo ao invés de uma batalha total. Ele saudou-a, nivelando um espadim.

      "Este é o derobement de Finnochi" ele disse no mesmo tom monocórdico que os outros pareciam ter. Ele atacou-a e Kate esquivou-se com a sua espada de treino de madeira, porque ela tinha aprendido, pelo menos, a fazer isso. Ela foi rápida o suficiente para ver o momento em que o fragmento mudou de direção, mas o movimento ainda a apanhou desprevenida e a lâmina efêmera deslizou pelo seu coração.

      "Mais uma vez" disse Siobhan. "Há pouco tempo."

      Apesar do que ela disse, parecia haver mais tempo do que Kate poderia ter imaginado. Os minutos pareciam prolongar-se na floresta, cheia de oponentes a tentarem matá-la e, enquanto tentavam, Kate aprendia.

      Ela aprendeu a combatê-los, abatendo-os com a sua espada de treino, porque Siobhan havia insistido em colocar a lâmina real dela de lado para evitar o risco de ferimentos reais. Ela aprendeu a atacar, a golpear, a esquivar-se e a fintar, porque sempre que cometia um erro, o contorno fantasmagórico de uma lâmina deslizava para dentro de si com uma dor que se sentia muito real.

      Depois daqueles com espadas foram aqueles com varas ou marretas, arcos ou mosquetes. Kate aprendeu uma dúzia de maneiras de matar com as mãos e de ler o momento em que um inimigo dispararia uma arma, atirando-se plana para o chão. Ela aprendeu a correr pela floresta, saltando de ramo em ramo, fugindo de inimigos enquanto se esquivava e escondia.

      Ela aprendeu a esconder-se e a mover-se silenciosamente, porque cada vez que fazia barulho, os inimigos efêmeros desciam sobre ela com mais armas do que poderia dar conta.

      "Não podias simplesmente ensinar-me?"Kate exigiu a Siobhan, gritando-o para as árvores.

      "Eu estou a ensinar-te" ela respondeu ao sair de uma das mais próximas. "Se estivesses aqui para aprender magia, poderíamos fazer isso com tomos e palavras gentis, mas tu estás aqui para te tornares mortal. Para isso, a dor é o melhor professor que existe."

      Kate cerrou os dentes e continuou. Pelo menos aqui, havia uma justificação para a dor, ao contrário de na Casa dos Não Reclamados. Ela partiu novamente para a floresta, indo pelas sombras, aprendendo a deslocar-se sem perturbar o mais pequeno galho ou folha enquanto ela se arrastava para um novo conjunto de inimigos invocados.

      Ainda assim ela morreu.

      Sempre que ela conseguia, surgia um novo inimigo, ou uma nova ameaça. Cada um era mais difícil do que o último. Quando Kate aprendeu a evitar os olhos humanos, Siobhan invocou cães cuja pele parecia ondear-se em fumo a cada passo que davam. Quando Kate aprendeu a escapar pelas defesas da espada de um duelista, o inimigo seguinte usava armadura para que ela só conseguisse atacar nos espaços entre as placas.

      Sempre que ela parava, parecia que Siobhan estava lá, com conselhos ou sugestões, encorajamento ou apenas o tipo de entretenimento exasperante que estimulava Kate a fazer melhor. Ela era mais rápida agora, e mais forte, mas parecia que isso não era suficiente para a mulher que controlava a fonte. Ela tinha a sensação de que Siobhan a estava a preparar para algo, mas a outra mulher não dizia o quê ou respondia a qualquer pergunta que não fosse sobre o que Kate precisava de fazer a seguir.

      "Tu precisas de aprender a usar o talento com o qual nasceste" disse Siobhan. "Aprender a ver a intenção de um inimigo antes de ele atacar. Aprender a detetar a localização dos teus inimigos antes de eles te encontrarem."

      "Como é que eu pratico isso quando estou a lutar contra ilusões?" exigiu saber Kate.

      "Eu dirijo-os, pelo que vou permitir que olhes para uma fração da minha mente" disse Siobhan. "Tem cuidado, no entanto. Há lugares para os quais tu não queres olhar."

      Isso atraiu o interesse de Kate. Ela já se tinha deparado com as paredes que a outra mulher mantinha para a impedir de olhar para a mente dela. Agora ela ia conseguir espreitar? Quando Kate sentiu as paredes de Siobhan a deslocarem-se, ela mergulhou lá para dentro até onde os novos limites a deixaram.

      Não foi longe, mas ainda assim foi longe o suficiente para ter uma sensação de uma mente alienígena, o mais longe de uma mente normal que Kate alguma vez havia visto. Kate afastou-se da pura estranheza daquilo, recuando para trás. Ela fê-lo exatamente no momento em que um inimigo efêmero enfiou uma lâmina na sua garganta.

      "Eu disse-te para teres cuidado" disse Siobhan enquanto Kate arfava. "Agora, tenta novamente."

      Havia outro espadachim à frente de Kate. Ela concentrou-se, e, desta vez, ela apanhou o momento em que Siobhan disse para o inimigo atacar. Ela agachou-se, abatendo-o.

      "Melhor" disse Siobhan. Foi tão perto quanto ela chegou de fazer um elogio, mas os elogios não paravam os constantes testes. Apenas significavam mais inimigos, mais trabalho, mais treino. Siobhan pressionou СКАЧАТЬ