O Orbe de Kandra . Морган Райс
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Читать онлайн книгу O Orbe de Kandra - Морган Райс страница 6

СКАЧАТЬ "Encontrar o seu lugar no mundo?"

      Oliver deixou as palavras de Armando serem absorvidas pela sua mente. Pensou em seus pais verdadeiros, no homem e na mulher que lhe apareceram em suas visões e sonhos. Queria encontrá-los.

      Mas estava confuso.

      "Eu pensei que minha missão era retornar para salvá-lo", afirmou.

      Armando sorriu.

      "As missões possuem vários níveis", respondeu ele. "Salvar-me e descobrir quem você realmente é - as duas coisas não são mutuamente exclusivas. Afinal de contas, foi a sua identidade que te trouxe a mim em primeiro lugar".

      Oliver refletiu. Talvez ele estivesse certo. Talvez seu retorno no tempo não tenha sido tão simples quanto uma missão apenas; talvez tenha sido predestinado por vários motivos.

      "Mas eu nem sei por onde começar", admitiu Oliver.

      Armando bateu no queixo. Então, seus olhos se iluminaram de repente.

      Ele foi até uma de suas muitas mesas, estalando os dedos. "Claro, claro, claro".

      Oliver ficou intrigado. Observou com curiosidade enquanto o homem vasculhava uma gaveta. Então, ele se endireitou e se virou para Oliver.

      "Aqui está".

      Ele se aproximou e colocou um objeto circular de bronze nas mãos de Oliver, que o inspecionou. Parecia antigo.

      "Uma bússola?" perguntou, levantando uma sobrancelha.

      Armando sacudiu a cabeça. "Aparentemente, sim. Mas é muito mais que isso. Uma invenção que nunca consegui decifrar".

      Oliver olhou para o objeto, admirado com a miríade de mostradores e símbolos estranhos em sua superfície. "Então, por que está com você?"

      "Foi deixado nos degraus da minha fábrica", disse Armando. "Não havia nem um bilhete explicando de onde veio. Meu nome estava na embalagem, mas agora percebo que não era o destinatário final. Olhe do outro lado".

      Oliver virou a bússola. Gravadas no bronze, estavam as letras O.B.

      Oliver ficou perplexo e quase deixou cair a bússola. Voltou os olhos para Armando.

      "Minhas iniciais?" perguntou. "Como? Por quê? Quem te enviaria algo destinado a mim?"

      Armando respirou fundo. "Eu fui designado como um guia para um Vidente, Oliver. Você. Eu entendi errado no começo, pensando que era Lucas. Mas quando você chegou, em 1944, e me mostrou seus poderes, percebi o meu erro. Fui cauteloso depois disso, esperando que um Vidente viesse até mim. Oliver, esta bússola foi deixada na minha porta onze anos atrás. No dia 02 de dezembro".

      Oliver engasgou. "É meu aniversário".

      Armando deu o golpe final. "Agora penso que seus pais deixaram isto aqui".

      Oliver sentiu como se tivesse levado um soco. Não conseguia acreditar. Estava realmente segurando um pequeno pedaço deles em suas mãos? Algo que lhes pertencia, que enviaram a Armando por segurança?

      Ele sussurrou em voz baixa: "Meus pais?"

      Certamente era um sinal. Um presente do Universo.

      "Como tem certeza de que foram eles?" Oliver perguntou.

      "Olhe para os mostradores", Armando falou.

      Oliver baixou os olhos. Então viu que, no meio de uma dúzia de mostradores, apenas um apontava diretamente para um símbolo. O símbolo lembrava a Oliver os hieróglifos egípcios numa forma estilizada; parecia um desenho feito com linhas pretas. Mas o que descrevia era claro. Um homem e uma mulher.

      Oliver não tinha dúvidas agora. Aquilo definitivamente era um sinal.

      Decidiu pressionar Armando. "O que mais você sabe? Você viu quando eles deixaram o pacote? Eles disseram alguma coisa? Falaram algo sobre mim?"

      Armando balançou a cabeça, triste. "Não sei mais nada, Oliver. Mas talvez isto ajude a guiá-lo em sua busca para descobrir seu lugar no mundo".

      Os olhos de Oliver se voltaram para a bússola novamente. Era muito estranha, coberta de símbolos e mostradores. Não tinha ideia de como decifrar aquilo, mas sabia que era importante. Que, de alguma forma, seria parte de sua missão encontrar seus pais. Para descobrir quem ele era e de onde veio. O simples fato de segurar uma parte deles em suas mãos dava-lhe forças para procurar.

      Só então notou que um dos mostradores estava se movendo. Pairava agora sobre três linhas onduladas que fizeram Oliver pensar em água. Ele esfregou o polegar contra o símbolo. Para sua surpresa, quando limpou a sujeira, viu que o símbolo logo abaixo era colorido. As linhas de água estavam coloridas numa bela cor azul, nítida e brilhante.

      "Já sei por onde começar", Oliver falou com determinação.

      Azul. Os Blues. O sobrenome dos seus pais. O homem e a mulher que o criaram como se fosse filho deles. Se alguém tinha alguma resposta sobre de onde ele veio, seriam eles.

      E, além disso, ele tinha algo a resolver.

      Já era hora de finalmente colocar Chris em seu lugar.

       CAPÍTULO QUATRO

      Na noite escura e tempestuosa, Oliver saiu da fábrica e começou a caminhar pelas ruas de Nova Jersey. Coisas espalhadas pela tempestade jaziam pelas calçadas, levadas pelo vento, que ainda estava forte.

      Enquanto caminhava, Oliver ficou chocado ao ver que, embora tudo fosse o mesmo em termos de edifícios, estradas e calçadas, nada era como antes. Toda a área havia sido transformada. Parecia mais nova, mais limpa e mais rica. Havia arbustos e canteiros de flores nos pátios da frente, em vez de máquinas de lavar roupa quebradas e carros batidos. Não havia buracos no asfalto, nem bicicletas enferrujadas e abandonadas presas aos postes da rua.

      Oliver percebeu que o fato da Invenções de Illstrom não ter fechado significava que muitos moradores da área haviam mantido seus empregos. Os efeitos colaterais de suas ações no passado pareciam muito amplos. Oliver se sentiu um pouco sobrecarregado pela enorme responsabilidade de ser um Vidente. Uma simples mudança no passado parecia afetar tudo no futuro. Mas ele também sentiu uma sensação de orgulho, porque as coisas mudaram para melhor.

      Oliver esperou no ponto de ônibus, que tinha uma placa nova e reluzente agora, em vez de enferrujada. O ônibus chegou e ele subiu. Este não cheirava a cebola e batatas fritas gordurosas como o da sua antiga linha do tempo, mas a um leve aroma de loção pós-barba e esmalte.

      "Você não é um pouco jovem para sair tão tarde?" perguntou o motorista.

      Oliver entregou-lhe o dinheiro da passagem. "Estou indo para casa".

      O motorista pareceu preocupado enquanto Oliver se sentava num banco.

      Até os motoristas são mais agradáveis que em minha linha do tempo antiga!, o garoto pensou.

      Quando o ônibus se afastou, ele tentou se lembrar em que momento voltaria. Para o Sr. e a Sra. Blue, Oliver não havia СКАЧАТЬ