Um Rastro De Imoralidade . Блейк Пирс
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СКАЧАТЬ aí esses dias. Ela não se importava, mesmo porque, pela primeira vez ela se sentiu como se tivesse algum poder sobre sua vida, quase sempre descontrolada.

      Ela subiu o espelho e virou-se para Ray.

      “Pronto,” disse ela.

      Enquanto caminhavam até a porta da frente, Keri reparou no bairro. Esta era a parte mais setentrional de Westchester, ao lado da auto-estrada 405 e ao sul do Howard Hughes Center, um grande complexo varejista e de escritórios que dominava o horizonte nesta parte da cidade.

      Westchester tinha uma reputação de bairro operário, e a maioria das casas eram modestas e com um andar. Mas até mesmo o custo daquelas casas explodiu nos últimos doze anos e meio.

      Como resultado, a comunidade era uma mistura de veteranos que viviam ali desde sempre e famílias de profissionais que não queriam viver em casas padronizadas, preferiam algum lugar com personalidade. Keri imaginou que essas pessoas eram assim.

      A porta se abriu antes mesmo de chegar à varanda e dela saiu um casal claramente preocupado. Keri ficou surpresa com a idade deles. A mulher—baixinha, hispânica, com um corte repicado sem sentido—parecia estar nos meados dos seus cinquenta anos. Ela usava um terninho de bom caimento e um par de sapatos pretos antigos, mas bem cuidados.

      O homem tinha facilmente quinze centímetros a mais que ela. Ele era branco, careca, com tufos de cabelo grisalho e loiro e estava com seus óculos pendurados no pescoço. Ele tinha, no mínimo, a mesma idade dela e provavelmente estava mais perto dos sessenta anos. Ele estava mais casual do que ela, com calças confortáveis e soltas e uma camisa xadreza de botões. Seus sapatos marrons estavam arranhados e um dos cadarços não estava amarrado.

      “São os detetives?” Perguntou a mulher, estendendo a mão para apertar a mão deles antes mesmo de ter a confirmação.

      “Sim, senhora,” Keri respondeu, assumindo a liderança. “Sou a Detetive Keri Locke da LAPD, Unidade de Pessoas Desaparecidas da Divisão do Pacífico Oeste de Los Angeles. Este é o meu parceiro, o Detetive Raymond Sands.”

      "Que bom conhecê-los, pessoal,” disse Ray.

      A mulher acenou para que entrassem enquanto falava.

      “Obrigada por terem vindo. Meu nome é Mariela Caldwell. Este é o meu marido,

      Edward.”

      Edward acenou com a cabeça, mas não falou nada. Keri sentiu que eles não sabiam como começar, sendo assim ela tomou a iniciativa.

      “Por que não sentamos na cozinha e vocês podem nos dizer a razão de estarem tão preocupados?”

      “Claro,” disse Mariela, e levou-os através de um corredor estreito decorado com as fotos de uma menina de cabelos escuros com um sorriso caloroso. Havia pelo menos vinte fotos que mostravam toda a sua vida, desde o nascimento até agora. Chegaram a uma pequena, mas bem equipada, área de café da manhã. “Aceitam alguma coisa—um café, um lanche?”

      “Não, obrigado, senhora,” Ray disse enquanto tentava se espremer contra a parede para manobrar e se sentar na cadeira. “Vamos todos nos sentar e ter o máximo de informações possível, o mais rápido que pudermos. Por que você não começa nos dizendo o que tem lhe preocupado? No meu entendimento a Sarah está sem fazer contato por apenas algumas horas.”

      “Quase cinco horas agora,” Edward disse, falando pela primeira vez quando se sentou em frente ao Ray. “Ela ligou para a mãe ao meio-dia para dizer que se encontraria com uma amiga que não via há algum tempo. São quase cinco horas agora. Ela sabe que deve dar notícias a cada duas horas quando sai, mesmo que seja apenas um sms para dizer onde ela está.”

      “Ela não se esqueceu?” Ray perguntou, mantendo o seu tom neutro de modo que apenas Keri percebeu o seu ceticismo subjacente. Nenhum deles falou por um momento e Keri ficou preocupada, achando que Ray os tinha ofendido. Finalmente Mariela respondeu.

      “Detetive Sands, eu sei que pode ser difícil de acreditar. Mas não, ela não se esquece de fazer isso nunca. Ed e eu tivemos a Sarah depois de mais velhos. Depois de muitas tentativas fracassadas, fomos abençoados com a chegada dela. Ela é a nossa única filha e eu admito que estamos ambos um pouco, qual é mesmo a expressão, superprotegendo ela?”

      “Colocando-a em uma redoma de vidro,” Ed acrescentou com um sorriso irônico.

      Keri sorriu também. Ela nem podia culpá-los.

      “De qualquer forma,” Mariela continuou, “Sarah sabe que ela é o nosso bem maior no mundo e, surpreendentemente, ela não se ressente ou se sente sufocada. Nós cozinhamos juntas nos fins de semana. Ela ainda gosta de ser levada para o trabalho pelo pai. Ela ainda foi comigo para um show da banda Motley Crue há alguns meses.

      Ela nos adora. E porque ela sabe o quão preciosa ela é para nós, ela é muito responsável sobre nos manter informados. Nós estabelecemos a regra ‘escreva sobre onde você está’. Mas ela escolheu a regra de duas horas.”

      Keri observava os dois de perto enquanto eles falavam. A mão de Mariela estava em Ed e ele estava acariciando as costas dela com o polegar. Ele esperou até que ela terminasse, em seguida, falou.

      “E mesmo se ela tivesse se esquecido, pela primeira vez, ela não ficaria tanto tempo sem entrar em contato ou sem responder a qualquer uma das nossas mensagens e chamadas. Cá entre nós, nós enviamos uma dúzia de mensagens e ligamos uma meia dúzia de vezes.

      Na minha última mensagem eu disse estava chamando a polícia. Se ela tivesse recebido qualquer uma dessas, ela teria retornado. E como eu disse ao seu tenente, o GPS no telefone dela está desligado. Isso nunca aconteceu antes.”

      Esse detalhe perturbador pairou naquele cômodo, ameaçando submergir todo o resto. Keri tentou conter qualquer movimentação que levasse ao pânico, fazendo rapidamente a próxima pergunta.

      "Sr. e Sra. Caldwell, posso perguntar por que Sarah não foi à escola hoje? É uma sexta-feira.”

      Ambos olharam para ela com expressões de surpresa. Mesmo Ray pareceu surpreso.

      “É o dia de Ação de Graças,” disse Mariela. “Não há aulas hoje.”

      Keri sentiu seu coração despencar até o seu intestino. Apenas quem tem filhos saberia esse tipo de detalhe e para todos os efeitos práticos, ela não era mãe mais.

      Evie teria treze anos gora. Em circunstâncias normais, Keri teria conseguido uma creche para a sua filha para que ela pudesse trabalhar hoje. Mas ela não tinha circunstâncias normais há muito tempo. Os rituais associados com as férias escolares e férias de família tinham desaparecido nos últimos anos, a ponto de algo que costumava ser óbvio para ela não ser mais lembrado.

      Ela tentou responder, mas saiu como uma tosse ininteligível. Seus olhos ficaram cheios d’água e ela abaixou a cabeça para que ninguém pudesse perceber isso. Ray a socorreu.

      “Então, Sarah teve folga, mas vocês não?” Ele perguntou.

      “Não,” respondeu o Ed. “Eu tenho uma pequena loja de tintas no Triângulo de Westchester. Não estou rolando no dinheiro. Eu não posso tirar muitos dias folga—Ação de Graças, Natal, Revéillon—é isso.”

      “E eu sou assistente jurídico СКАЧАТЬ