Razão Para Se Esconder . Блейк Пирс
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Читать онлайн книгу Razão Para Se Esconder - Блейк Пирс страница 12

СКАЧАТЬ forte. Ele também teria que conhecer a área relativamente bem. Aquilo tudo teria que ter sido muito bem planejado.

      E fogo... ele precisava entender muito bem de fogo. Queimar um corpo de forma tão limpa, sem carboniza-lo e sem danificar os ossos, custava muita dedicação e paciência. O assassino teria que saber muito sobre fogo e processos de queima.

      Queima, ela pensou. Fogo.

      Enquanto estudava o local e imaginava o assassino ali, Avery sentiu que estava deixando algo passar—alguma pista crucial estava bem a sua frente. Mas tudo o que podia ver era a área pantanosa e lameada nos fundos do terreno, bem como o pequeno espaço quadrado onde alguma pobre vítima havia sido deixada como se não fosse nada mais do que uma simples pilha de lixo.

      Ela olhou em volta do terreno vazio novamente, imaginando que talvez a localização dos restos não fosse importante quanto ela pensara. Se o assassino estava usando fogo para enviar uma mensagem para alguém (a vítima ou a polícia), talvez isso era o que precisava ser focado.

      Com uma ideia vindo à mente, Avery pegou seu telefone e ligou para o táxi mais próximo. Depois da chamada, olhou seus contatos e parou no nome de sua filha por cinco segundos.

      Desculpe, Rose, pensou.

      Apertou em “Chamar” e colocou o telefone no ouvido, com o coração partido.

      Rose atendeu ao terceiro toque. Ela parecia feliz. Avery pode ouvir a música que tocava baixinho ao fundo. Ela pode imaginar Rose se arrumando para a tarde especial e odiou a si mesma por um momento.

      - Oi, mãe – Rose disse.

      - Oi, Rose.

      - Diga.

      - Rose... – ela disse. Sentiu as lágrimas vindo. Olhou para o vazio em volta, tentando se convencer de que tinha que fazer isso e de que, um dia, Rose a entenderia.

      Antes que Avery falasse mais uma palavra, Rose pareceu entender a situação. Ela soltou uma pequena risada de raiva.

      - Perfeito – Rose disse, agora sem alegria na voz. – Mãe, você está falando sério mesmo?

      Avery escutara aquele tom de Rose antes, mas dessa vez aquilo o atingiu como um punhal no coração, pois ela sabia que merecia aquela reação.

      - Rose, apareceu um caso. Um desses complicados e eu tenho que—

      - Eu sei o que você tem que fazer – Rose disse. Ela não gritou. Ela quase nem levantou a voz. E de alguma maneira, isso piorou ainda mais a situação.

      - Rose, eu não pude fazer nada. Eu com certeza não esperava por isso. Quando fiz aqueles planos com você, eu tinha uma programação de folga por alguns dias. Mas agora esse caso apareceu e... bem, as coisas mudaram.

      - Acho que as coisas mudam às vezes – Rose disse. – Mas não com você. Com você, as coisas são sempre iguais... Quando se trata de mim, no caso.

      - Rose, não é justo.

      - Nem tente me dizer que não é justo agora! E quer saber, mãe? Esqueça. Essa e qualquer outra vez em que você queira tentar ser a ‘mamãe boazinha’ no futuro. Não é mais uma opção para nós.

      - Rose—

      - Eu entendi, mãe. Mesmo. Mas você sabe o quanto é ruim ter essa mulher como sua mãe... uma mulher foda com um trabalho tão exigente? Uma mulher que eu respeito muito... mas que está sempre me decepcionando?

      Avery não tinha ideia do que dizer. E não havia mesmo o que falar, já que Rose tinha terminado.

      - Tchau, mãe. Obrigado por me avisar com antecedência. Seria melhor do que não falar nada, eu acho.

      - Rose, eu—

      A ligação foi encerrada.

      Avery colocou o telefone no bolso e respirou fundo. Uma única lágrima caiu em seu rosto, do olho direito, e ela a secou o mais rápido que pode. Depois, caminhou de propósito pela área que havia sido demarcada mais cedo e a analisou por um bom tempo.

      Fogo, pensou. Talvez seja mais do que algo que o assassino está usando em seus atos. Talvez seja simbólico. Talvez esse fogo seja uma pista melhor do que qualquer outra.

      Então, enquanto esperava pelo táxi, pensou sobre fogo e que tipo de pessoa o usaria para enviar algum tipo de mensagem. No entanto, era difícil pensar, porque ela sabia muito pouco sobre incêndios.

      Vou precisar de mais alguém pensando nisso, pensou.

      E com aquele pensamento, pegou seu telefone e ligou para o A1. Pediu para falar com Sloane Miller, a psicologista do departamento e psiquiatra dos agentes e detetives. Se alguém poderia entrar na mente de um assassino com fogo na mente, essa pessoa seria Sloane.

      CAPÍTULO SETE

      Avery estava de volta à sede do A1 meia hora depois. Ao entrar, ela não pegou o elevador para ir até seu escritório. Ao invés disso, permaneceu no primeiro andar e caminhou até os fundos do prédio. Ela estivera ali antes quando fora obrigada a conversar com Sloane Miller, a psicologista, durante seu último grande e assustador caso, que a havia afetado de uma maneira que ela ainda não tinha conseguido entender. Mas agora a visita tinha outro motivo... entrar na mente de um assassino. E, daquela maneira, o encontro parecia mais natural.

      Ela chegou ao escritório de Sloane e ficou aliviada ao ver a porta escancarada. Sloane não tinha uma agenda definida e trabalhava mais ao estilo “por chegada” conforme a demanda da polícia. Quando Avery bateu na porta, ela pode ouvir Sloane digitando algo no notebook.

      - Entre – Sloane disse.

      Avery entrou, sentindo-se muito mais à vontade do que da última vez em que havia encontrado a psiquiatra. Ali em sua função, e não como paciente, as coisas eram um pouco mais formais.

      - Ah, Detetive Black – Sloane disse com um cumprimento genuíno. – Que bom te ver! Fiquei muito feliz em ter notícias suas quando você ligou. Como você tem passado?

      - Tudo bem – Avery disse. Mas, em sua mente, ela sabia que Sloane aproveitaria a oportunidade para analisar seus problemas com Rose e sua relação complicada com Ramirez.

      - Como posso te ajudar hoje? – Sloane perguntou.

      - Bem, eu queria que você me ajudasse com um tipo particular de personalidade. Estou lidando com um caso que envolve um homem que nós temos certeza que está queimando suas vítimas. Ele deixou apenas ossos e cinzas na cena do crime—ossos limpos, sem torrões ou danos. Também há uma pilha de cinzas e um leve cheiro de químicos no ar... vindos das cinzas, eu acho. Está muito claro que ele sabe o que está fazendo. Ele sabe como queimar um corpo, o que parece um conhecimento muito particular. Mas eu não acho que ele esteja usando o fogo simplesmente como uma ferramenta para seus atos. Preciso saber que tipo de pessoa usaria o fogo não apenas para queimar, mas também como algum tipo de simbolismo.

      - A ideia de que ele esteja usando o fogo para simbolizar algo é uma excelente dedução – Sloane disse. – Em um caso assim, eu posso praticamente te garantir que é isso o que está acontecendo. No fundo, acho que você está lidando СКАЧАТЬ