Baralho Lido - Uma Novela Da Justice Security. T. M. Bilderback
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Название: Baralho Lido - Uma Novela Da Justice Security

Автор: T. M. Bilderback

Издательство: Tektime S.r.l.s.

Жанр: Триллеры

Серия:

isbn: 9788835434061

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      Capítulo dois

      O Manny começou a balbuciar.

      O meu telemóvel começou a tocar.

      Deixei o Manny com o Sam, e saí para o hall para atender o telefone.

      “Rooney.”

      “Olá, Mickey!”

      Demorei uns segundos a registar aquela voz. “Joey Justice! Que raio quer desta vez?”

      “Temos de falar, Mickey. Acabei de falar com o Capitão Baker. O vosso voo parte assim que vocês chegarem a O’Hare. É o avião privado da Justice Security e aqui vai o que precisam de fazer…” Ele explicou sobre o portão privado e toda a informação pertinente. “e, ouça…tragam o Manny! Ele faz parte disto!”

      “É engraçado que mencione o Manny. Estamos na…”

      O Joey interrompeu-me. “Não interessa onde vocês estão! Não numa linha aberta! E também não use o seu Carocha para ir para o aeroporto. Se um carro patrulha não vos puder levar, apanhem um táxi. Eu reembolso-vos. Mas partam agora!”

      Eu estava a ferver. “Eu quero saber…”

      O Justice tornou a interromper-me. Não era uma coisa que se fizesse. “Eu sei que quer, e sei que está furiosa, Mickey. Digamos que ouvi umas conversas e estamos todos em perigo. Quanto mais rápido chegarem aqui, melhor para todos nós.” Fez uma pausa. “Mickey, por favor. Podemos discutir quando chegar, OK? Mas, acredite quando lhe digo que é urgente! Partam agora!”

      Finalmente percebi o medo do Joey. Era quase um pânico. “Estamos a caminho, Joey.” E desliguei.

      Voltei ao escritório do Manny. “Sam! Temos que ir agora!” Apontei para o Manny. “Tu também vens! Agora!”

      “Deixa-me vestir…” começou o Manny.

      Interrompi-o. “Não. Agora.” Gesticulei para um dos polícias a guardar a porta. “Traga o seu carro patrulha. Vai levar-nos a O’Hare o mais depressa que puder. Passe luzes vermelhas, se tiver que ser!”

      ***

      NA MANHÃ SEGUINTE, o Lido acordou com um murro forte no estômago.

      “Acorda, garçon! Tu e eu, vamos apanhar mais jacarés!” O Pierre ainda estava bêbedo da celebração da noite anterior, e aparentemente nem tinha ido para a cama.

      Isto fez o Lido gelar. Isto era quando o pai se tornava mais perigoso.

      Lido vestiu-se à pressa e agarrou em duas maçãs da cozinha. Desceu a escada e entrou no barco o mais depressa que podia.

      “Agarra no remo! Vamos depressa!” disse o Pierre.

      O homem e o rapaz empurraram o barco de fundo plano para o pântano. Por fim, pararam. A água tinha menos de um metro de profundidade e havia pequenas ilhotas cobertas de musgo à volta deles.

      O Pierre agarrou numa corda e desequilibrou-se quando se voltou para olhar para o Lido.

      “Vem cá.”

      Lido moveu-se até ficar à frente do pai.

      O Pierre amarrou a corda com firmeza em volta da cintura do Lido. O nó era forte.

      Balançando-se no assento, o Pierre disse, “Entra na água.”

      Os olhos do Lido esbugalharam-se. “Mas, papa…!”

      O Pierre deu uma bofetada ao rapaz. “Entra na água!”

      Com o lábio a sangrar, o aterrorizado Lido saltou do barco. A água chegava-lhe aos ombros. As mãos agarraram no lado do barco com tanta força que os nós dos dedos estavam brancos.

      O Pierre disse, “Agora, afasta-te um pouco. Eu puxo-te antes do jacaré te apanhar.”

      O terror do rapaz quase que o congelou no lugar. Por fim largou a borda do barco e começou a afastar-se. Quando estava a cerca de vinte metros de distância, o pai chamou-o.

      “Está bem aí, garçon…fica aí.”

      Lido parou. Os olhos arregalados com o terror, olhavam para todo o lado. Ele não confiava no pai para o puxar a tempo e horas, mas sentia que não tinha escolha. Tinha medo de acabar como a mãe, cortado aos bocados e atirado a jacarés esfomeados.

      Passados uns minutos, o Lido ainda não tinha visto nenhuns jacarés. Relaxou … um bocado.

      O Lido deitou um olhar ao pai, sentado no barco e a balançar. Ele nem ouviu nem viu o jacaré de seis metros que tinha estado estendido num monte de ervas a deslizar para a água. O jacaré nadava descontraidamente em direção ao Lido.

      ***

      NÓS OS QUATRO ENTRÁMOS amontoados no carro patrulha. Sentei-me à frente com o polícia. O Sam sentou-se atrás com o Manny.

      O Manny continuava a reclamar.

      “Olha, Mickey, eu sei que tivemos os nossos problemas, mas protesto veementemente em ser arrastado convosco sem roupa!”

      “Tens aí um cobertor muito janota… Aposto em como as senhoras hão-de ficar impressionadas.”

      “Ah, pois, diz piadas, Mickey! Não ias ter vontade de gracejar se fosses tu no cobertor!” Ele parou com um sorriso travesso espalhado no rosto. “Já alguma vez estiveste entre os cobertores, Michelle?” perguntou, usando o meu nome próprio.

      “Mais uma gracinha, Manny, e atiro-te para fora do carro!”

      “Pois, e também não foste tu que levaste o tiro!” Retorquiu o Manny, quando a janela de trás explodiu.

      “ARRANCA!” gritei para o patrulha estupefacto. “AGORA!”

      Para seu crédito, o patrulha– Eric Limbird – arrancou como um morcego a fugir do inferno, luzes e sirene em ação. Quando me certifiquei que ninguém se tinha magoado, já estávamos a meio caminho do aeroporto.

      ***

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