Arena Dois . Морган Райс
Чтение книги онлайн.

Читать онлайн книгу Arena Dois - Морган Райс страница 15

СКАЧАТЬ estamos; se for assim, eles devem estar atrás de nós. Se não, iremos encontrá-los.

      Se tivermos sorte, eles desistiram e voltaram para Manhattan. Mas eu duvido disso. Nunca tivemos muita sorte assim.

      Que nem esses Loucos. Foi muita má sorte nossa parar o barco ali. Ouvi rumores de que gangues predatórias de Loucos haviam virado canibais, que sobreviviam comendo outras pessoas, mas eu nunca havia acreditado nisso. Ainda é difícil acreditar que seja verdade.

      Seguro Rose sim força, sangue escorrendo de sua ferida, caindo em minha mão, eu a embalo, tentando consolá-la. Sua bandagem improvisada já está vermelha, então eu tiro mais um pedaço da minha blusa, minha barriga fica exposta ao frio, e eu substituo seu curativo. É pouco higiênico, mas é melhor que nada, preciso estancar o sangue de alguma maneira. Gostaria de ter algum medicamento, antibióticos ou pelo menos analgésicos – qualquer coisa eu pudesse lhe dar. Quando retiro sua bandagem, vejo o pedaço de carne que lhe falta no braço e desvio meu olhar, tentando não pensar na dor que ela deve estar sentindo. Deve ser terrível.

      Penélope está sentada em seu colo, chorando, olhando para ela, obviamente, ela também quer ajudar. Bree parece traumatizada mais uma vez, ela segura a mão de Rose, tentando não chorar. Mas ela está inconsolável.

      Eu desejo desesperadamente que eu tivesse um calmante – qualquer um. E, de repente, eu me lembro. Aquela garrafa de champanhe, meio bebida. Corro para a frente do barco e volto com ela.

      “Beba isso,” eu falo.

      Rose chora histericamente, berrando e dor e nem percebe que estou ali.

      Seguro a garrafa em seus lábios e a faço beber. Ela quase se engasga com a bebida, cuspindo um pouco para fora, mas ela consegue tomar um pouco.

      “Por favor, Rose, beba. Vai ajudar.”

      Eu inclino a garrafa novamente contra sua boca e, entre seus gemidos, ela toma mais alguns goles. Sinto que não é certo dar álcool a uma criança, mas espero que isso ajude a aliviar sua dor, não sei mais o que fazer.

      “Encontrei umas pílulas,” ouço uma voz.

      Eu me viro e vejo Ben ali, parecendo alerta pela primeira vez. O ataque, o que acontecera a Rose, deve tê-lo acordado para a vida, talvez porque ele se sinta culpado por ter adormecido quando deveria estar em guarda. Ele fica ali, estendendo o pequeno frasco de pílulas.

      Eu o pego e o examino.

      “Achei no armário,” ele diz. “Não sei o que são.”

      Leio o rótulo: Ambien. Pílulas soníferas. Os comerciantes de escravos devem ter guardado para ajudá-los a adormecer. A ironia disso: ali estão eles, mantenho os outros acordados a noite inteira e guardando pílulas para conseguirem dormir. Mas, para Rose, isto é perfeito. Exatamente o que precisamos.

      Eu não sei quanto devo lhe dar, mas preciso acalmá-la. Entrego-lhe a garrafa de champanhe de novo e me certifico de que ela tome um gole, depois lhe dou duas pílulas. Guardo o resto no meu bolso para não perdê-las e depois fico de olho em Rose.

      Em minutos, a bebida e o sonífero começam a fazer efeito. Aos poucos, seus gemidos viram choro e então este fica abafado. Depois de uns vinte minutos, seus olhos se fecham e ela adormece em meus braços.

      Espero mais dez minutos para ter certeza de que ela está dormindo e então olho para Bree.

      “Você pode segurá-la?” eu pergunto.

      Bree se apressa para chegar ao meu lado e eu lentamente me levanto e coloco Rose em seus braços.

      Eu fico em pé, minhas pernas estão com câimbras e vou até a frente do barco, ao lado de Logan. Continuamos indo rio acima, o céu vai se iluminando enquanto eu olho para a água, sem gostar do que estou vendo.

      Pequenos pedaços de gelo começam a se formar no Hudon nesta manhã congelante. Posso ouvi-los tocando o barco. É a última coisa que precisamos.

      Mas eu tenho uma ideia. Eu me inclino sobre o barco, a água espirra em meu rosto e eu coloco minhas mãos na água fria. É doloroso até de tocar, mas eu me forço a enfiar minha mão inteira, tentando agarrar um pedaço de gelo. Estamos indo bem rápido e é difícil pegar um. Continuo falhando por alguns centímetros.

      Finalmente, depois de um minuto de agonia, eu alcanço um. Levanto minha mão, tentado livrá-la do frio e entrego o gelo para Bree.

      Ela o aceita, de olho arregalados.

      “Segure isto,” eu falo.

      Pego a bandagem anterior, cheia de sangue, e a envolvo com o gelo. Entrego para Bree.

      “Mantenha isto contra a ferida.”

      Espero que isto ajude a anestesiar sua dor, talvez pare com o inchaço.

      Eu me viro e minha atenção se paira no rio novamente, olho a minha volta, para todos os lados, a manhã vai ficando cada vez mais brilhante. Estamos cada vez mais rápido em direção ao norte, fico aliviada de não ver sinais de comerciantes de escravos em lugar nenhum. Não ouço motores e não detecto nenhum movimento de nenhum lado do rio. O silêncio é, na verdade, ameaçador. Será que estão esperando por nós?

      Eu vou para o assento de passageiro, ao lado de Logan e olho para o tanque e combustível. Menos de um quarto do tanque. Não é nada bom.

      “Talvez eles tenham ido embora,” eu arrisco. “Talvez eles tenham voltado, desistiram da busca.”

      “Não conte com isso,” ele fala.

      Como uma deixa, de repente, ouço o rugido de um motor. Meu coração pára. É um som que eu reconheceria em qualquer lugar do mundo: o motor deles.

      Dirijo-me a parte de trás do barco e olho para o horizonte: com certeza, lá, cerca de um quilômetro de distância, estão os comerciantes de escravos. Eles estão navegando em nossa direção. Vejo-os vindo, me sinto impotente. Estamos quase sem munição, eles estão bem equipados e preparados, com toneladas de armas e munições. Não temos chance se nós combatê-los, não temos como correr mais que eles: eles já estão se fechando. Também não podemos tentar nos esconder novamente.

      Nós não temos escolha, a não ser enfrentá-los. E isso seria uma batalha perdida. É como se uma sentença de morte estivesse correndo em nossa direção no horizonte.

      “Talvez nós devêssemos nos render!” Ben grita, olhando para frene, assustado.

      “Nunca,” eu respondo.

      Não posso imaginar me tornar prisioneira mais uma vez.

      “Só vou me render morto,” Logan ecoa.

      Tento pensar em alguma coisa, qualquer solução.

      “Você não consegue ir mais rápido!?” pressiono Logan, quando vejo que eles estão cada vez mais perto.

      “Estou indo o mais rápido que consigo!” ele grita de volta, mais alto que o barulho do motor.

      Eu não sei mais o que fazer. Sinto-me tão impotente. Rose está acordada agora, chorando de novo, e Penélope late. Sinto como se o mundo inteiro estivesse me cercando. Se eu não pensar rápido, chegar a alguma solução, estaremos todos mortos em questão de minutos.

      Eu СКАЧАТЬ